62. Sol de primavera

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No Rio de Janeiro, iniciava-se o mês de setembro e com ele, a chegada da estação das flores: a primavera. "Mês do ciclo de renovação da vida: a paz, o amor, a saúde e força e coragem para seguir com os projetos de sua vida!"

NA TIJUCA

A manhã de domingo começava agitada na casa dos Pastore Pausini, com Giuseppe que fizera a questão de acordar todos que lá estavam, batendo com a colher de pau e panela nas portas dos quartos

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A manhã de domingo começava agitada na casa dos Pastore Pausini, com Giuseppe que fizera a questão de acordar todos que lá estavam, batendo com a colher de pau e panela nas portas dos quartos.

— Giuseppe, não faz isso, meu amor! — falava Sandra o acompanhado.

Em uns dos quartos, estavam Antonella e Jamile; em outro, Handhal e Pedro.

— Svegliatevi, mucchio di dormienti!(Acordem, bando de dorminhocos!) — gritava Giuseppe, batendo na panela. 

Dos quartos, ouviam-se todos resmungados; Giuseppe ria e Sandra balançava a cabeça negativamente.

— Giuseppe, coitados! Eles chegaram tarde ontem... — falava Sandra como sempre meiga e  sorrindo.

Guiseppe deu de ombros rindo bastante.

— In breve, quei due ingrati saranno qui, a morire di fame!(Resumindo, aqueles dois ingratos estarão aqui, morrendo de fome!) — falava Giuseppe à Sandra, referindo-se a Rique e Giu.

— Ah, Giuseppe, você acorda todo mundo, fazendo sempre arruaça, você não tem jeito mesmo, não sei como eles aguentam...

— Andiamo in cucina a preparare la colazione... li ho già svegliati!( Vamos para a cozinha preparar o café da manhã... já os acordei!) — disse Giuseppe rindo e vitorioso.

— Giuseppe, scendiamo, clown!(Giuseppe, vamos descer, palhaço!) — falou Sandra puxando o marido, ambos desceram sorrindo.

(...)

Na mesa do café da manhã, Antonella, Handhal, Jamille e Pedro reclamavam de como foram acordados; Giuseppe fazia cara de paisagem com sorriso nos lábios; Rique e Giu chegaram neste momento e riam do que Sandra lhes contava do que o marido tinha feito.

— Sabe, Giu, só não vejo a hora de me casar. — dizia Antonella. — Papai tá um saco! Ainda mais com seu casamento...

— Cê sabe como é papai em dia de almoço aqui em casa; a sorte que fiquei no apê do Rique. — Giu sorriu.

— Più che il figlio di una buona madre!(Mais que filho de uma boa mãe!) — resmungou Giuseppe.

— Eu já conheço meu sogro, por isso mesmo em dia de almoço, não durmo na véspera, não sou louco! — falou rindo Rique, que já estava integrado às rotinas da casa.

— Guarda, Sandra, che genero ingrato!(Olha, Sandra, que genro ingrato!) — sorrindo disse Giuseppe.

— Eu não sei de nada! — retrucou Sandra. — Não sei como eles aguentam!

OLHARES (NOVELA HOMOAFETIVA)Where stories live. Discover now