Querido TIO

cap 70

Jéssica Cortez (JESSY)

Já se passou um mês e nada do Gabriel me ligar ou atende minhas ligações, o que está me deixando desesperada, com um medo enorme e vários pensamentos que só me atormenta toda noite.

- Será que ele não me quer mais, ele encontrou outra pessoa, ou pior será que o meu tio voltou com a Emma?

Balanço a cabeça para dispersa esses pensamentos, mas não adianta, eles insistir em permanece, já faz alguns dias que não consigo comer nada, fico apenas trancada no meu quarto sem vontade para nada, minha mãe, vem várias vezes aqui, tentando me tira do quarto ou me fazer comer alguma coisa, mas não adianta, não tenho fome, volto a pegar meu celular e ligo para o meu tio, e nada, chama e chama, caindo na caixa postal.

- Onde você está que não me atende, meu amor?

Sara- Ele não atendeu? (Pergunta minha mãe assim que entra no quarto)

Jessy- Não, mãe... O Gabriel não me ama... Porque ele sumiu assim, me fala, mãe, por quê?

Sara- Oh, meu amor, eu não sei responder essa sua pergunta, mas não fica assim, deve ter acontecido alguma coisa no trabalho, que ele não responde, tenham paciência, querida, agora vamos descer e comer algo, você perdeu bastante peso esses dias.

Jessy- Eu não estou com fome, mãe.

Sara- Jéssica Cortez, já chega, eu não vou deixar você morrer por um... Filha, eu te amo e não suporto te ver assim, até o seu pai está preocupado com você, com seu estado.

Jessy- Ele deveria estar feliz, pois o meu tio não me quer mais.

Sara- Filha, me escuta, homem nenhum merece nosso sofrimento, minha querida você é linda, tem uma vida toda pela frente, não a destrua por causa, de um homem como o grupo, você, logo vai encontrar alguém bem melhor que ele, tenho certeza.

Jessy- Eu não quero mãe, eu não quero, o meu tio já tem o meu coração... não tem como amar outra pessoa a não ser ele. (Falo baixinho).

Ela não diz nada apenas me abraça forte, choro como uma criança inconsolável, devido à dor que estou sentindo, é sufocante, que não consigo respirar, o que me deixa ofegante, sinto meus batimentos cardíacos acelerarem, minha respiração fica mais intensa, até parece que corri uma maratona, logo uma pressão no peito me faz solta um gemido de dor, o que faz minha mãe se apavorar.

Sara- Filha o que você tem? Querida...

Nada respondo, só continuo com uma sensação horrível, um suor frio toma conta do meu corpo, me fazendo tremer de frio.

Sara- Jessy, você está pálida, queria o que você tem? (Pergunta meio que desesperada)

Jessy- Eu... Eu... Não consigo respirar.(falo baixinho)

Minha mãe grita, pelo meu pai, que logo surge no quarto, ofegante.

Júlio- Sara o que foi?

Sara- Júlio, a nossa filha, a nossa filha... vamos para o hospital.

Júlio- O que tem a nossa filha, Sara?

Sara- Acho que ela está tendo uma crise de Pânico, vamos logo, Júlio.

Meu pai me pega nos braços e desce as escadas bem rápido, acho que devo está mesmo magra, já que ele não está fazendo nem tanta força. Tento olhar para o meu pai, mas está tudo embaraçado, minha visão fica escura e eu apago.

Abro os meus olhos e pisco algumas vezes, devido à claridade, ao perceber que acordei minha mãe se aproxima, chorando e beija minha cabeça.

Jessy- Mãe, o que aconteceu?