20| Carolina

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Saio do banheiro com a toalha ao redor do meu corpo e dou de cara com Arthur sentado na minha cama.

— Oi. — Fala levantando a cabeça quando nota minha presença.

Seu olhar me avalia de cima a baixo e tenho certeza de que corei. Eu estava quase nua, sob seu olhar indecifrável.Arthur continua a olhar para meu corpo, vou até ele e levanto sua cabeça, o forçando a olhar para mim.

— Oi. O que você está fazendo aqui?

— Vim te buscar, para irmos a festa.

— A festa é só daqui a uma hora

— Na verdade é daqui cinco minutos.

Pego meu celular que estava na mesa de cabeceira e vejo a hora. Eu tenho certeza que deveria faltar uma hora, ou pelo menos meia hora, mas o moreno estava certo. Me viro para ele e Arthur estava de novo me olhando.

— Olhos aqui em cima,Ramos.

— É difícil.

— Tenho certeza que você consegue.

— E se eu não quiser conseguir?

Do que ele estava falando? Céus, que não seja o que eu acho.

Arthur se levanta, deixando seu corpo bem perto do meu.Engulo em seco, mas me mantenho no mesmo lugar.

— O que acha de nos atrasarmos mais um pouco para a festa? Ninguém vai perceber. — Sussurra próximo ao meu ouvido, com a boca colada a minha pele.

Minha resposta foi um suspiro causado por nossa proximidade.Arthur me olha e por um momento tudo que consigo pensar é no quanto os olhos dele são lindos, e hipnotizantes. Ele cola nossos lábios e começa um beijo lento, que eu logo correspondo.

Ele cola mais nosso corpos, algo que eu nem imaginei ser possível e nosso beijo se aprofunda.Arthur deixa uma mordida no meu lábio e termina o beijo. Ele leva a mão até a minha toalha e me olha, como se pedisse permissão para tira-la, faço que sim com a cabeça e ele puxa o pano, me deixando nua.

Os olhos atentos de Arthur observam meu corpo e eu não sinto um pingo de vergonha com isso. Na verdade queria que não fossem apenas seus olhos. Tiro sua camisa e lentamente passo a mão por seu abdômen. Voltamos a nos beijar e ele nos deita na cama, ficando por cima de mim.Ramos faz uma trilha de beijos da minha boca até meu pescoço, aonde deixa um chupão no local, e começa a fazer o mesmo por todo meu corpo...

Me desperto com o barulho do meu celular.

Minha respiração estava irregular, e não consigo acreditar que acabei de ter um sonho erótico com Arthur Ramos.

— Por que eu tenho que vir? Eu nem entendo nada de basquete. —Milena reclama ao meu lado.

— Quem entende? E você tem que vir porque é minha amiga,Bárbara não reclamou quando veio comigo.

— Devia ter trago ela de novo então. — Fala e continua a resmungar sobre querer ir para casa.

Estávamos no corredor, perto da saída da escola, esperando Arthur. Havia tido outro jogo e dessa vez acabou empatado. Eu e ele fizemos um trato de que eu poderia ir em uma festa sim e em uma não, na semana passada fiquei em casa então hoje teria que ir.Trouxe Milena comigo porque não queria ficar sozinha com ele, não depois daquele sonho.

— Com licença, — Uma garota de cabelos cacheados fala.

— Desculpa incomodar, mas vocês viram o William? - Ela me parecia familiar mas definitivamente não estudava ali.

— Não —Milena responde por nós. — Você não estuda aqui estuda?

— Não, eu só vim porque o Will me convidou, e agora não consigo achar ele.

Algo em minha cabeça se acende e lembro de onde conheço ela.

— Você estava com ele no parque, não é?

- Sim, eu sou Jeniffer, mas pode me chamar de Jenny.

Ela estende a mão para nós que a apertamos.

— Eu sou a Carolina, e essa é a Milena. Pode esperar ele com a gente se quiser, também estamos esperando alguém.

— Acho que nem vai precisar esperar —Milena fala e viramos a cabeça para onde ela estava olhando.
Will e Arthur vinham juntos pelo corredor. Assim que chegam até nós Ramos vem para o meu lado e Will abraça Jenny.

— Essa é a Jenny —Will explica para seu amigo.

—Arthur — ele responde apertando sua mão.

— E eu vou para casa. —Mi diz.

— Não vai para festa com a gente? —Arthur pergunta.

— Ficar de vela em uma festa, ficar deitada na minha cama quentinha — fala como se ponderasse as duas opções. — Escolho minha cama. Tchau, divirtam-se — fala e começa a se afastar. Depois vira para nós de novo e grita -, mas não muito!

— Como assim você não assisti nenhuma série? —Jenny me pergunta parecendo bem surpresa.

— Bom, eu até que assisto Riverdale.

— Seria melhor não assistir nenhuma. Desculpa mas eu não gosto dessa série.

Dou de ombros e tomo mais um gole da minha bebida. Ela parecia ser legal. Estávamos conversando no sofá enquanto os meninos conversavam com seus amigos.

— Você precisa assistir Legacies.

𝙛𝙖𝙠𝙚 𝙗𝙤𝙮𝙛𝙧𝙞𝙚𝙣𝙙. |volsherDonde viven las historias. Descúbrelo ahora