Capítulo 47 - Razão

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Hoje é um dia nublado (e triste), estou trabalhando enquanto o Henry carimba infinitos papeis. Este lugar está ficando sufocante, então vou descer pra tomar um café.

Mayy: Já volto.

Henry: Ok.

Saio da sala e fecho a porta.

Estou carregando meu livro comigo, realmente pretendo ficar um bom tempo lá no refeitório.

..

Já estou no refeitório tomando um café e lendo meu livro, quando alguém vem em minha direção e abaixa meu livro com a mão delicadamente. Olho para a pessoa e vejo que é Peter. Ele se senta a meu lado e vejo que ele também está com um café.

Nunca fui muito próxima do Peter, ele era uns dos mais inteligentes da sala, era bem divertido conversar com ele, nunca falamos sobre notas e matérias, mas sim sobre desenhos que fizemos, sempre gostamos muito de desenhar por sinal, até ouvimos música juntos uma vez, mas mesmo assim eu era mais próxima do Luck, do Henry nem se fala, eu odiava ele num ponto de não olhar na cara, não que isso tenha mudado atualmente, mas acho que não é tanto motivo para ódio.

Peter: Boa tarde, Mayy.

Mayy: Boa tarde, já terminou as coisas lá?

 Peter: Sim, até ajudei a Naty, ela não estava entendo muito a parte de entrar na deep web.

Mayy: Ah, sim. Entendi.

Peter: O que? “As 48 leis do poder”?

Mayy: Sim, já é a quarta vez que estou lendo esse livro.

Peter: Você não acha entediante?

Mayy: Não, mas nunca ponho nada dessas “leis” em prática.

Peter: Por que não?

Mayy: Acho que não tem necessidade.

Peter: Sério?

Mayy: Sim, quando eu era adolescente achava necessário, mas agora mudei de ideia, um revólver sempre resolve os problemas que tenho de enfrentar, exceto os mentais, claro.

Peter: Você deveria tratar isso.

Mayy: Não vai resolver nada, já não gosto de passar tempo com os nossos amigos, não me sinto bem e tenho raiva deles na maior parte do tempo, as únicas pessoas que consigo são você, a Naty e o Henry, pelo incrível que pareça, mesmo odiando ele, sinto que estamos no mesmo barco.

Peter: É, realmente. Mas por que não gosta de passar tempo com os outros?

Mayy: Me fazem raiva, me fazem querer morrer e não me fazem me sentir querida, mesmo depois tantos abraços e toda hora quererem satisfação do que eu faço e deixo de fazer.

Peter: Te entendo, deve ser difícil estar no seu lugar...

Mayy: Ok, Peter, vou voltar para minha sala.

Peter: Tchau!

..

Assim que abro a porta da minha sala vejo algo... desagradável. Bruno está aqui, e ele e Henry estão brigando. Eles não viram que abri a porta, então encosto ao lado para escutar..

Henry: Você sabe o quanto ela era importante para mim!!!

Ele segura na gravata do Bruno.

Bruno: Eu só disse verdades!!

Henry: Ela foi embora pensando mal de mim, desgraçado!

Bruno: A Clare merecia verdades! Você tava iludindo ela, Henry!

Henry: Pouco importava a Anne! Eu só queria saber da Clare e você sabe disso!

Bruno: Então por que pediu a Anne em namoro? Estava só iludindo a Clare e ela não sabia!

Henry: Você queria alguma coisa com ela né? Filho da puta...

Bruno tenta dar um soco no Henry, mas antes que consiga estou na frente do Henry, entre os dois.

Henry: Mayy...?

Bruno: Você escutou...?

Mayy: Sim, e tudo isso por causa da Clare? Aquela briga foi por causa dela? Mas pera aí... A Anne não era namorada do Mayke??

Bruno: Sim, aquela briga foi por causa da Clare, eu disse verdades do Henry para ela, Mayy... você não conhece o Henry de verdade. E o Henry sabia sobre a Anne.

Mayy: Eu conheço muito bem o Henry, e vocês dois idiotas brigando na frente da escola por causa da Clare... que vergonha. E Henry... como assim pediu uma pessoa comprometida em namoro?

Henry: A Anne ia terminar com o Mayke, mas eu também não tinha muito interesse nela, eu gostava da Clare, e o Bruno com certeza também gostava, por isso que foi fazer... fofoca.

Bruno: Em primeiro lugar, eu não gostava da Clare, em segundo lugar, por que diabos você pediu em namoro alguém que você não gostava?

Henry: Era um trato meu com a Anne.

Bruno: Tá vendo? Iludindo a Clare! Mayy, com licença, eu preciso tratar sobre isso com o Henry.

Ele se prepara para finalmente dar um soco.

Mas antes disso, eu chuto ele, rapidamente, foi só um reflexo, e em seguida ele cai no chão.

Mayy: Nada de briga.

Bruno: Por que veio proteger ele? Mayy, você não entende? Achei que você odiava o Henry!

Mayy: Isso não vem ao caso, só não quero briga aqui. Agora sai da minha sala.

Ele se levanta, furioso, e sai da sala.

Mayy: Nem sei o que te dizer, Henry, que vergonhoso, brigando por causa de mulher?

Henry: Não foi necessariamente por causa de mulher, e mais porque ele foi fazer fofoca de coisa nada a ver.

Mayy: Meu Deus.

Henry: Mas... obrigado.

Mayy: Obrigado pelo o que?

Henry: Por me proteger, não posso brigar com ele, minha mão tá machucada.

Mayy: Por que sua mão está machucada?

Henry: Digamos que cometi o mesmo erro que você.

Mayy: Ah... Entendi. Acho que você deveria conversar pacificamente com o Bruno.

Henry: Não tenho um pingo de vontade, mas se for necessário...

Mayy: Mas saiba, isso não importa mais, foi a 12 anos atrás, deveriam se reconciliar, mas ok, quando acabar pode ir para casa.

Henry: Ok, tchau Mayy!

Mayy: Tchau.

Saio da sala e fecho a porta.

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Já estou em casa e pensando no quão idiota é esse motivo para terem brigado, se simplesmente o Henry fizesse as coisas corretamente e se o Bruno não se metesse onde não foi chamado nada disso teria acontecido. Que máximo, né?

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Continua...

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