Era mais que óbvio que Rebecca estava com a Freen! O ódio, a dor e o ciúme atingiram a Alison como um soco no estômago que a fez vomitar no banco ao seu lado, deixando o motorista preocupado, até porque a Alison estava chorando! Não era algo que ela queria, só que não conseguia se controlar. Sabia que a Rebecca não estava no hospital, escutara por alto antes de sair do acampamento quando uma inspetora falou para outra que Rebecca tinha sido liberada e não voltaria mais para o acampamento.

Se antes não tivera a oportunidade de matar a Rebecca, faria isso agora mesmo! Iria destruir a vida daquela esquisita do inferno e sabia como atingiria num ponto que reduziria a outra ao pó.

- Para casa, Augusto. - Alison disse, limpando as suas lágrimas que caia insistentemente.

O cheiro do vômito era algo que incomodava, e ela sentiu-se mais nauseada por estar ali, o seu cérebro trabalhava á todo pavor, infelizmente, a sua imaginação também... Imaginava a Rebecca e Freen em algum lugar muito bonito, declarando e fazendo amor... Outra golfada. O seu estômago parecia está sendo socado, a sensação era péssima e a tontura não tardou a chegar... Fechou os olhos, e soluçou entre o choro, estava tremendo!

Uma pequena parte do seu cérebro tentava avisá-la que era apenas uma especulação, porém, o sexto sentido de Alison nunca a tinha enganado. Era coisa de mulher!

- A senhorita está bem? Não que ir ao hospital? - o motorista perguntou sério.

- Se eu quisesse ir ao hospital, certamente teria pedido. Faça o seu serviço e me leve para casa, e se puder ir mais rápido, agradeço. - disse ríspida.

O motorista se calou, mas a verdade é que estava insuportável estar no mesmo recinto com aquele odor horrível. Porém, não diria mais nada. Como a Alison pediu, fez o seu serviço e em dez minutos, adentrava no jardim imponente da mansão dos Dilaurentis.

Alison não esperou que ele abrisse a porta, pulou para fora do carro antes mesmo do motorista estacionar. Correu para dentro de sua casa. Sua aparência estava cada vez mais horrível, o seu rosto estava esverdeado, a pele pegajosa e suada, até os cabelos pareciam perder o aspecto tão viçoso. Era o ódio que estava lhe deixando doente, percebera que a febre estava se instalando em seu corpo.

- Mamãe! - gritou desesperada aos prantos, assustando os empregados da casa.

- Senhorita Alison, o que aconteceu? - a governanta perguntou, horrorizada com a aparência da outra.

- Onde está mamãe? - perguntou trêmula.

- No quarto dela... Senhorita! - a governanta chamou ao ver a Alison correr pela escadaria. - Cuidado para não cair. - pediu, sendo ignorada.

O esforço físico só aumentou a sensação de esgotamento físico de Alison. O pranto aumentava, e ela não conseguia mais parar os soluços. Imagens de Rebecca e Freen juntas vinham em sua mente, quase lhe dando mais um acesso de vômito.

Adentrou sem bater no quarto de sua mãe. Encontrou-a sentada na penteadeira com uma máscara de ouro no rosto e escovando os cabelos loiros calmamente.

- Mamãe! - Alison exclamou ao se aproximar aos prantos.

Serena se assustou, quase fez uma careta de susto, mas se lembrou de que isso enrugaria a sua pele que tinha tanto trabalho para manter lisinha e sem nenhuma ruga. Levantou-se alarmada pelo estado da família.

- Minha filha, o que aconteceu com você? Oh... Você está com um cheirinho ruim, bem azedo. -Serena fez uma careta, retirando as mãos dos cabelos da filha.

- Eu não quero saber de cheiro, não quero saber de nada, mamãe. - Alison chorou, deixando um rastro de saliva e catarro pelo rosto, enojando mais a mãe. - Eu estou perdendo, mamãe e quero muito a sua ajuda pra vencer. Por favor, me ajude. 

El Sabor De Lá Venganza { FreenBecky }Where stories live. Discover now