37 - Capítulo

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- E vai fazer, vocês estão em um quarto de motel. - sorriu maliciosa e eu corei. - Se quiser, pode ficar com o quarto de lua de mel, estou pensando seriamente em dormir no carro.

- Por que? - questiono com o cenho franzido.

- Porque a bonitinha da Rubi está se exibindo. Acredita que ela saiu do banheiro completamente pelada e parou na minha frente com um sorriso exibicionista? - falou indignada, mas noto uma vermelhidão em suas bochechas.

- Mentira! - exclamo incrédula, seguro o riso. - E o que você fez?

- Atingir onde mais dói: No ego. Olhei-a dos pés á cabeça e soltei uma risada perguntando que só era isso que ela tinha que me mostrar. - deu de ombros, rindo.

Solto a risada e explodimos em uma crise de risos, ignorando completamente o drama anterior. Quanto mais imagino a cara de Rubi, mais a risada sai desdobrada.

- Chega, não aguento mais. - digo depois de um certo tempo com a mão na barriga que dói de tanto que rir. - Você é malvada, amiga. Coitada da Rubi. 

- Coitada de mim que tenho que aturar as suas investidas. Ela não entende que estou com o Luke ou faz a linha demência. - enxuga as lágrimas do canto dos olhos por conta dos risos e suspira. - Mas acho que depois de hoje, ela vai enxergar muito bem.

- Assim eu espero pra evitar que você se estresse. Você e o Luke. - levanto-me de súbito. - Amiga, fique á vontade. Eu vou tomar banho e depois vou tentar fazer as pazes com a Freen.

- Ok. Vou ficar aqui assistindo televisão por enquanto, não quero voltar pra o quarto e ter que encarar a cara de limão da Rubi.

Apenas balanço a cabeça em positivo, pego uma toalha e produtos de higiene pessoal na minha mala e rumo para o banheiro. Depois que a alegria do relato de Irin foi esfriando na minha mente, uma melancolia me envolve...

Tenho que me acertar com a Freen!


         Freen Sarocha


Fumo mais um cigarro, encerrando a minha carteira recém-comprada. Infelizmente, não está me proporcionando a sensação de paz que eu imaginaria. Minha compulsividade por cigarros aumenta e tenho que buscar mais uma carteira na máquina.

Subo as escadas e escuto as risadas de Rebecca. Isso comprime o meu coração e a minha linha de desespero aumenta. Como ela pode estar rindo depois de termos brigado? Um vinco surge na minha testa.

Sinto que estou pisando em ovos.

Volto para junto de Rubi, na laje. Onde tem uma piscina de água com aspecto duvidoso, quase esverdeada. Ela estava sentada em uma cadeira de sol, segurando uma garrafa de catuaba. Era a primeira vez que bebíamos isso, mas se tinha teor alcoólico, isso que importava. Fora a única bebida para a venda na recepção do motel.

- Esse motel é uma porcaria. Não pede a identidade, vende álcool para qualquer pessoa, menor de idade ou não. Um caos. - Rubi faz uma careta e dá mais um gole na bebida. - Passa um cigarro.

Jogo a carteira pra ela.

- Eu tenho que fazer algo. - comento, com a cabeça dolorida.

- Sobre? - Rubi me pergunta, tirando um cigarro.

Fico uns minutos em silêncio, apenas pensando. Depois da atitude de Rebecca de hoje, e ainda por cima de ela estar rindo quando deveria estar se moendo de tristeza pela a nossa briga me faz questionar se o amor que ela sente por mim é realmente verdadeiro. Não posso me arriscar mais. Comecei a namorá-la por um objetivo, não vou perdê-lo. Deixei que o amor tomasse a rédea da situação por algumas horas, e veja-me o que aconteceu?

El Sabor De Lá Venganza { FreenBecky }Onde as histórias ganham vida. Descobre agora