5 Olivia 🍒

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O avião ia pousar daqui a alguns minutos e já podia sentir a raiva voltar a me contaminar. Sai desse lugar por conta de ameaças, confesso que mereci.

               

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Estava em uma boate qualquer em um dia aleatório quando conheci Marques. Seus olhos azuis e sua pele extremamente branquela me chamaram atenção. Sua altura podia lhe dar vantagem em meio às pessoas ali presentes. Vejo o mesmo se aproximar com um copo em mãos e um sorriso sorrateiro em seu rosto, seu corpo se inclina para frente e sua cabeça fica frente à minha. "Olivia... Vicent." Meu nome sai de sua boca de forma vagarosa, podia sentir os pelos do meu corpo se arrepiarem.

Me afasto um pouco, fitando seu rosto bonito. Todo mundo sabia quem era Marques, esse lugar era dele, em meio às merdas que faz, essa é uma delas. Aproximo sussurrando. "Que bom que sabe quem eu sou." Logo escuto uma risada abafada.

"E quem não sabe?" Marques arreda para o lado, dando a visão de algumas pessoas que estavam me encarando. "Não sabíamos que podia ser fã de lugares como esse." Realmente, eu não era, não, dos lugares onde quem frequentava era dono de rede de tráfico, ou até pior. Seus olhos se alternam entre os meus e a algo atrás de mim. "Podemos sentar para conversar?"

Assinto como a cabeça o sentindo agarrar meu braço, o mesmo puxa entre as pessoas enquanto cumprimenta algumas delas. Logo subimos uma escada mal iluminada que dava acesso às salas vip. Ao abrir uma das portas, vejo algumas garotas que trabalham aqui dançando em um pole dance rosa-brilhante. "Garotas?" Sua única palavra rouba a atenção de ambas, que saem sem dizer nada. "Fique à vontade." Marques me solta, se dirigindo até o sofá de coro mais adiante.

Não havia parede, tinha um vidro gigante que nos permitia ver a pista de dança lá embaixo. Se olharmos para frente, também podemos ver outras salas vip do outro lado. "Sobre o que quer conversar?" Ando em direção ao vidro tentando não fazer canto visual.

"Sobre nós? Sempre ouvimos pessoas falando de nós, mas nunca nos vimos." escuto-o enquanto vejo seu reflexo no vidro cruzar as pernas.

"De fato. Mas não me envolvo com seu tipo." Digo, ouvindo-o gargalhar.

"Meu tipo? Seu pai é do meu tipo, é de família, já quem vai ser igual a mim é você, amor." Me viro, o vendo anda lentamente até mim.

Podia sentir uma vibração tão estranha quando o olhava. O copo de uísque é posto na mesa que ficava ao centro. "Acho que fiquei de mais. Nos vemos quando eu me tornar igual a você." Não podia ficar mais ali a sós com esse louco, não sei por que aceitei para início de tudo. Ajeito meu vestido no corpo enquanto ando até a porta, mas uma mão me segura forte e me puxa. "Me solta!" peço, me mexendo nos braços que agora me agarram.

"Agora, pede para sair? Você quis subir." A voz bêbada vem com o bafo de álcool puro que sobe até meu nariz.

"Não vou mandar outra vez, seu desgraçado." Remexo contra seu corpo tentando sair de perto. Sua mão desce até minha coxa e sobe a barra do vestido, isso era tão nojento, sentia repulsa. Bem, no dia em que resolvi vir sozinha, isso me acontece, eu estava sendo burra, eu fui burra.

Piso com o salto em seu pé com força, sentindo-o se afastar mais um pouco. Sem esperar mais, dou um coice que pega entre suas pernas, seu corpo agora recua vários passos para longe, podia vê-lo dizer coisas enfurecidos, mas não ouço. Um zumbido soa alto em meu ouvido e posso ouvir às vozes me pedirem para matá-lo.

VITMA 22Waar verhalen tot leven komen. Ontdek het nu