16| Carolina

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- Quer ir lanchar? - Pergunto tentando quebrar o clima ruim que ficou após o beijo.

- Já que é você que está convidando é você que vai pagar?

- Com certeza não - digo rindo um pouco.

- Hambúrguer? - Pergunta e eu assinto.

Vamos caminhando de mãos dadas até uma das muitas barraquinhas de comida que tinham no parque.

-Carol - ele diz chamando minha atenção, - preciso te perguntar uma coisa.

- Pode perguntar.

- Você gosta do Gabriel? - Quase cuspo refrigerante nele.

-Arthur, se estamos fazendo isso é porque eu não gosto dele.

- Tinha um clima entre vocês dois mais cedo.

- Eu não gosto dele.

Digo e ele finalmente desisti do assunto.Terminamos de comer em silêncio e me arrependo de ter sido grossa com ele, porque o clima tinha voltado.

Caminhamos pelo parque que que avisto uma daquelas cabines de fotos e arrasto Arthur até lá. Tiramos quatro fotos; uma em que estávamos fazendo caretas, depois fizemos cara séria, na terceira nós sorrimos e na última eu dei um beijo na bochecha dele.

- Eu fiquei com o olho fechado nessa- mostro apontando para a foto.

- Eu gostei.

- Mas não o suficiente para guardar as fotos na sua carteira. - Provoco ele.

Ele pega a carteira no bolso de trás e guarda as fotos lá dentro. Eu sabia que ele só fez aquilo para o caso de algum dos nossos amigos estarem olhando, mas achei legal mesmo assim.

- Vamos na roda gigante? -Arthur pergunta.

- Você acredita que eu nunca fui em uma roda gigante?

O queixo dele cai.

- Que pessoa nunca foi em uma roda gigante? Você precisa ir, a vista lá de cima é linda. - Termina de falar e dessa vez é ele quem me puxa para a fila.

Esperamos por uns 15 minutos e finalmente subimos no brinquedo. Ele começou a se movimentar devagar, assim que a roda fez um giro completo eu já estava entediada.

- Você teve aquela reação toda para um brinquedo tão sem graça desse jeito?

- Olha, a roda gigante tem dois grandes propósitos, casais se beijarem, inclusive é ótimo nossos amigos saberem que estamos aqui. Ou, aproveitar a vista, falando nisso hoje o céu está incrível.

Me obrigo a olhar para o céu quando ele diz isso, e realmente estava incrível. Parecia que hoje havia mais estrelas do que normalmente, bem mais. Cada uma delas irradiando um brilho de colorações diferentes, formando um lindo espetáculo sobre nossas cabeças.

- É lindo - sussurro.

- Muito. -Arthur concorda.

- Parece que tem bem mais estrelas.

Sinto ele chegando mais perto de mim no banco.

- Elas sempre estão aí, mas nem sempre conseguimos ver- explica próximo ao meu ouvido, me fazendo arrepiar.Espero que ele não tenha percebido. - Outra coisa que eu adoro é o quanto parece que estamos mais próximos delas.

- É um jeito interessante de pensar, nunca vamos estar realmente próximos delas.

- Mas menos longe do que quando estamos lá em baixo.

- Tem razão.

Depois de mais algumas voltas descemos do brinquedo e Arthur fica parado, no meio do parque, me olhando. Já estava começando a ficar vermelha quando ele colou nossos lábios pela segunda vez na noite, e dessa vez foi bem melhor. Estávamos livres para fazer o que quiséssemos, sem querer impressionar alguém que estava vendo.

A boca de Arthur explorou a minha de um jeito que poderia até mesmo ser descrito como feroz. Como se ele sempre quisesse mais daquilo, e ele com certeza tinha.

Terminamos um beijo com um selinho e ele grudou nossas testas, enquanto eu ainda estava com os olhos fechados.

- Acho que fica bem melhor quando não avisamos. - Diz em um tom divertido e eu apenas assinto, com um sorriso nos lábios.

𝙛𝙖𝙠𝙚 𝙗𝙤𝙮𝙛𝙧𝙞𝙚𝙣𝙙. |volsherWhere stories live. Discover now