A forma que encontrava para atingir a Irin era maltratando aquele bichinho do mato em que Irin tinha um grande afeto e amizade, a Rebecca. Gostava de fazer isso. Também, detestava a Rebecca, aquela garota tinha algo que deixava a Alison irritada. Unia o útil com o agradável. Alison também empurrava as garotas para o lado do Luke, e assistia de camarote a fúria de Irin com qualquer garota que se aproximava dele, mas infelizmente, o Luke era um idiota e só tinha olhos para a Irin, sempre se esquivava das meninas. Felizmente, Irin e Luke não se acertavam, e Alison aproveitava para jogar mais fogo na lenha.

- Filha? - Serena Dilaurentis Benson bateu na porta do quarto, despertando a atenção de Alison. - Eu e seu pai estamos prontos para ir, tem certeza que não quer ir conosco?

Alison olhou para a sua mãe. Era uma mulher viciada em estética e plástica, sempre tentava aparentar jovialidade. Não aceitava ser velha. Tanto que quem a visse, acreditava que era irmã de Alison, e não a mãe. Serena estava usando um vestido longo e elegante, mas o que chamava mesmo a atenção eram os diamantes em seu pescoço.

- Para evento de caridade? -  Alison revirou os olhos. - Natal ainda não chegou.

Serena riu com o humor da filha e fez menção de se aproximar quando viu o Iphone quebrado no chão.

 - Algum problema?

- Mamãe... Você e papai foi amor à primeira vista? - Alison perguntou de repente.

- Não. Claro que não. - Serena riu e ajeitou a sua echarpe. - Eu me apaixonei de primeira pelo o seu pai. Ele era.... - suspirou. - Majestoso. Ainda é... Enfim. Quando eu o vi, eu soube que queria passar o resto da minha vida com ele. Só que ele tinha uma namoradinha. -  fez cara de desprezo. - Uma pobretona que dava dó, ninguém entendia o porquê o seu pai estava apaixonado por ela. Não eram do mesmo nível. A sorte é que a família do seu pai era contra esse relacionamento e ficaram muito felizes em saber do meu interesse pelo Klaus.

Alison também fez uma careta de nojo... Achava que morreria se um dia isso acontecesse com ela. Era até absurdo pensar!

- E como você fez? Sabe... Pra se livrar da pobretona e ficar com o papai?

- Eu engravidei de você. - Serena piscou, declarando sem nenhuma vergonha. - Vou indo agora... Juízo, ok?

Alison apenas balançou a cabeça e virou-se novamente para a janela. Infelizmente, anatomicamente era impossível engravidar de Freen. Teria que usar outra forma de prendê-la. Esperou mais uns minutos, e como a Freen não apareceu, desceu as escadas da mansão ás pressas, iria até a casa de Rubi atrás de Freen, mas não foi preciso isso já que quando abriu a porta, escutou um barulho de moto...

Era a Freen!

(......)

- Irin!

Luke gritou pela milésima vez, correndo atrás da morena que andava em sua frente, balançando os seus cabelos negros que brilhavam como uma seda na luz do luar. Em nenhum momento, ela tinha olhado para trás. Nem mesmo fez menção de fazê-lo, o ignorando completamente e isso o enlouquecia.

Droga! Por que ela tinha que ser tão cabeça dura? Não era possível. Ele não estava fazendo nada demais, apenas conversando com a Olivia sobre a gincana de matemática que ele queria muito participar. Nada demais, mas a Irin estava o ignorando como se tivesse a peste bubônica.

Será que ela não percebia?

- Irin. - chamou novamente, para ser ignorado como da outra vez.

Sem paciência, ele aumentou os seus passos e a alcançou, agarrando-lhe de maneira gentil pelo braço e a virando para si. O ato foi um pouco rápido e quando Irin deu-se conta o seu nariz estava enterrado no peitoral do Luke.

Isso a deixou lívida de raiva. Retraiu-se, e tentou se soltar, mas o Luke não afrouxou a mão do seu braço. Ela o olhou, queimando de raiva, os olhos escuros faiscando, mas dentro de si, não existia apenas a raiva... Tinha o ciúme quente, a frustração de querer e não ter, o amar loucamente.

- Solte-me agora. Não sei se percebeu, mas eu não sou a Olivia. - disse com a voz envenenada de ciúmes.

