- Freen... - murmurou bem baixinho, os nossos olhos se encontraram. Parecia incendiar.

Essa química arrebatadora que nos envolvia é inexplicável. Antes mesmo que ela completasse o que tinha para dizer. Beija-a com volúpia. Com vontade, uma vontade que florescia dentro de mim e me fazia clamar por ela. O mesmo descontrole do nosso primeiro beijo. Algo que eu não tenho poder, e que me aquece de uma maneira tão intensa que parece que um líquido fervente está sendo lançado em minhas estranhas.

Rebecca resfolegou, e estremeceu em meus braços quando me abraçou. Os seus lábios se encaixaram perfeitamente nos meus, como numa dança de valsa com os movimentos sincronizados. Os seus lábios eram doces, uma néctar que eu ansiava cada vez mais. Aperte-a em meus braços e a enlacei em mim, o meu corpo pressionava o dela com insistência, e eu sinto cada curva de Rebecca escondida por suas roupas feias... Ela geme, e estremece mais um pouco quando rodopio com ela pelo quarto sem parar de beijá-la.

O meu sangue inflama, e meu coração bate tão acelerado que parece que vai rasgar o meu peito, deixando-me tonta, mas eu não paro de beijá-la... Busco a sua língua com exigência e estremeço de prazer quando sou correspondida na mesma intensidade. Apesar de serem inocentes, os beijos de Rebecca são capazes de me fazer derreter... E novamente estou completamente excitada pela esquisita.

Novamente estou sentindo coisas que nunca em minha vida senti por nenhuma garota, e muito menos por Alison. É algo novo... E completamente viciante. A timidez de Rebecca aumenta ainda mais o meu combustível, a minha vontade de tomá-la para mim.

Impulsiono os nossos corpos e eles caem em cima da minha cama. Um pouco desajeitados, mas, uma das minhas pernas fica entre as pernas de Rebecca, e ainda a beijando e provando a sua língua, roço o meu corpo no dela... E sinto quando as mãos dela puxam a minha blusa pelas costas e geme na minha boca. Não suporto mais, o meu corpo exige mais, o centro da minha feminilidade pulsa quente e dolorida exigindo atenção... Depois de sugar a língua de Rebecca, deslizo os meus lábios pelo seu queixo até o seu pescoço, sua pele macia e eriçada me recebe, o cheiro delicioso sempre presente... Mordisco a pele sedosa, e Rebecca se mexe embaixo de mim, aumentando a fricção dos nossos corpos e fazendo com que o meu autocontrole quase vá ao espaço.

Com uma mão, prendo a sua cintura, e com a outra mão, deslizo um pouco o cardigã para baixo, revelando o ombro alvo e alguns pequenos sinais, graciosos. Roço suavemente na pele exposta, e quente...

- Freen... - ela me chamou sem fôlego. Continuei a beijar a sua pele, sentindo cada vez mais quente. Ela se agitou mais embaixo de mim, tocando em um ponto extremamente sensível que me fez gemer. O corpo de Rebecca antes receptivo, agora, parecia mais... Tenso. Ergo a cabeça com os olhos embebidos de paixão e encontro o olhar assustado dela.

Um banho de água fria. Percebo a situação que nos encontramos... Rebecca está tão vermelha que á qualquer momento ficaria roxeada. Saio de cima dela, com uma grande onda de frustração. Passo as mãos em meus cabelos e busco a minha carteira de cigarros. Abro a janela para o ar circular e acendo um... O silêncio se mantém no quarto, mesmo quando Rebecca se senta e ajeita o seu maldito cardigã e esconde a sua pele.

Não sei quanto tempo que ficamos em silêncio, mas o que sei é que fumei cinco cigarros, e o nervosismo ainda me corrói. Escuto um pequeno soluço e olho na direção de Rebecca, ela estava de cabeça baixa, chorando baixinho. Dói, algo dentro de mim dói. Descarto o cigarro pela janela e vou até ela, me agacho á sua frente e seguro em seu queixo. Ela me olha com os olhos mergulhados de tristeza e lágrimas.

