𝗲𝗺 𝗮𝗻𝗱𝗮𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼 › 𝗮𝗱𝗮𝗽𝘁𝗮𝗰̧𝗮̃𝗼
☒ ║❝Jennie Kim, uma ômega com seus trinta anos recém completados, finalmente consegue ser aprovada no processo de adoção. Ela só não estava esperando encontrar seu filho de coração em um adolescente, um...
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Benjamin estava ansioso, batendo os dedos na bancada, observando Jennie preparar um pouco de café. O adolescente já estava morando com a Kim há duas semanas, completando uma semana do jantar onde conheceu suas tias e tio.
Eles haviam criado uma rotina, sempre cozinhando juntos e tomando suas doses de chá diárias durante a noite. Havia realmente se tornado um tipo de tradição de mãe e filho. Benjamin adorava se sentir cada vez mais próximo da mãe.
O adolescente estava sempre por perto, aprendendo e analisando os costumes da ômega. Queria conhecer e entender tudo sobre Jennie, para que quando perguntassem sobre sua mãe, ele soubesse como descrever e enaltecer suas melhores qualidades.
Não muito diferente de Jennie, que estava sempre tentando conhecer o máximo que podia sobre o filho. Inclusive, a ômega não demorou para perceber que, assim como ela, Benjamin era completamente apaixonado por moletons grandes e sempre acabava pegando um dos seus.
Mas não é como ela se importasse, realmente.
— Jen, nós podemos conversar? – falou baixinho, mordendo a parte interior da bochecha.
— Claro, Ben.
Jennie colocou duas canecas na mesa, sorrindo levemente para o adolescente que parecia tenso.
— Sobre o que você quer falar? O que aconteceu, filho? – Jennie percebeu a vermelhidão tomar conta da face do menor. — Não tenha vergonha ou medo de conversar comigo, não há nada que precise me esconder.
— Eu estou um pouco nervoso. – o adolescente parecia um tanto receoso em suas palavras. — É que, sabe? Ele e eu, nós... Eu dei meu primeiro beijo. – suas palavras saíram atropeladas, quase dificultando o entendimento da Kim.
— Beijo? Vocês se beijaram? – Jennie atordoou-se. A ômega sentia como se um caminhão tivesse acabado de acertar sua cabeça. — E foi bom?
— Jennie! – Benjamin exclamou envergonhado. — Claro, foi bom.
— O que importa na verdade é que ele tenha respeitado seu espaço. – Jennie voltou a preparar o café da manhã. — E claro, que vocês tenham gostado.
— Você não está brava? Ou chateada, Jennie? Eu beijei um ômega, isso... Isso não é um problema?
— Por que eu ficaria brava? – murmurou.
— Eu acho... – Benjamin começou a rir. — Eu acho que você esqueceu que existe um preconceito sobre isso, Jennie.
— Oh... – a mais velha riu. — Isso é apenas um detalhe, mas eu não vejo problema nenhum nisso, filho. – a Kim parou o que estava fazendo e se aproximou do garoto, sorrindo ao arrumar os cabelos de Benjamin. — Toda forma de amor vale a pena, e apesar de estar com um pouco de ciúme de você, eu estou feliz.
— Ciúmes? – o adolescente arregalou os olhos. — Por quê?
— Você é meu filho. – murmurou. — Como eu não sentiria ciúmes de você? Ciúmes por você estar com um namoradinho.