- Eu sei que não é. E se fosse, eu não estaria correndo atrás o dia todo, como fiz com você. - Luke respondeu calmamente, apesar de que aqueles olhos negros em cima dos seus, causava-lhe um rebuliço inexplicável dentro de si.

A resposta meio que desarmou a Irin, mas o ciúme era um bicho louco que para matá-lo, era um trabalho muito árduo. Ela puxou o seu braço e deu uns passos para trás, via a verdade nos olhos esverdeados... Deus... Como amava aqueles olhos, parecia oliva liquida.

- Então, só fez perder o teu tempo. - Irin retrucou. - Eu não quero falar com você e pare de vir atrás de mim como um cachorrinho!

Ela lhe deu as costas novamente, Luke controlou a vontade de gritar e esmurrar a parede. Não iria deixa-la ir. Ficar sem falar com a Irin estava o matando, ele não conseguia ficar um segundo recebendo o desprezo dela. Antes que ela partisse, voltou a puxá-la, desta vez, sem nenhum tato. O corpo dela bateu em cheio no seu, e ele a segurou pelas costas, mantendo-a bem fixa em si.

- Me solte! - Irin gritou, dando pequenos tapas nos ombros dele.

- Não! - Luke a segurou com mais força, os corpos unindo mais, e os calores se misturando. Foi questão de segundos para eles ofegarem. - Estou cansando de você me tratando como um lixo só porque estava falando com a Olivia, eu não tenho nada com ela, poxa! - ele franziu o cenho, como se tivesse sentindo dor.

- Pouco me importa o que você tem com ela... -  declarou, mentindo, um bolo enchendo-se em sua garganta ao imaginá-lo com outra. - Você não é nada meu e não me deve nenhuma satisfação. - olhou bem fundo dos olhos dele. - Estou pouco me lixando.

- Se está pouco se lixando, porque está me tratando assim? -  ele perguntou, mergulhando no mar negro e revolto que eram os olhos dela. - Seja sincera ao menos uma vez, e diga, Irin. Assuma que morre de ciúmes de mim perto de outra garota porque é louca por mim...

Antes que ele pudesse concluir a fala, Irin soltou uma risada cínica, e o olhou com desprezo fingido:

- Por favor, eu não... - foi à vez dela se interrompida por ele.

- ... Assim como eu também sou louco por você. - ele concluiu a fala.

Um minuto de choque. Os olhos de Irin enegreceram-se mais, num misto de surpresa e de loucura. Não estava preparada para ouvir aquela palavra tão direta. O seu coração não estava preparado para isto, e bateu enlouquecidamente, enquanto, uma sensação quente, quase liquida rompia no seu âmago. Luke estava da mesma forma, a diferença é que ele necessitava muito que ela confirmasse... Precisava ouvir da boca de Irin que também era louca por ele, que era recíproco. Os atos mostravam que sim, mas ele precisava que ela falasse que se expressasse.

Mas ela não falou. Ficou calada, o olhando fixamente, e naquele momento, Irin era mais do que atraente em seus olhos, era irresistível. Ele não pensou duas vezes em abaixar a cabeça e capturar os lábios dela em um beijo terno, calmo... No primeiro contato da boca do Luke na sua, Irin soluçou e o enlaçou pelo pescoço, o beijando com amor, com calor...

Quem olhasse, viria um casal de jovens extremamente apaixonados expressando a doçura do amor num beijo. E não estariam errados. Os dois se amavam, mas a imaturidade não permitia que seguissem juntos. Ou talvez, o medo de perder o que tinham... Eram amigos desde a maternidade, e se as coisas mudassem? Ao menos, o Luke estava disposto a arriscar. Mas será que Irin também?

A resposta veio rápido quando Irin deu-se conta o que estava fazendo. Apesar de estar amando o beijo e todo o pelo do seu corpo estar arrepiados, e seu coração descompensado, algo dentro dela dava muito medo. Agindo por esse medo que empurrou o Luke com todas as suas forças.

- Nunca mais me beije ou cortarei os seus lábios com uma gilete! - ela esbravejou ofegante, e correu pra sua casa.

Luke ficou desnorteado na calçada por uns segundos até que voltou a si e em ímpeto de raiva, esmurrou o muro, arrependendo-se em seguida, fez uma careta e agarrou os nós dos dedos machucados.

Que garota!

El Sabor De Lá Venganza { FreenBecky }Место, где живут истории. Откройте их для себя