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A risada seca ecoa pelo cômodo juntamente com os passos que estralavam por conta da sandalha que usava. As luzes se acedem revelando completamente o rosto de todos ali, o Velho era meu patrão, metade dos serviços que fazia vinha a pedido dele, não tínhamos um contrato ou porras que comprovavam que sou um funcionário apenas dele, mas sua estupidez o faz esquecer que mato pessoas, talvez o dinheiro o deixe cego.

"Fiquei sabendo que fez tudo certo com relação a Wen, certo?! Estava vendo agora pouco a notificação do nosso hospital sobre sua consulta, machucou muito?" O velho caminha até um sofá onde estende sua mão para que eu o acompanhe.

"Exato. Nada de mais, estou bem agora." Sento a sua frente como pedido.

"Aah... você conhece Marques, né?"

Marques, outro rico cego como Jeorge, só muda a idade. Porém, Marques Keny é conhecido como mafioso, o retardado não poupa esforços em se esconder como o velhote. "Sim, conheço."

"Ele está oferecendo milhões pela cabeça de uma mulher. Se não me engano você estava afim de fazer um contrato comigo, esse dia pode ser agora, o que acha?"

Sinceramente acho uma merda, não estou afim de me envolver com porras, talvez o velhote deve estar desesperado para ter citado o nome de Marques e em seguida sobre contrato. Nego com a cabeça "nunca falei sobre isso." Cruzo as pernas sentindo que isso estava ficando interessante.

"Pago a quantia que quiser para que assine. Sabe como posso te fazer viver uma vida de rei." Jeorge chama com a mão um dos seguranças. "Essa conversa fica entre nós, certo?"

"E para quem eu iria contar que rejeitei seu contrato? Não quero ser rico, eu já sou, e sou mesmo sem um contrato." Me levanto arrumando a jaqueta que usava, então reverencio o velho novamente. "Espero que não esteja tão desesperado." Sorrio de canto andando até a saída. Ao passar pelo final da escada uma mulher de cabeça baixa quase esbarra em mim, viro de lado rapidamente vendo o corpo passar, seguro a mão da mulher e a imobilizo "tentando me matar?" Pergunto vendo todos os seguranças apontando uma arma para minha cabeça.

Jeorge levanta bruscamente com as mãos para cima. " abaixem as armas! E você solta ela, agora! Não estou tentando te matar, seu mierda." O velhote grita entre tosses.

Por que essa mulher iria aparecer do nada? Deveria estar armada,mas não está, e quando se esbarrou iria cravar uma faca em mim, mas escuto um murmuro saindo da boca da mesma. "Repete, puta." Mando colocando a mão em seu pescoço puxando a cabeça para trás.

"Eu disse que você é um burro do caralho." A voz fina sai com dificuldade me causando risadas.

Solto a mulher desbocada a jogando no chão. "Assim espero. Se vier me procurar para falar desse contrato novamente, vou fazer uma plástica nessa sua cara com fogo." Me viro voltando a ir embora. "Vigia, velhote." A porta bate assim que desço a quarto escada.

As vezes me questionava se ameaçar tanto eles era o certo, eles podiam me matar a qualquer momento, só que parando para pensar, eles são burros. Se eu morrer não posso fazer nada, escolhi essa vida, pelo menos tenho vários zeros na conta, maldita ganância, vivo entre o amor e ódio.

Dirijo até um lugar mais afastado e não perco tempo, entro no site onde nos assassinos temos . No site dizia sobre 700 milhões de dólares pela cabeça de uma mulher chamada Olivia Vicent, o sobrenome não era desconhecido. "Ah foda-se pouco me importa quem seja, são 700 milhões." Encosto no banco fitando a rua deserta, isso seria fácil, né?!

Vou aceitar.

VITMA 22Where stories live. Discover now