"Na maioria das vezes eu não sei onde você está.
Não sei para onde vai quando me olha com esses olhos tão frios, mas que de algum jeito se tornaram o único ponto brilhante em minha vida.
Não sei para onde vai quando diz que me ama, mas me machuca...
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𔘓 ؛𝑠𝑡𝑎𝑦 𝑤𝑖𝑡ℎ 𝑚𝑒, 𝑖 𝑑𝑜𝑛'𝑡 𝑤𝑎𝑛𝑡 𝑦𝑜𝑢 𝑡𝑜 𝑙𝑒𝑎𝑣𝑒𓆸
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Durante todo o percurso me debato contra o homem de cabelos platinados.
Este que em algum momento parece perder sua paciência comigo e passa a me carregar por cima dos seus ombros - como se eu fosse um maldito saco de batatas - limitando ainda mais meus movimentos.
- Já disse que não adianta tentar me acertar - continuando a caminhada, sua voz surge por todo o caos do nosso redor.
- Você não entende! Eles vão se matar! - grito, tão anestesiada por minha preocupação, que não consigo nem dar atenção de verdade as lutas ocorrendo em cada colônia.
- Não pareceu que sua presença fosse mudar muita coisa - dispara e sinto uma pontada no coração.
Mas não conseguia evitar.
Estávamos falando do meu irmão e do cara que eu estou perdidamente apaixonada.
Era um crime me sentir preocupada e querer que eles não se machuquem?
De repente, sou posta no chão e o feiticeiro me encara com os olhos claros que se parecem mais com joias em suas íris do que com olhos de verdade.
- Garota, deixa eu te explicar uma coisa que talvez não tenha entendido sobre nosso mundo - ele põe as mãos no bolso, mas não se afasta ou rompe o contato visual um segundo sequer - Todos percorrem os próprios objetivos com todo o egoísmo que tem e não se deixam levar por coisas como sentimentalismo e arrependimentos - há um tom verídico em sua voz - Simplesmente porque podem, porque tem poder para isso. E só poderão ser parados por outra pessoa igualmente poderosa e com objetivos que também não vai deixar para trás - engulo seco - Isso é um ciclo infinito e é exatamente o que está acontecendo com os dois.
Abaixo a cabeça e de repente me sinto como uma criança mimada.
- E de qualquer maneira, não importa quem dos dois vai sobreviver - o fito confusa - Porque ambos são criminosos e eu terei que os matar depois.
Não há frieza em seu tom, apenas uma percepção profunda dos fatos.
- Mas você pode sobreviver e ter uma boa vida calma e pacífica - aperto meus punhos com aquele sentimento egoísta me sufocando - É isso que fazemos por quem deixamos para trás.
De repente um estalo vem à minha cabeça.
- Foi isso que você fez quando achou que Suguru morreu? - minha pergunta parece o pegar desprevenido.
Finalmente pude ligar os pontos e agora sei quem ele é.
Me lembro da breve conversa que tivemos na expansão de domínio da praia e falamos sobre nossos melhores amigos.