CAPÍTULO 13 - OS OLHOS VERDE ESMERALDA

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"Bem, é o grande dia!" – Pensa respirando fundo, suas mãos gelavam, podia sentir o latejar das batidas de seu coração - "Nossa que responsabilidade! Eu sem ele aqui! Meu Deus! Tenho de dar conta!..." - Sua ansiedade o paralisa por alguns segundos, enquanto seu olhar voa distante.

-Algum problema senhor? – Um dos seguranças estranha sua súbita pausa, ele sorri e assente, continua sua caminhada, mas seus pensamentos não descansam.

"- CLARO QUE VOU COSEGUIR! OTIMISMO FRANKLIN! É apenas um discurso! Poucas palavras vou passar a maior parte do tempo sentado! Vai dar tudo certo!"

A sua frente um dos portões de entrada da sala de conferências do JW Marriott Washington Hotel, acompanhado por sua equipe e claro os seus seguranças que não sossegavam.

Logo ao entrar uma legião de repórteres e flashs o cercam, óbvio, ainda queriam saber sobre o acidente de Marcos Garcia, sua ressente declaração só dava mais ênfase ao assunto, continuava sendo uma ótima matéria, a notícia tinha percorrido o mundo logo que a Marcones Ambiental tinha filiais em diversas partes do mundo, inclusive Whasigton Dc,

Insistiam explorar tudo que pudessem sobre o assunto, logo que sua última declaração não havia expressado bem seus sentimentos, ninguém sabia exatamente como Franklin se sentia a respeito.

Os seguranças se espremiam em meio à multidão de repórteres desesperados:

-HOW DO YOU FEEL ABOUT THE ACCIDENT?

-HOW ARE THE MARCOS GARCIA RECOVERY?

– Eram as perguntas que Franklin mais ouvia naquele alvoroço.

- I have nothing to declare! - Dizia repetidas vezes, mas não surtia resultados, logo a multidão se dispersa, havia muitos convidados ilustres, inclusive o que acabara de chegar, o presidente dos Estados Unidos.

Ao entrar pelo portão, acompanhado agora por apenas um segurança, Fernando e Priscila, inicia a exaustiva apresentação e cordialidades, todos que tinham alguma notoriedade no mundo ambiental estavam ali, desde grandes empresários a representantes de ONGs e todos queriam um segundo com ele.

- Priscila tenho que ir ao banheiro. – Ele sussurra discretamente ao seu ouvido.

-O que? - Eram tantas pessoas falando que não dava para entender o que ele a disse.

-Preciso ir ao banheiro, estou apertado, entende... – Ele suspira - Preciso de ar.

-Há sim! – Ela percebe seu desconforto - O banheiro é por aqui me siga! – Ela se apressa, pois alguém já se aproximava.

O segurança o acompanha, mas já estava cansado da sua insistente presença.

-Você pode ficar aqui Fábio não vai acontecer nada comigo, pode ficar tranquilo! – Ele tenta se opor, mas entende através da firmeza de seu olhar que precisava de espaço.

Franklin já estava psicologicamente exausto, mas tentava se manter confiante, na realidade estava se saindo muito bem, era muita responsabilidade que se deu de súbito a ele.

Enquanto andava pelo luxuoso corredor espelhado que dava ao banheiro, percebia suas mãos suando, suas unhas estavam roxas, e seus pensamentos perturbados, é quando esbarra em uma jovem.

-Desculpe, desculpe que desastrada eu sou! - Diz ela e se abaixa a recolher as pastas que carregava.

-Acho que você não é a única distraída aqui! – Ele agacha prontamente.

-Não, não precisa se incomodar eu recolho sozinha! - Estava tão nervosa que nem se quer levantou as vistas a Franklin, pelo seu fino terno e sapatos bem polidos sabia se tratar de alguém importante.

FRANKENSTEINWhere stories live. Discover now