Comandantes de outras cortes também estavam presentes, Aleksander queria que vissem o que irá acontecer com quem desobedecer suas ordens e tentar desafiar ele.

O macho se inclinou levemente para a frente em seu trono, o colar em forma de um planeta em seu pescoço ficou suspenso no ar, balançando levemente.

O illyriano o olhava, mesmo com seu coração acelerado e o medo tomando seu corpo, ele se recusava a desviar o olhar.

Aleksander estava em silêncio.

Sua voz fria soou após longos segundos, baixa e letal.

- Eu deixei claro...o que iria acontecer com quem desobedecesse as minhas ordens.

O illyriano ergueu o queixo, sua aparência de um macho humano de 40 anos, não deixava dúvidas de que ele tinha séculos de vida.

- Ela mereceu - foi a sua resposta.

O Criador se recostou no trono, a expressão neutra.

Ele indicou Cérbero com a mão, que se aproximou.

- Meu senhor? - A criatura fez uma reverência para ele.

- Cérbero, repassou as minhas regras? - o criador perguntou baixinho.

O monstro assentiu.

- De forma clara, Elohim.

- E ainda sim me desobedeceu? - Aleksander arqueou uma sobrancelha para o illyriano.

Ele apenas repetiu.
- Ela mereceu.

- O que ela fez? - Ele perguntou para o monstro.

- Ela se recusou a fazer tarefas domésticas - O monstro não ligava para a causa, ele só queria ver a ira de Aleksander.

Queria ver o criador perder o controle e junto a pouca bondade que ainda restava dentro dele.

Todos viam a expressão de Aleksander se tornar mais dura a cada dia que se passava.

Cérbero e Guenlock queriam empurrar ele do precipício, para que não tivesse volta.

E estavam conseguindo.

Muitos já sussurravam coisas de Aleksander por ai, chamando-o de tirano e dando a ele títulos que achavam melhores para ele.

"Destruidor do arco-iris"

Alguns chamavam, se referindo a Velaris.

"O conquistador"

"Aleksander o cruel"

Entre outros.

Aleksander encarou o illyriano.

- Cortou as asas dela por causa de tarefas domésticas? - Apesar da frieza das palavras, o ódio gélido era nítido no tom do macho.

O illyriano viu isso, porque seus olhos se arregalaram levemente.

- Cérbero, a fêmea sobreviveu? - questiona.

- Sim, ela está viva - a criatura respondeu, em seguida acrescentou - mas nunca mais vai voar.

Aleksander estalou a língua.
- Tirou dela o que mais amava por que ela se recusou a fazer suas vontades? - aquilo o lembrou dela, da fêmea de olhos violetas.

Tinham tirado o que Aleksander mais amava porque não podiam controlar ele.

Primeiro mataram Kieran.

E depois Amélia.

- Aquela puta deveria ter me obedecido - o illyriano rosnou.

- Tirarei algo de você, também - a voz cruel de Aleksander soou divertida, mas a expressão estava sombria - As mãos ou as asas?

O Vilão Where stories live. Discover now