𝐈𝐍 𝐓𝐇𝐄 𝐁𝐀𝐂𝐊 𝐎𝐅 𝐌𝐘 𝐌𝐈𝐍𝐃 | 𝑰𝑴𝑨𝑮𝑰𝑵𝑬𝑺 𝑪𝑶𝑫

𝐁𝐀𝐃 𝐌𝐀𝐍 | 𝐕𝐋𝐀𝐃𝐈𝐌𝐈𝐑 𝐌𝐀𝐊𝐀𝐑𝐎𝐕

Fandom: Call Of Duty (COD)
Personagem: Vladimir Makarov
Contagem de palavras: 675
Resumo: Ele é apenas um homem mau. Você, seu passarinho.

ELE NUNCA FOI UM BOM HOMEM, e isso se revelou em seu rosto no instante em que seus olhos se encontraram pela primeira vez. A maldade estava lá, evidente em tudo o que o constituía: Seu sorriso, seu andar, seu falar, seu agir. Tão vil em cada um de seus atos que causava náusea em quem o via. Ele não tinha compaixão, nem piedade, nem empatia. O mundo era seu parque de diversões, e incendiá-lo e abusá-lo era o que lhe dava prazer e alegria.

— Passarinho... — seus passos ressoam nos corredores da casa muda, sua voz se aprofunda à medida que ele se aproxima. — Onde você está?

Ele é o próprio diabo. Você recorda as palavras que alguns bravos ousaram dizer antes de perderem suas vidas sob seu poder. Makarov. O homem que era tão temido quanto o diabo. Capaz de ser tão cruel quanto um, se algo além da morte existia. A única coisa que você sabia, era que Makarov não era o diabo. Ele não tinha pele rubra, chifres, ou um tridente. Ele era real, tão real quanto qualquer um podia ser, o homem que tinha o mundo inteiro em suas mãos.

— Aí está você.... — mesmo na penumbra que envolvia todo o aposento, ele podia te avistar, aproximando-se em sua direção. Seu corpo jazia ali, inerte sobre o leito envolto em lençóis de seda caros, a claridade do luar realçando sua pele alva. Fizeram os olhos dele cintilarem como os de um predador, acercando-se mais a cada instante.

As mãos que outrora ceifaram tantas vidas inocentes afagam sua pele com doçura, e Makarov ascende na cama para repousar o corpo dele junto ao seu, abraçando-o suavemente enquanto se aninha. Ele é um homem vil. Um homem sem noção de bem e mal, de justo ou injusto. Ele nunca se importou com coisa alguma nem alguém, fosse o desespero alheio ou a angústia. Na verdade, o sentimento de pavor o nutria. Um homem tão pérfido nunca deveria ter tanto poder.

Mas ele detinha poder. Ele detinha tudo. Ele detinha você. Você, seu passarinho. Sua maior fonte de deleite nesta vida torpe e repleta de ruína que ele mesmo forjou. Você foi seu maior tesouro em toda esta guerra que Makarov liderava, aquele que ele mesmo lapidou com suas próprias mãos imersas no sangue de seus inimigos. O filho do próprio Capitão Price, o maior de todos os seus rivais, o único que conseguia tirá-lo do sério em meio aos seus objetivos.

E arrancá-lo dos braços de seu pai foi a única maneira de mostrar ao Price do que ele seria capaz caso continuasse indo atrás dele. Foi uma troca justa. Você pela paz do mundo. Já vai fazer mais de cinco anos.

Não se sabia até quando o russo se divertiria com você, mas ninguém se atreveria a proferir qualquer coisa sobre isso. Nem mesmo Yuri, seu braço direito, o único homem que Makarov talvez confiasse em sua vida, mesmo que tudo isso fosse uma tremenda loucura. Makarov era louco, afinal.

— Meu passarinho..— o homem mais velho sussurra com possessão em sua voz, suas mãos ásperas ainda explorando o seu corpo, seus lábios rentes à sua orelha para que você, mesmo sonolento, pudesse sentir o seu poder. Ninguém nesta terra jamais poderia detê-lo de obter o que desejava. Makarov era a própria lei. Um rei. Um imperador. Um Deus.

Ele é o pecado encarnado em carne e ossos. Um terrorista. Seu dono.

E você? Você é apenas o seu passarinho. Uma ave que ele achou na rua com as asas feridas por seu antigo senhor, aquele que ele acolheu em seu abrigo e modelou a seu bel-prazer para usar em breve. Mas, por ora, apenas um bom lenitivo de leito, o motivo pelo qual Makarov gosta de regressar mais cedo a mansão para se certificar de que você ainda não alçou voo e fugiu.

— Durma bem...

Makarov é um homem mau, mas enquanto você permanecer em sua gaiola e cantar para ele, tudo ficará bem.