CAPÍRULO 04, Cocégas.

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Me perdoem pelos erros ortográficos, e boa leitura!!

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cap4?

Sakusa só havia notado do tempo que permaneceram na cidade havia sido longo no momento em que notou o clima se suavizando, se tornava mais leve indicando que o meio dia estava chegando, eles haviam saído pela manhã, então de certa forma isso é um tempo significante. Sakusa pisava mais leve sobre a grama alta em que eles adentravam para chegar a casa novamente, agora com mais calma sem toda aquela tensão que Atsumu transmitia, agora era possível notar como o caminho era realmente... Estranho? Eles certamente estavam fugindo de algo ou alguém, talvez ele devesse procurar saber do assunto mais tarde com eles?
Entretanto tudo que Sakusa notará era a boca de Atsumu que se abria e fechava, parecia querer dizer algo, mesmo que relutante.

—Omi... Como era lá no tempo em que você vivia? As coisas eram diferentes?— Atsumu puxou assunto.

O acastanhada parecia que tinha essa duvida na mente algum tempo, talvez tenha sido isso que ele desejava perguntar na primeira noite que passaram juntos. e isso deixava Kiyoomi cada vez mais curioso e intrigado, o que ele quer dizer exatamente com isso?

—Como assim?
—A sociedade mudou?
—Seria estranho se não mudasse, não? Eu mesmo ja lhe contei diversas dessas mudanças.
—Não esse tipo de mudança, eu tô' falando de "opniões"... sabe? Visão de mundo.

"Onde ele quer chegar?" Sakusa começou a divagar sobre o que poderia ser a pergunta, e como responde-la. Ele pensou sobre o fato do acastanhado ser gay. Mesmo se não fosse sobre essa área que ele estivesse falando, Sakusa gostaria de, como podemos dizer? Testar o terreno.

—Você quer dizer... como as pessoas lindam com o preconceito?
—Sim, bem... Hoje em dia parece tudo tão errado.
—De exemplos simples como: racismo, machismo, e homofobia, o mundo até que tem "levado" assim pode-se dizer.— isso não é um assunto tão fácil de lidar. —As pessoas são difíceis, por mais que na minha "linha do tempo" existem leis para proteger as pessoas contra esse tipo de crime, não significa que ele ainda não exista, sabe?
—Desculpa, o que é homofobia?
—Ah, esse termo é novo pra você?

Atsumu concordou com a cabeça. Como caralhos Sakusa explicaria isso?

—Homens se relacionam com outros homens, e mulheres se relacionam com outras mulheres, dito isso aqueles que tem preconceito sobre isso em qualquer uma dessas hipóteses é dito como homofóbico.— Sakusa estava rezando por tudo que é mais sagrado que Atsumu não fosse um deles.
—Então pessoas que se relacionam com pessoas do mesmo sexo são chamadas de homo?
—Sim, mas também variantes disso. Por que a pergunta?
—Ah, só uma dúvida.

Na mosca. É, Sakusa poderia se gabar agora porque ele acertou em cheio no alvo.

Ao chegar em "casa" ambos guardaram as compras em seus determinantes lugares, elas iam de frutas a peixes, tudo fresco, sem conservantes, pelo menos isso é bom comparado a época de Kiyoomi. Atsumu também tinha comparado alguns tecidos, ele costura? Ou era Osamu? Falando no diabo.
Osamu entrou pela porta da frente assim que eles terminaram de guarda as coisas, ele parecia ter voltado de uma caça.
"Vestido para matar ein" Sakusa riu baixinho com a própria piada.

—Atsumu preciso falar com você.— Foi a primeira coisa que ele diz ao adentrar a casa.
—Pode falar.

—Você sabe que o inverno está chegando certo? Ja estamos no final dd agosto e a caça semanal não deu certo dessa vez.
—Não é novidade.
—...Você lembra daquilo que a gente conversou né? Toma cuidado.
—Serei cuidadoso.
—Você se vira aqui?
—Prometo não morrer.
—Haha muito engraçadinho.— Por mais que eles pareciam brincar com tudo isso Sakusa sentia que isso era muito mais do que uma brincadeira, era um assunto sério.
—E você se cuida tá? Quando você vai?
—Amanhã de manhã.

