A Menina Com Heterocromia

O Disfarce do Mal

No dia seguinte, a Carmo ficou chateada pelo que a escola fez para ela, por isso, a Mel ligou-lhe no iPhone 15 para conversar sobre um plano.

- Estou?

- Olá, Carmo. Eu e a Leonor sentimo-nos mal por teres sido falsamente expulsa. Eu tenho um plano para desmascarar o Daniel. – disse a Mel.

- Qual é? – perguntou a Carmo.

- O nosso plano é ver quem ELE é mesmo, porque ele pode estar a esconder algo que nós não sabemos o que é. Então, eu sou uma espiã, por isso, eu vi no quarto do Daniel que ele tinha um disfarce no seu armário. O nome verdadeiro dele não é realmente Daniel, mas chama-se Bernardo, um rapaz original dele. Até ele usou uma peruca para por no seu cabelo, usou lentes de contacto pretos para ninguém gozar com a sua heterocromia, e mudou toda a sua roupa. – informou a Mel.

- O QUÊ?! Desde quando?!

- Desde bebé.

O Daniel (Bernardo) nasceu numa família de heterocromia, que se mudou de personalidade. Quando ele vestiu o disfarce, fingiu que fugiu de casa, para que a mãe fique preocupada. Então, a mãe, fingidamente, adota o disfarce do Bernardo, o Daniel. O retrocesso do Bernardo era:

- Alguém me adota? Eu sou mesmo pobre. – chorou o Bernardo.

- Oh! Olá, menino! Estás aqui, por quê? – disse a mãe do Bernardo/Daniel.

- Porque ninguém gosta de mim como pobre. Por isso, eu queria uma família. – respondeu o Bernardo.

- Posso adotar-te. É que o meu filho nascido se foi embora mais cedo na idade de bebé, e até chorei. Como te chamas?

- Chamo-me Be... quer dizer Daniel Oliveira. – tinha medo que ele dissesse o seu nome original.

O retrocesso acabou. Na altura, o Daniel/Bernardo era um génio para inventar coisas como o Albert Einstein, mas não tinha o sobrenome da mãe biológica, porque não queria. Realmente, a Mel disse à sua amiga que o Daniel é o irmão mais velho da Carmo, mas, de repente, a Carmo chocou-se e chorou.

- O QUÊ? O DANIEL É O MEU IRMÃO?! Então quem é a minha mãe? – perguntou a Carmo.

- Uh, é a mãe biológica do Daniel. – disse a Mel.

- Não pode ser! E aquele senhor na foto da minha mãe é o meu pai? O Jacinto?

- Sim, também!

- O QUÊ? NÃO PODE SER! QUE COISA! EU NEM SEI SE SOU ADOTADA...

A Glória entrou no quarto da sua filha, para ver o que ela fazia. Ela ficou preocupada pelo que a filha esteve a chorar.

- Mãe? A minha amiga sabe tudo... eu sou MESMO adotada?

- Ah, eu adotei-te. Eu não sou a tua mãe biológica. Sabes, eu estava mesmo triste por não ser grávida, porque o meu doutor disse que não poderia ter filhos. O teu pai adotivo divorciou-me comigo quando ias para o primeiro ano. Eu adotei-te desde tinhas cinco anos. Eu e o meu pai tínhamos discutido muitas vezes sobre a minha não gravidez. Desculpa se eu não te contei antes...

- Quem é realmente a minha mãe?

- A tua mãe chama-se Maria José Oliveira. Quem realmente és, o teu nome velho era Carmo Oliveira, e tu tens um irmão chamado Bernardo. Eu conheço o teu pai biológico há anos e ele faleceu mais cedo antes de tu nascesses. O Bernardo é o teu irmão durante todo o tempo.

A Carmo estranhou-se um bocadinho da sua família biológica, tendo um sobrenome de "Oliveira", igual ao do Daniel/Bernardo, mas a Maria não descobriu ainda, que o Daniel se chamava Bernardo no tempo todo. A Glória acalmou a sua filha adotiva calmamente, com que a Carmo contasse até três e parou de chorar, porque o seu verdadeiro pai não está fisicamente com a família toda. Em seguida, a Glória perguntou:

- Filha, queres que te leve para a casa da tua mãe real ou não?

- Quero só visitar, mais nada. – respondeu a Carmo.

A mãe adotiva e a filha foram para a casa dos Oliveira, para que eles conferissem que a Carmo é a filha da Maria José. A mãe biológica ficou surpreendida por a sua filha real aparecer na sua casa.

- Carmo! Estás aqui? Finalmente, eu encontrei-te! – surpreendeu-se a Maria José.

- É a Maria José Oliveira? – perguntou a Carmo.

- Sou, filha! Eu andei à tua procura! Nunca apareceste depois de dez anos! Onde foste?

A Carmo foi para um camião de doces, mas depois foi raptada pelo marido da sua mãe adotiva. A polícia mandou o seu pai adotivo para a prisão de dez anos, e a sua mãe adotiva divorciou-lhe. De rompante, a Maria José agradeceu à Glória por ter de tomar conta da sua filha verdadeira, pois fico feliz, indo mostrar o seu quarto, mas informou que também a Carmo tem um irmão.

- Não, Maria. O seu filho não se chama Daniel. É BERNARDO!

- O quê? Se calhar ele disfarçou-se de outra pessoa e fingiu de ser pobre... ele enganou-me há quase dez anos! Eu sei que ia acontecer, caraças!

- A Melinda tinha razão... a Maria devia estar atenta ao que o seu filho adotivo faz! – exclamou a Carmo.

- Por favor, trata-me por tu, está bem, Carminho? Não fiques chateada com isso. Chama-me como mãe.

- Mãe, eu quero viver com ela, está bem? – disse a Carmo à Glória.

- Está bem, Carmo. Espero que fiques bem!