𝐈𝐍 𝐓𝐇𝐄 𝐁𝐀𝐂𝐊 𝐎𝐅 𝐌𝐘 𝐌𝐈𝐍𝐃 | 𝑰𝑴𝑨𝑮𝑰𝑵𝑬𝑺 𝑪𝑶𝑫

𝐏𝐄𝐂𝐀𝐃𝐎 | 𝐏𝐇𝐈𝐋𝐋𝐈𝐏 𝐆𝐑𝐀𝐕𝐄𝐒

Fandom: Call Of Duty (COD)
Personagem: Phillip Graves
Contagem de palavras: 621
Resumo: Mesmo que amá-lo realmente fosse um pecado, Phillip Graves estava disposto a acabar no inferno por você.

SERIA IRÔNICO AFIRMAR que um homem de moral tão vil era um devoto fiel, mas essa era apenas uma das surpresas que Phillip Graves ocultava sob sua couraça de Comandante Cruel.

Alguém que, mesmo ao manchar suas mãos de sangue - dos inocentes e culpados - não vacilava em adentrar uma singela capela todos os domingos, ajoelhar-se no chão e rogar ao Senhor Deus onipotente, suplicando suas graças após semear o caos e o horror, almejando com zelo o seu lugar no paraíso.

Um homem que, ao regressar ao lar após semanas ou até meses de implantações militares, correria para sua casa de campo apenas para se entregar a outro homem. Ansiando mais do que tudo abraçá-lo em seus braços e cobri-lo de beijos com o peito palpitando de saudade.

— Como foi a pregação de hoje? — você sussurra delicadamente, ciente da fé de Graves no Altíssimo. Ele sempre ia ao templo todos os domingos pela manhã, retornando renovado ou reflexivo. Contudo, um traço de inquietação atravessou sua alma quando ele chegou em casa e abraçou-se a você imediatamente, sem proferir uma palavra.

— Bom. — é o que Phillip responde sucintamente, enquanto a interpretação equivocada de Romanos 1:27 que ecoaram dos lábios do Pastor Owens ressoam em sua mente, buscando consolo ao ter você em seus braços.

“E, do mesmo modo, também os homens, abandonando o uso natural da mulher, inflamaram-se em sua lascívia uns para com os outros, homens com homens, praticando ignomínia e recebendo em si mesmos a punição que convinha ao seu erro.”

E após esses segundos absorto em sua própria mente, Graves suspira. Extinguindo o sabor amargo em seu íntimo enquanto se concentra em beijar-lhe a fronte, afagando os fios curtos/médios de seu cabelo entre os dedos, tocando-o como sua jóia mais rara.

Você jamais seria um equívoco.

— Você é tão bom para mim, anjo. — ele murmura palavras de amor em seus ouvidos, abraçado ao seu corpo como se você fosse seu porto seguro. Você foi o único que habitou sua mente por semanas, seu anjo, aquele que sempre estaria pronto a iluminar sua vida com sua graça, a consolá-lo em momentos de angústia, a retribuir o afeto de um homem terrível como ele.

Porque você era tão puro e sincero, tão bondoso e de coração tão vasto. E se Deus existe de fato e criou seus amados seres angelicais, você certamente era um deles, enviado por sua mão a um homem como Graves. Seu anjo particular.

— Se você continuar me apertando dessa maneira, você vai me asfixiar, Phill. — até sua risada ecoa como a doce melodia de uma harpa, vibrando em seus ouvidos como sua canção predileta. Ele queria ouvi-lo de novo, viciado em sua voz, na intimidade de seus corpos, nas carícias tão delicadas como plumas macias.

— Estou asfixiando você com o meu amor. — Phillip inspira profundamente, seu nariz cravado em seu pescoço como se quisesse imprimir em sua mente o aroma naturalmente sedutor de sua pele, suas mãos percorrendo todas as partes que lhe eram acessíveis.

Pois, como seria plausível que alguém tão sublime, alguém que ele só conceberia em sonhos, não fosse realmente predestinado a ele? Como seria pecado amar aquele que o fazia se sentir tão pleno e querido, quando sua única falha foi se deixar amar por um monstro em pele de ovelha?

— Deus criou você exatamente como eu desejaria idealizá-lo, caso não existisse. — ele se persuade, indisposto a aceitar que seu amor e devoção por você fosse julgado de forma cruel pelos outros fiéis em Deus.

Porque mesmo que seu amor fosse tido como pecado, aos olhos de Phillip Graves, você era o anjo mais belo que surgiu em sua vida.

— Amém.