"Isso significa que vou ficar mais tempo a sós com o Atsumu? Eu vou enlouquecer"

A noite chegou mais rápido que o esperado, tão rápido que nesse mesmo dia eles não foram uma única vez ao lago. Meio que virou uma mania deles ir tomar banho no lago juntos? Eles não precisavam mais ir todos os dias juntos em questão, Osamu estava começando a confiar mais em Sakusa agora, mas eles ainda faziam isso.
Eles iriam ao lago agora pela noite, era a primeira vez de Sakusa vindo ao lago durante essa hora do dia, e parecia que só ficava mais bonito, ele nunca ia se acostumar com isso, e muito menos com aquela visão de Atsumu se despindo, não totalmente, porque ele nunca tira a camisa. Mas ainda assim, ele tinha que admitir, o idiota tem um corpo do caralho. Os braços eram bem tonificados, e era possível ver seus peitos quando a camisa era molhada pela água, as coxas visíveis só o deixava mais desesperado...
"Desde quando estou desesperado? "

—Omi, porque você não gosta do rei?

"Por que esse moleque sempre vem com papos 'filosóficos' pra cima de mim?"

—Primeiramente, quem gosta de reis? Gostar de rei é que nem gostar de político, só gosta doido.
—Não vou perguntar o que é político porque ja fiz perguntas demais hoje.
—Eu preciso mudar meu vocabulário pra parar de ter que te explicar tanta coisa.

Eles ja estavam na água, Sakusa completamente nu e Atsumu apenas com sua camisa, a água era gelada, mas a correnteza deixava o banho relaxante, o silêncio permaneceu por um longo tempo, e tudo que era possível ouvir era o barulho da água que se movimentava para todos os lados, até o cacheado perceber um certo par de olhos em si.

—Tem algo de errado no meu rosto?
—Seu cabelo tá' crescendo.
Os dedos do acastanhado estavam agora passeando nos cachos escuros de Kiyoomi, os cachos enrolavam nos machucados de suas mãos - culpa de anos de trabalho manual, o toque de sua mão fazia o estomago de Sakusa borbulhar, e os fios de suas cachos faziam cócegas em Atsumu, os olhos de Atsumu pareciam vidrados, parecia fascinado, como se estivesse vendo a coisa mais linda do mundo bem agora diante de seus olhos. Ele não falava nada agora, pelo menos não com os lábios, pois tudo que queria dizer parecia transmitir pelos seus olhos, olhos esses que falavam tudo mas não diziam nada, meio irônico.

—Meu cabelo sempre cresceu muito rápido...
—Você vai cortar?
—Não sei, o que você acha?
—Acho bonito assim.

Atsumu deixou os cachos de Kiyoomi e voltou a descansar a cabeça nas pedras que ficavam nas suas costas, e fechou os olhos. Agora quem estava encarando era Kiyoomi.
O rosto do homem era muito bem marcado, o maxilar era pontudo mas não de um jeito exagerado, podia-se até dizer que era... Delicado? Os olhos eram suaves e não combinavam nada com suas mãos, os cílios longos que era quase como se Sakusa pudesse sentir eles em seu rosto fazendo cocegas se ele se aproximasse, a boca carnuda e naturalmente vermelha era um charme à parte, e também tinha aquela pele bronzeada pelo sol, em seu rosto agora nascia pequenos pelos que insinuava o nascimento de uma barba logo adiante. Ele podia facilmente imagina-lo com uma barba bonita.

—"Tem algo de errado no meu rosto?"— Foi usada a frase dele contra ele mesmo agora.

Envergonhado por ter sido notado Kiyoomi vira o rosto para o lago novamente.

—Eu posso estar de olhos fechados, mas ainda sinto seu olhar sobre minha pele, faz cócegas sabia?

"É nessas horas que eu só queria sumir."

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