Capitulo 24 - Perílea e Ilábea

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Nico

Bem ali, na minha frente, tinha uma enorme montanha, e espalhada por ela, havia várias casinhas de diferentes formas e tamanhos. Pessoas andavam por escadas e passarelas e acenavam para o Argos III. Logo acima, havia um enorme local vazio, onde outras pessoas acenavam para descermos ali.

A porta da cabina foi aberta e todos entraram.

- Nico, você está vendo aquilo? - Percy perguntou - nunca vi algo como isso.

- Como eles estão vendo o Argos III? - Jason se desesperou - não sabia que podiam ver através da nevoa.

- Eu devo pousar o navio la? - perguntei e todos se olharam, como se estivessem decidindo, então acenaram que sim com a cabeça, e assim eu fiz.

Logo em seguida subiu um cara baixinho e gordo, com uma pequena barba, que sorria. Atrás dele, vinha dois caras altos e fortes, com a expressão seria, como se fossem seguranças.

- Sejam bem vindos - o velho gritou - estive esperando por vocês esse tempo todo.

- Quem é você e como sabia que passaríamos por aqui? - John perguntou.

- Meu nome é Leopodo e eu sou o líder dessa aldeia.

- Mas e como sabia que estávamos vindo?

- Bom... algumas coisas devem permanecer em segredo.

- Que lugar é esse?

- Aqui é onde vivem todas as pessoas que sabem da existência dos deuses e conseguem ver através da nevoa. Formamos uma comunidade, que procura sempre ajudar os que pedem ajuda e acolhem a todos que querem recomeçar por aqui. Claro que alguns não são boas pessoas mas sempre conseguimos manter tudo em ordem. Esse vilarejo se chama Perílea.

- Perílea? Nunca ouvi falar. Vocês vão nos ajudar ou são inimigos?

- Claro que vamos ajudar. Separamos locais para vocês passarem a noite e arrumamos armamentos de sobra e mantimentos. Se faltar algo, pode nos pedir. Estamos a disposição.

Leopodo nos levou a todos os lugares do vilarejo e onde iriamos dormir e todas as pessoas foram legais. Fomos a uma praça com uma enorme fonte no meio. E em volta, haviam estátuas dos deuses, inclusive de Hades, o que foi meio estranho.

Depois de conhecermos toda a vila, já estava anoitecendo então nos levaram até uma sala, e no centro dela tinha uma enorme mesa, onde todos nos sentamos.

A comida estava por toda parte. Leopodo chegou e sentou na cabeceira da mesa, nos observando enquanto comíamos. E depois de bastante tempo em que o silêncio era o maior barulho no local, terminamos de comer e antes que tivéssemos chances de nos levantar e fugir do olhar de Leopodo, ele disse:

- Esperem, precisamos conversar. - e quando todos estavam olhando para ele, ele continuou. - vocês sabem que Daniel vai vir atrás de vocês, não sabem?

- que Daniel? - Milla perguntou e quando Annabeth abriu a boca para falar ela pareceu ter entendido - aaaah claro. Aquele Daniel, filho do diretor Collin.

- Correto, aquele Daniel. Não sei se ficaram sabendo, mas ele pegou Leo e a namorada dele, Calipso. Sim sim sim, eu sei disso. Eu sei de mais coisa do que podem imaginar, mas isso não vem ao caso. Bom... Daniel já deve ter recebido informações de que vocês estão aqui. Ele em breve irá aparecer com um exército para conseguir....

- Espere - eu o interrompi - um exercito?

- Exato. Um exército. Ele sabe que nosso povo não desiste tao fácil assim. Estamos determinados a ajudar vocês, e sabemos as consequências.

- Mas.... quais as consequências?

- Que bom que perguntou. Recebi informações de que ele se aliou a um vilarejo antigo, igual ao nosso, que tem uma especie de rivalidade com Perílea.

- Que vilarejo é esse? - Piper perguntou

- Ilábea. São nossos inimigos a mais ou menos 500 anos. Nunca nos aproximamos um do outro mas se apoiarmos vocês, negando entrega-los à Ilábea para que entreguem vocês à Daniel, vai aumentar mais ainda o ódio entre os dois vilarejos, iniciando uma guerra, o que vai contra nossos princípios.

- Vocês estão dispostos a iniciar uma guerra para nos ajudar? - Luna perguntou.

- Sim, mas queremos algo em troca. Não se preocupem, é algo simples. Queremos que vocês nos apóiem na guerra contra Ilábea, quando ela iniciar.

- Então... - John iniciou - teremos que apoiar vocês, se nos ajudarem a recuperar Leo e se livrar de Daniel?

- Exatamente. Posso dar um tempo para que pensem a respeito. Já deve estar tarde, melhor irem descansar.

E com isso, ele nos dispensou para que fossemos para os quartos que arrumaram especialmente para todos nós.

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Leo

Abri os olhos devagar, me acostumando com a claridade ao redor. Eu estava amarrado em uma cadeira, e ao meu lado estava Calipso, que ainda não tinha acordado.

Havia um cara alto, com cabelos escuros e olhos azuis, parecia ter uns 17 ou 18 anos, e estava sorrindo enquanto me encarava do outro lado da sala.

- Finalmente acordou. - ele disse.

- Quem é você?

- Pode me chamar de Daniel. - ele respondeu enquanto se aproximava.

- O que quer comigo e Calipso? Por que está fazendo isso?

- É mais uma questão de vingança mesmo.

- Vingança? Cara, eu nunca te vi na minha vida. Bateu a cabeça? Talvez algumas pessoas andaram fazendo experiências em você e não deram muito certo.

- Agradeça a seus amiguinhos. Principalmente a Perseu Jackson.

- Perseu? Aaaa claro, Percy.

- Exatamente. Digamos que ele fez meu querido pai jurar algo que não me agradou nem um pouco. Então eu resolvi pegar o que ele e sua turminha mais querem. É nessa parte que você entra.

- Por que...? Espera, eu sou o que eles mais procuram? Estão me procurando?

- Finalmente você entendeu né. Mas felizmente eu te achei primeiro. E agora vamos todos juntos em direção a seus amiguinhos.

**********************

Percy

Eu estava em um corredor, indo em direção ao meu quarto. Não estava nem um pouco cansado. Pelo contrário. Eu precisava descarregar minhas energias. Tudo está acontecendo tão rápido que preciso digerir tudo isso.

Abro a porta e dou de cara com Annabeth, sentada em minha cama e olhando para mim.

- O que faz aqui? - pergunto me aproximando.

- Estava te esperando - ela respondeu levantando e se aproximando também.

- Bom... estou aqui. Pode falar.

- Eu não vim necessariamente para falar algo.

- Então... o que você está fazendo aqui?

- Por enquanto nada.

- Annabeth, fala logo o que você...

Nunca terminei o que ia falar. Ela se aproximou tão rápido, e já estava ali me beijando. Eu não reclamei nem um pouco. Retribui o beijo, a abraçando pela cintura e a puxando para perto. Ela me empurrou contra a parede, aprofundando o beijo. Giramos por todo o quarto, batendo em tudo e chegamos na cama. Eu sentei, a puxando e deitando em cima dela. Era agora? Ia acontecer? Mas... ela queria que fosse agora? Eu nunca me perdoaria se ela fizesse porque a obriguei. Interrompi o beijo.

- Você... quer... tipo... - eu não encontrava as palavras certas. E estava me enrolando cada vez mais.

- Eu te amo, cabeça de alga. Eu quero ir onde você for. Quero estar onde estiver. Quero tudo com você.

E então, aconteceu. 

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