Capítulo 6.

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Minah.

O corpo pesado me pressionava contra o sofá, ele fez um barulho esquisito e eu fiquei parada com medo de me mexer e o infeliz acordar

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O corpo pesado me pressionava contra o sofá, ele fez um barulho esquisito e eu fiquei parada com medo de me mexer e o infeliz acordar.

Eu deveria ter comprado sonífero para rinoceronte pra esse bosta.

Alguns instantes se passaram até eu ter coragem de empurrar ele de cima de mim. O desgraçado era pesado como o inferno, mas com dificuldade eu consegui empurra-lo, ele caiu no carpete entre o sofá e a mesa de centro, me sentei rapidamente e o observei respirando aliviada quando ele não se moveu, fiquei de pé.

- Será que eu enfio mais um comprimido na boca dele? – Pensei alto com medo de causar a morte dele. – Melhor não. – Não que ele não mereça morrer, é que eu não quero ser uma assassina, prisão por assassinato não vai bem no currículo.

Passei por cima das pernas dele que estavam em um ângulo estranho, resgatei minha blusa do chão a vestindo, peguei meu celular o guardando em um bolso da minha saia e fui em direção a porta do porão, mas, obviamente ela estava trancada.

- Eu não acredito que estou fazendo isso, Deus me ajude.

Voltei até onde ele estava caído no chão, emitindo um ronco esquisito, procurei pelo seu corpo e em um dos bolsos eu achei um molho de chaves, voltei até a porta do porão e depois de testar algumas encontrei a chave adequada, abri a porta e acendi a luz da escada, desci até um porão pequeno.

- Não pode ser isso. – Olhei em volta.

O lugar parecia pequeno demais e eu podia jurar que tinha visto a mulher ser descida até ali, olhei em volta usando todo o meu conhecimento adquirido em dezenas de filmes policiais, de mistério e de espionagem que eu assisti ao longo dos anos, achei uma parte da madeira do assoalho que estava levemente desgastada como se algo fosse arrastado ali com frequência, mexi nas latas de tintas e ferramentas até que ao abrir uma caixa de ferramentas eu ouvi um click e uma abertura surgiu na prateleira.

Isso é tão emocionante.

Puxei a prateleira pesada e ela se abriu para um cômodo iluminado por uma luz fraca, um interruptor colocado ao lado da porta deixou o ambiente completamente iluminado quando eu o apertei, era uma pequena sala quase que toda tomada por uma jaula com grades grossas, dentro dela uma pia, um balde e uma cama, o cheiro no lugar era horrível, cheirava a sujeira e excrementos embora a mulher encolhida sobre a cama não parecesse suja. Ela era muito pequena e magra, sua pele pálida, os cabelos brancos, quase prateados chegava a altura da cintura, ela vestia somente uma camisa grande, seus traços Nova Espécie eram inegáveis embora eles fossem mais suaves e ela fosse menor do que as poucas que já tinham aparecido na TV. O mais impressionante no entanto foram seus olhos quando ela me olhou, eles eram roxos, não um azul quase violeta, eram roxos, de um jeito que a gente não vê na natureza, apenas na ficção, ela definitivamente é uma Targaryen.

Jericho - Uma história Nova EspécieWhere stories live. Discover now