1 Derick 🪽

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Minhas pernas doíam tanto que a dor era quase inexistente, podia sentir uma descarga imensa de adrenalina percorrer meu corpo, minha cabeção estava tão confusa que precisava forçar a pensar apenas no que vim, matar.

Fecho a mão com toda força impulsionando meu corpo para trás, logo dou um sobressalto a frente acertando o soco em cheio na cara da vítima. Podia ver seu corpo cair no chão com um baque alto da colisão, sentia um alívio começar a dominar meu corpo e a adrenalina diminuir. Minhas pernas permaneciam firmes me mantendo de pé à frente do corpo todo ensanguentado.

Ao descer os olhos até a vítima, tenho uma visão do meu corpo todo coberto de sangue. A cor escura do sangue fazia as roupas pretas ficarem mais escuras, o suor se misturava entre o sangue assim como a vítima.

Podia ver o corpo respirar tão forte que parecia um balão enchendo de ar. Desço até sua altura e o agarro firme pelo pescoço, minhas pernas tremiam ao levantar o corpo pesado em mãos, seguro mais forte para o jogar contra a parede logo atrás.

Novamente o barulho emite um eco na sala vazia, o ambiente claro me deixava ver o rosto da vítima aos poucos se transformando em uma expressão neutra, não iria demorar muito para vê-ló morto.

                                                                               🥀
  

Retiro os fones de ouvido enquanto admiro o fogo tomar conta do cômodo. Sinto uma presença e ouço alguns passos calmos vindo até mim pelas costas, o perfume que exalava milhões chega até mim juntamente com a mão. "Pegou o que pedi?" A voz grossa masculina soa assim que sua mão sai do meu ombro.

"Sim." Tiro do bolso um saco cheio de sengue com um papel dentro. "Ele havia engolido, então tive que abrir o corpo." Estico o saco na direção do maniaco que sorri.

O homem se chama Wen Zhanig, um chinês obcecado por dinheiro. Seus cabelos eram negros e sua altura perdia para minha em alguns centímetros. Se assasinos são desumanos, esse desgraçado é mais, ele sabe que pagou mais pela morte de homem que sempre esteve ao lado dele só por conta de um contrato.

O que mais me deixava puto era o sorriso satisfatório de saber que ganhou mais uma vez. Fito o chão tirando as luvas "você tem vinte e quatro horas para depositar o restante, se não quem vai ser desmembrado é você." Me viro jogando as luvas em seu peito antes de andar em direção aos carros parados.

Adentro no carro sentindo a dor de antes amarrar cordas em minhas pernas me impedindo de sair. "Porra!" Soco o volante pela minha burrice, vacilei e abaixei a guarda deixando o desgraçado cravar uma faca nas minhas pernas. Abro o porta luvas tendo visão de vários celulares, um deles tinha o nome de Gur, era o telefone que usava pra receber propostas de trabalhos. Não tinha nenhuma mensagem, então estaria livre pra ir no hospital.

                                                                         🥀

03:45 marcava o relógio que brilhava na parede em mármore, a sala de luxo pouco iluminada deixava a sombra dos sete seguranças que me observavam, logo uns passos vem vindo descendo a escada a minha direita. "Woo...Derick, como vai?" queria responder esse filho da puta com uma bala cravada na sua testa, porém: "Sr. Jeorge, vou bem." Reverencio o velho que chega ao fim da escada.

VITMA 22Onde histórias criam vida. Descubra agora