Ficou apenas eu, e Sr. Anthony na sala.

- Nádia me contou o que fez por ela... Por nós. Quero dizer que não tenho palavras para agradecê-la, Rebecca. Se não fosse por você, estaríamos destinado á viver na rua. Isso iria destruir a minha família. - ele disse com sinceridade.

- Que isso, Sr. Anthony. Eu fiz de coração. - reforcei. - Fico muito feliz por ter ajudá-los.

- Só me preocupa o fato de não querer receber nenhuma promissória. Não quero ser intrometido, mas talvez, tenha retirado esse dinheiro da poupança. Sem querer ofender, mas não aparenta ser classe alta. - comentou com sinceridade. - E pode me chamar de Anthony.

- Tudo bem, então... Anthony. É meio estranho chamar as pessoas mais velhas pelo primeiro nome, mas vou tentar. - falei com um meio sorriso. - Bem, não aparento ser classe alta porque não sou, e o senhor.. - rir pela cara dele. - Ok. Você está certo, meio que foi da minha poupança, mas não se preocupe, Eu não preciso de volta. 

- Tem certeza? Por que podemos fazer promissórias que dê para pagar, e você não ficar no prejuízo. Não podemos pagar muito por mês, mas ao poucos, podemos quitar. - Sr. Anthony insistiu preocupado.

- Vou ficar muito ofendida se continuar insistindo para pagar... O meu pagamento maior é ver a felicidade refletida nos olhos de Dona Nádia. E dou-me por satisfeita em apreciar a companhia de vocês, isso é o meu melhor pagamento. - contei com sinceridade.

Ele se emocionou com as minhas palavras.

- Você é uma menina de ouro, Rebecca. Que benção deve ser tê-la como filha, os seus pais devem ter muito orgulho de você. 

Sorrir, lembrando-me da época que papai estava vivo... Ele e mamãe sempre faziam questão de dizer que eu era a luz da vida deles. Mesmo com a sua partida, mamãe continua exaltando como me ama e como sou especial.

Dona Nádia voltou com uma bandeja com refresco e os salgadinhos que estavam cheirosos. Na realidade, a casa está com um cheiro delicioso. Experimento um salgado, e suspiro.

- Simplesmente delicioso. - elogio com sinceridade.

- Que bom que gostou! - dona Nádia disse com orgulho. - É uma especialidade da família... Falando nisso, onde está a nossa filha? - perguntou ao marido.

- Deve estar no quarto, como sempre. - Sr. Anthony responde como se isso fosse a coisa mais óbvia do mundo.

- Essa menina, só um momento, Rebecca... - dona Nádia foi até o início do corredor e gritou. - Filha, venha para a sala, a nossa visita chegou! - um minuto de silêncio. - Filha venha logo!

Escutei uma resposta abafada. Estou curiosa para conhecer a filha deles. Não parece ser muito amistosa. Enquanto, a esperamos, Dona Nádia e Sr. Anthony me faz comer mais do salgadinho que derretem em minha boca. Bebo um pouco de refresco, quando...

- Olha ela aí... Rebecca, essa é a minha filha Freen... Freen, essa é a Rebecca, a mocinha que me ajudou no banco. - dona Nádia apresentou com um sorriso de orelha a orelha.

Levanto-me com o impacto do susto, sinto o meu sangue esfriar em minhas veias, assim como os meus olhos se arregalam e minha boca se abre em surpresa... Uma surpresa muito desagradável. Á minha frente, estava a Freen, tão desconfortável quanto eu, mais pálida ainda. O tempo para, como se os ponteiros do relógio nunca tivesse se movimentado. Dona Nádia e Sr. Anthony esperava, na expectativa. Se eles são os pais de Freen, então, significa que... Ela mentiu para o colégio todo. O meu coração se acelera ao constatar de que não sei quem a Freen é...

- Freen? - questionei com o cenho franzido, em choque.

- Rebecca... - responde com a voz quase sumida. - Eu...

El Sabor De Lá Venganza { FreenBecky }Donde viven las historias. Descúbrelo ahora