2. Imprevistos mudam o rumo

23 1 0
                                    

Por favor, deixa uma estrelinha e faça uma pobre feliz💁

#AquareladeDândi

A semana havia sido corrida, Jimin seguia uma rotina durante esse meio tempo. Acordava por volta das quatro horas, estudava, e às seis preparava o café. Ajudava sua tia em algumas coisas que não conseguia fazer por sua perna está imobilizada. Se frustrava perante tantos pedidos de pouca relevância, como coçar suas costas, o que seria fácil, já que só sua perna direita estava machucada, e não um de seus braços.

O fato era que isso era um empecilho para a vida corrida de Jimin, não que achasse ruim sua tia pedir ajuda, o problema era que ela sobrecarregava demais o garoto, o tornando amargo em alguns dias.

Por sorte, percebeu o quão cansativo estava sendo, então decidiu aceitar o convite de uma velha amiga que há tempos não visitava, exatamente por estar tão ocupado. Ele sabia que iria fazer bem.

Vestia uma calça jeans azul clara meio larga, uma camisa listrada azul marinho e branco, um casaco quente e seu all star amarelo. Penteou seus cabelos dourados para trás com os dedos enquanto se olhava no espelho Seu reflexo mostrava seu rosto abatido, parecia pesado, cansado, sem cor. E por último, após visualizar sua imagem pouco agradável para si, vestiu uma última peça, a touca de lã.

As olheiras pareciam ganhar cada vez mais o tom escuro, as sardas não davam a comum sensação de iluminar sua face, alguns pelos da barba mau feita começavam a aparecer e seu cabelo ressecado e sem muito corte estava lhe incomodando; aliás, tudo estava contribuindo para seu desagrado, mas pouco tempo tinha ele para a vaidade que um jovem de sua idade teria.

Se a primeira imagem de alguém retratasse a verdade, determinaria já de antemão que Jimin era um homem de trinta e poucos anos. E se caso alguém tivesse de pensar isso sobre si, Jimin não a julgaria, pois ele seria obrigado a concordar, uma vez que não pensava o contrário.

Já arrumado, pôs seu celular dentro do bolso da calça e saiu em direção a porta, mas foi parado ao ouvir um grito o chamando:

─ Jimin!

O que seria dessa vez?

─ O que houve? ─ perguntou assim que chegou na sala, já arrependido de ter ido ao encontro da mulher que estava acompanhada do homem mais desprezível que conhecia ─ O que faz aqui?

─ Não é óbvio?

A antipatia era visível nos olhos de Park, que deixava claro o sentimento que parecia ser recíproco por ambos, embora houvesse certa malícia no olhar do outro.

─ Não, paguei o aluguel adiantado deste mês. Além disso, não há nada que tenhamos para tratar. ─ na verdade, eram claros os sinais de sua presença naquela casa.

─ Sabe, Jimin, eu estive relembrando de algo… lembra daquela overdose que essa puta teve? ─ apontou para Hayun, que o observava com um sorriso promíscuo no rosto, parecendo gostar de ser chamada assim, ou simplesmente por estar na lembrança nostálgica e fantasiosa de sua quase morte.

Jimin não respondeu a nada, apenas continuou a olhar para o homem de existência tão vão e nojenta. E então ele continuou, sabendo exatamente no ponto em que queria chegar:

─ Sabe onde ela conseguiu aquela heroína?

─ Não. ─ ao contrário de Donghae, Park não estava gostando nada do rumo que aquela conversa tomava.

─ Ela literalmente deu. Essa vagabunda deu para o maior comandante do narcotráfico de Busan em troca de droga, e adivinha… ela roubou ele e meteu o pé. ─ ele riu desesperadamente, respingando algumas gotículas de saliva no ar.

Até a última cor | jjk+pjmWhere stories live. Discover now