Alguns filósofos dizem que o destino é uma mão de via dupla, uma hora ele te ajuda e na outra te joga em um redemoinho de azar.
Não sou filósofo, por isso afirmo que o destino é um filho da puta que samba em sua cara igual rainha de bateria no carna...
Eu sou amigo do monstro que está debaixo da minha cama Lido bem com as vozes na minha cabeça Você está tentando me salvar, poupe seu fôlego E você acha que eu sou louco, sim, você acha que eu sou louco Bem, isso não é justo
Bem, isso não é justo The Monster - Rihanna feat Eminem
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Arthur chegou em sua casa parecendo um furacão, ele nem fez questão o que Diego falava, e obviamente o meu irmão já sabia que isso tinha dedo meu na história.
— O que você fez?!
— E por que supõe que fiz algo?
— Por que você tem o dom de estragar tudo que é bom na nossa vida Dimitri! Supera a porra dos seus traumas e para de ferir quem ama você.
As palavras de Diego foram frias e duras, o seu olhar transparecia raiva e decepção, e aquilo quebrou o meu coração em pedaços pequenos, quase impossíveis de ver.
Ignorei a dor em meu peito e entrei no quarto a tempo de ver o pirralho pegar os travesseiros e a coberta do Harry Potter.
— Onde você vai?
— Para o quarto de hóspedes, lugar onde eu deveria ter ido desde que cheguei ao Brasil.
— Arthur...
— Não encoste em mim Dimitri — Vociferou em um tom de puro ódio.
Eu nunca havia visto ele tão furioso, ou talvez fosse o ódio e a decepção trabalhando juntos, algo que já estava acostumado a provocar nas pessoas.
O quarto parecia grande demais, gélido demais, ou era a falta dele lá que mexia tanto comigo.
Mas como diria um bom filósofo: Dorme que passa.
O sol estava claro lá fora, de longe se dava para ouvir o piar dos pássaros, tudo seria lindo e melodioso se eu tivesse dormido por pelo menos uma hora, mas nem isso eu consegui.
A única coisa que consolava era o fato de voltar para o meu país.
O pessoal estava reunido na sala de forma que parecia um enterro, Arthur brincava com a Giulia e não olhou no meu rosto em nenhum momento.