Isso me quebra.

- Ei... O que foi? - pergunto tão suave que nem sabia que poderia ser assim.

- Estraguei tudo... Você não vai mais querer saber de mim. - choramingou e abaixou o olhar. -Desculpe-me.

- Do que você está falando? - perguntei confusa. Pela primeira vez, sem saber o que estava se passando na cabecinha dela e me incomodando o seu sofrimento.

- Aqui na cama... Minutos atrás. - ela confessou e soluçou alto.

Ah. Então, eu entendi a situação. Sentei-me do lado dela, e limpei as suas lágrimas. Penso um pouco como vou abordar o assunto, já que é algo extremamente delicado.

- Rebecca, meu amor, você não estragou nada. Estávamos apenas nos beijando, como qualquer outro casal se faz... Você não precisa ficar se martirizando dessa forma. - informei a ela com um beijo na testa.

- Eu sei que sou inocente, mas não sou tão boba assim... Assisto filmes, e sei que quando um casal fica desse jeito na cama é por que... Porque coisas devem acontecer. - ela disse envergonhadamente, então, me olhou. - Você tem as suas necessidades, e eu... Eu não passo de uma virgem inexperiente.

Autocontrole, Freen... Só um pouquinho de autocontrole.

Engoli á seco. É claro que sei que Rebecca é virgem, mas a afirmação me deixava um tanto... Tarada. E uma obsessão cresceu dentro de mim. Eu quero ser a primeira dela... E a última.

Ignorei essa última parte do meu subconsciente.

- Abelhinha... Como você pode achar que eu vou querer que a nossa primeira vez fosse assim? Na minha cama com os meus pais á metros de distância? - fiz uma careta. - Não! - apertei suavemente o nariz dela. - Quero que seja especial, para mim, e especialmente para você. - ela sorriu. Bom sinal. - Ás vezes, as coisas se esquentam entre os casais, e não são obrigados a transar. Não fique com isso na cabeça, certo?

- Eu tento Freen. Mas ainda tenho medo porque não me sinto preparada, e se você se cansar de mim? - perguntou com os olhos tristonhos.

Sorrir abertamente, e coloquei uma mecha do cabelo de Rebecca atrás da orelha. Então, beijei carinhosamente a sua bochecha. 

-Para, eu nunca vou me cansar de ti, meu amor... E vou espera-la o tempo que for.

- Oh Freen... Eu te amo! - declarou e me abraçou emocionada e feliz.

Eu te amo ecoou dentro de mim como se fosse tóxico. Soltei-me rapidamente dela, e a chamei para jantar, com a palavra em minha mente. Felizmente, ela não percebeu nada e manteve o seu jeitinho bobo de sempre. Rebecca junto com os meus pais se tornavam até insuportável. Essa alegria genuína de ver a vida de pobre em bons olhos. Fico introspectiva durante o jantar, soltando algumas respostas mal humoradas que passam despercebidas pelos três.

Quando a tortura encerrou, e antes que minha mãe tivesse a brilhante idéia de oferecer a Rebecca que levasse as sobras da janta para casa, arrastei a mesma para casa. De moto, fica bem próximo. Deixei-a em sua casa com um sorriso no rosto, depois de alguns beijos trocados. Esperei que entrasse, e ela entrou... Como se tivesse levitando.

Senti vontade de chamá-la de volta... Essa sensação esquisita que me acomete sempre que ela se afasta de mim. Não sei identificar bem. É como se fosse perda, ou saudade. Estou ficando louca... Como amanhã é sábado, vou poupar o meu tempo, e mandei uma mensagem para a Rubi, chamando-a para beber.

Cigarros, bebidas e algumas garotas aleatórias. Era isso que a minha noite está precisando para esses assuntos esquisitos saírem de vez de minha mente...





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Boa tarde amores, nem postei ontem, né? Estive bem ocupada. Peço desculpas. 

Mas hj tem, e espero que gostem dos capítulos ☺😃

El Sabor De Lá Venganza { FreenBecky }Where stories live. Discover now