𝐌𝐄𝐈𝐍𝐄 𝐌𝐀𝐔𝐒 | 𝐊𝐎̈𝐍𝐈𝐆

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Fandom: Call Of Duty (COD)Personagem: KönigContagem de palavras: 1

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Fandom: Call Of Duty (COD)
Personagem: König
Contagem de palavras: 1.118
Resumo: Meine Maus, o único em suas memórias.

A VIDA, ESSA CAIXINHA DE SURPRESAS, sempre nos reserva encontros inesperados

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A VIDA, ESSA CAIXINHA DE SURPRESAS, sempre nos reserva encontros inesperados. König, com sua alma marcada pelas agruras do tempo, jamais imaginou que o destino o conduziria a reencontrar alguém após duas décadas. E não em um cenário de paz e acolhimento, mas sim no coração gélido de um antigo orfanato, onde o frio se insinua por entre os farrapos que mal protegem seu corpo.

Seus olhos, azuis como o gelo, fixam-se em você com espanto. A camisa que lhe serve de máscara esconde o rosto, mas não o suficiente para impedir que seus olhos não transmitam que ele anseie por arrancá-la, revelando sua identidade.

E lá está você, seu amigo de infância, aquele que ele julgava ter sepultado junto ao seu passado conturbado. As lembranças emergem, como fantasmas que se recusam a permanecer no esquecimento. O tempo, implacável, desvela segredos e ressuscita histórias enterradas sob camadas de silêncio.

E isso faz König travar no lugar, lanterna e rifle em mãos. Visitar sua antiga moradia não estava nos planos de König. No entanto, após ser enviado em uma missão solitária aos arredores do velho orfanato, onde passara dezoito anos de sua vida, o coronel se viu irresistivelmente atraído pelas ruínas que um dia abrigaram seu único lar. Entre os escombros, ele buscava vestígios e lembranças compartilhadas entre vocês dois.

Por mais que König tentasse negar, você permanecia como um fantasma em sua memória. A promessa que fizera anos atrás, ao deixar aquela porta, ecoava em sua mente: voltaria para te buscar. Mas o tempo, havia quebrado essa promessa.

A guerra, a dor, os traumas... König encontrara uma nova família em KorTac, e o peso dessa escolha o atormentava. Como poderia voltar agora, depois de tantos anos, e encarar o passado que havia deixado para trás?

No entanto, a vida, imprevisível como só ela pode ser, o fez reencontrar a única pessoa que permanecera em seu coração e mente durante duas décadas. Seus olhos azuis o fitavam com um misto de surpresa e apreensão. O desejo de fugir, queimando em seu peito, cedia espaço à inevitabilidade desse encontro.

— Posso estar falando bobagem, meio bêbado como estou, mas esses olhos... — sua voz emergiu da escuridão, e König sentiu o coração acelerar. — Eu nunca os esqueceria.

Você sempre soube lê-lo tão bem.

A neve, testemunha silenciosa, cobria os rastros de suas botas enquanto você se aproximava. O prédio em ruínas parecia congelar no tempo, e o passado e o presente se fundiam naquele instante.

— Além disso... — você prosseguiu, e ele não temeu mais. A incerteza se dissipava, e a escuridão se tornava menos densa. — Eu nunca conheci alguém tão alto na minha vida quanto você antes, König. — e riu.

Suas palavras, como flocos de neve, pairavam entre vocês dois. O reencontro, sob o manto branco da neve, era mais do que um acaso. Era como se o tempo, não tivesse tocado na essência que os unia. König, seu codinome, deslizava tão facilmente sob sua língua quanto há tantos anos atrás, quando você o chamou assim pela primeira vez.

Foi você quem lhe deu aquele nome, afinal. E ele o carregou consigo para o futuro, tornando-o seu pseudônimo, uma identidade que se fundia com sua própria alma. O Noel foi deixando para trás.

Meine Maus. — seu velho apelido de infância escapou dos lábios de König antes que ele pudesse raciocinar. O rifle, que antes apontava ameaçadoramente, agora se abaixava, não mais mirando você. Mesmo agora, já adultos, você permanecia o mesmo Meine Maus de suas memórias. Pequeno, talvez, aos olhos de qualquer pessoa comum, mas imponente como uma montanha para ele, um homem de quase dois metros.

— Há quanto tempo, König. —, você o saúda, quando finalmente tem certeza de que é ele, seu amigo de infância. Um sorriso pequeno aflora em seu rosto, apesar das circunstâncias.

Você sempre foi o guardião de König naquela época difícil, quando sua ansiedade social florescia como uma flor rara no jardim do bullying. Alto demais, silencioso demais, nunca reagindo aos ataques cruéis, König era um alvo ambulante. E você, mesmo mais jovem e considerado inofensivo pelos outros, o protegeu com unhas e dentes. Quantas vezes você foi repreendido por bater em alguém por causa dele? Quantos casais tentaram adotá-lo, mas você recusou, para que ele não ficasse sozinho?

Então, quando König decidiu ingressar no exército em busca de provações e um propósito, você ficou para trás. Não poderia se alistar junto a ele, mesmo que servir a algo ou alguém não estivesse em seus planos.

Agora, a única pessoa que realmente importou em sua vida está diante de você novamente, apesar de ter demorado a cumprir sua promessa de voltar rapidamente.

— Estou feliz em vê-lo novamente. — você quebra o silêncio, após alguns segundos, finalmente bem próximo a ele ao parar em sua frente. Como não reconhecê-lo? Saberia que era König mesmo há léguas de distância. Não só por sua altura ou olhos, mas seu coração sempre o guiaria para ele, independente de quanto tempo se passasse.

— Nunca pensei que faria isso, apesar de esperar.

Porque você esperou. Independente de quanto tempo se passou, depois de sair do orfanato ao completar dezoito anos, um ano desde a partida dele. Foi difícil sair daquele lugar, quando em seu coração, você tinha a certeza de que ele voltaria. Foi uma promessa. Então você permaneceu lá, mesmo quando o expulsaram, parado como uma estátua dias e noites na frente dos portões daquela terra abandonada até se tornar um homem completo, voltando lá a cada poucos dias, como uma rotina, por vinte anos da sua vida, nunca perdendo suas esperanças.

König era seu melhor amigo. E ele nunca mentiria. Não para você.

E quando menos percebe, você está sendo segurado em seus braços, uma risada escapando de seus lábios quando nem notou quando ele deixou tudo cair aos seus pés e o carregou como se fosse uma pena. Os braços dele ao redor de seu torso, enquanto o segura como se você fosse desaparecer.

— E você também ficou mais forte!

König não é um homem emocional, não quando foi forjado pelo exército para ser uma fera em campo com o título de Coronel. Ele não é gentil, nem delicado, e muito menos sociável com as pessoas, mas finalmente ter a chance de abraçá-lo mais uma vez não era algo que ele perderia.

— Também estou feliz. — ele confidencia, a voz rouca por não falar por muito tempo. König esperou por esse dia, mesmo que inconscientemente, por muito mais tempo do que gostaria, mas se sentia realizado por estar tendo-o agora.

Porque no final do dia, Meine Maus, você foi seu verdadeiro lar por muitos anos.

E era bom estar com a família novamente.

𝐈𝐍 𝐓𝐇𝐄 𝐁𝐀𝐂𝐊 𝐎𝐅 𝐌𝐘 𝐌𝐈𝐍𝐃 | 𝑰𝑴𝑨𝑮𝑰𝑵𝑬𝑺 𝑪𝑶𝑫Where stories live. Discover now