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Estava no meu quinto cigarro enquanto pensava em onde dar continuidade. A casa noturna estava lotada como sempre, essa era uma das milhares de boates que Marques comanda. De uns anos para cá, acho difícil você frequentar um lugar que Marques já não tem comprado.

Pude descobrir mais sobre o que devo esperar da família Vicent, principalmente de Olívia. Sua mãe tinha um comportamento calmo, mas qualquer um pode ver o quanto ela está morta. Não fazia ideia de como começar esse plano, como já havia pensado, quero fazer de Olívia minha última vítima, a última vítima mais valiosa do mercado.

Acho que minha sorte estava me testando, ou se eu estava enlouquecendo. Olívia atravessa entre as pessoas, ela parecia estar sendo iluminada com um holofote divino que só eu enxergava. Sua pele morena refletia as luzes coloridas e seu vestido branco extremamente sexy deixava sua beleza destacada. -Porra, essa mulher parece uma Deusa, uma Deusa da destruição.

Por onde seus passos firmavam-se no chão, os olhares eram sedentos, alguns tentavam conversar, outros apenas se contentavam em olhar. Ouvindo soaked pude vê-la sorrindo abraçando uma garota. Não pude me conter, levanto-me da cadeira com um baque, indo até o banheiro mais nos fundos.

Me fito no espelho sujo, sentindo que qual a probabilidade de essa merda estar acontecendo? Essa Olívia sabia sobre quem mandava nesse lugar, ela está brincando com fogo e ainda brinca rindo mesmo perdendo.

Sorrio após jogar água no meu rosto, tiro minha jaqueta de couro na cor vinho. "Vamos brincar." Sussurro para mim mesmo. Saio do banheiro, abrindo espaço entre as pessoas até chegar no bar em vermelho. Algumas mulheres seminuas dançavam sobre o balcão, onde logo atrás ficava o barman todo de preto e branco que trabalhava rapidamente.

Logo meus olhos cruzam com o do homem que sorri, éramos colegas de escola, e sempre que queria me divertir, vinha aqui. Sem nenhuma palavra, o mesmo coloca à minha frente uma garrafa de tequila cheia. "Fiquei sabendo." Suas duas palavras saem quase como um grito.

Eu sei que ele sabe de tudo, esse lugar é como um livro aberto sobre o que Marques tenta fazer no off. "Eu sei." Respondo entre uma gargalhada seca. Abro a garrafa dando um gole ácido na boca da garrafa. "Já a viu? Chega a ser irreal."

"Como uma ovelha." Seu sorriso surge no canto de seus lábios, sem me olhar, continua atendendo todos os clientes que não param de aparecer. "Acho que ela sabe."

Ele era Greg, um homem qualquer que trabalha em um bar qualquer, mas digamos que ele sabe de tudo o que ocorre nesse mundo ilegal. Greg sabe quem sou, e o que faço, ele me ajuda em algumas coisas. Algumas vítimas foram encontradas graças aos seus olhos atentos nesse lugar escuro.

"Louca." Balanço a cabeça negando. No mesmo momento em que Michael Jackson toca nos alto-falantes, escuto uma gargalhada forçada sair com uma tosse seca. Viro minha cabeça levemente para a esquerda, vendo Olívia seria encarar Greg que ainda ri. "O assunto chegou." Falo como uma adolescente querendo aparecer para um garoto mais velho.

Olívia me olha com seus olhos profundos. "Assunto?" Uma de suas sobrancelhas ergue. Seu perfume era doce e cítrico, seu corpo perfeitamente esculpido, o padrão de qualquer homem. Admito que estou viciado na minha vítima, pena que vou ser o último a foder ela.

"Sim. Você anda com uma luz que te faz se destacar no meio desse povo." Viro mais um gole da garrafa, olhando para a prateleira em vermelho neon. Que os jogos comecem.

"Vindo de um alcoólatra, suas palavras foram diferentes." A rispidez nas palavras me surpreende.

-Vindo de uma psicopata, tem até resposta na ponta da língua. Resmungo para mim mesmo. Sorrio de canto, subindo meu olhar até seus olhos. "Só sou forte para álcool." Digo ficando frente a frente.

Acho que devo ter dito alguma palavra mágica, pois sua mão segura meu braço, me puxando entre as pessoas. Sinto seu corpo colar ao meu dançando ao ritmo da música, sua mão passava por minha nuca e descia até minha mão, a colocando em sua cintura. Tão fácil.

VITMA 22Where stories live. Discover now