05. Fogo em brasa

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E no ano seguinte, seguimos sendo quentes, sendo fogo, ainda que o mundo à nossa volta estivesse coberto pelo gelo…
 

INVERNO, UM ANO DEPOIS

Baekhyun terminou de dar a mamadeira para a filha e a ninou em seus braços até que estivesse completamente adormecida, colocando-a em seu berço logo depois.

Saiu do quarto da filha tão sonolento quanto o bebê, nunca em sua vida havia morado em um apartamento tão grande quanto o que estavam agora.

Fazia um mês desde que Chanyeol havia fechado contrato de aluguel por aquele apartamento grande, com três quartos, uma verdadeira mansão perto dos lugares que já viveram anteriormente.

Baekhyun jogou-se sobre o sofá, fechando os olhos e os cobrindo com o antebraço. Estava com calor, com uma dor forte de cabeça e também no corpo, mas já sabia o motivo daquilo.

Não era apenas o desgaste de cuidar de um lugar maior ou cuidar das crianças, era mais um cio chegando.

Sempre tomava os supressores, em parte por não querer passar por aquilo, mas também por se sentir envergonhado de sentir aquela necessidade quando o alfa não o sentia desde a morte de seu primeiro marido.

— Cansado? — Chanyeol sentou no sofá ao lado do ômega, olhando-o com um sorriso.

— Sim, bastante. Não é fácil cuidar da casa e das crianças o dia inteiro, mas eu gosto. — sorriu — Pode ir na farmácia para mim? Eu sei que está cansado também, mas não vou conseguir ir. — fez um bico manhoso.

Chanyeol sorriu, acariciando os cabelos do ômega.

— Não posso, eu estava esperando esse momento. — riu.

— Para com isso. — deu um tapa no braço do alfa — Vai lá pra mim. — pediu dengoso, mas logo se afastando um pouco de Park, sentindo suas bochechas tomarem um tom rosado.

Parte da sua vergonha vinha do fato de, apesar de casados, dificilmente terem um momento íntimo. Principalmente por achar que era o único precisando e querendo aquilo.

— Eu não estou brincando, eu estava esperando por isso. Fui eu quem sumiu com os remédios da casa. — riu, acariciando os cabelos do Byun, o trazendo para perto novamente — Eu planejei fazer algo especial.

— Não, deixa as coisas como estão… — suspirou — Tá tudo bem, eu não ligo. — deu um pequeno sorriso, envergonhado — Eu sou feliz com a nossa família.

— Eu sei. — Chanyeol concordou — Mas você também é um homem, também tem desejos e eu juro que queria ser mais presente com isso, a culpa é minha de não-

— A culpa não é sua. Não é de ninguém. — acariciou o rosto do alfa.

Chanyeol trouxe o corpo do Byun mais para perto, o beijando.

— Eu gosto do seu cheiro doce, Baekhyun. Eu gosto do seu corpo e só de cheirar seu pescoço eu fico incrivelmente duro. — sussurrou — Não pense que eu não sinto vontade, porque você é um grande gostoso. — sorriu, dando mais um beijo no marido — Mas você lembra? Eu fiz uma promessa a você uma vez. Eu pretendo cumprir…

Chanyeol sorriu para o ômega, logo ouvindo batidas na porta.

— A surpresa chegou. — riu e foi abrir a porta.

— Olá, me chamo Eunji e você chamou uma babá pelo serviço online. — disse a garota, uma adolescente, apontando para seu crachá.

O alfa olhou no aplicativo de ajuda a para pais, conferindo as informações e deixando a garota entrar em sua casa.

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