Capítulo 21 - Henry Porsche

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A partir deste capitulo, o foco será mostrar a backstory (passado) dos personagens, então todo o capítulo será na visão deste personagem.

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*Visão de Henry*

Hoje é 11 de agosto de 2003, uma segunda-feira, acordei às 5 da manhã, não é o horário que eu costumo acordar normalmente, mas resolvi acordar mais cedo hoje para pensar na minha vida e na minha família. Eu tenho 7 anos mas eu já sou obrigado a conviver com os horrores da minha família.

Os meus pais se chamam Mary Anne e James, e eu tenho um irmão mais velho que se chama Fritz. Meu pai trai a minha mãe e ela sabe, e ele sabe que ela sabe, mas se finge de desentendido. Acho incrível que a minha mãe finge não se importar, sendo que ela se importa muito, as vezes eu acordo de madrugada e vejo ela chorando e fumando um cigarro, eu não sabia que ela fumava até esse momento.

Além disso, meu irmão fuma mac*nha, eu sei, eu sou só uma criança e deveria me preocupar só em brincar, mas eu já estou de saco cheio em ver as pessoas ao meu redor achando que a minha família é perfeita. Eles olham a minha casa, grande e bonita, casa de quem tem muito dinheiro, e meu pai tem mesmo, mas por isso acham que a minha família é perfeita, mas as fotos que estão nos quadros escondem os podres.

A única coisa que importa que eu tenho a minha mãe e ela tem a mim, por que o meu pai e o meu irmão só trazem desgosto, eu e a minha mãe somos só vítimas.

Mas eu preciso ir para a escola, já são 6 horas e preciso me levantar para me arrumar, afinal, estou em uma escola nova! O meu pai me pôs em uma escola chique de riquinhos, credo.

Na escola

Minha mãe me levou para a escola no carro dela, chegando lá, todos ficaram olhando torto para a mim e para a minha mãe, eles jogavam desgosto com os olhos, não sei por quê, eles nem me conhecem, mas mesmo assim parece que sabem dos meus mais profundos segredos.

Eu conheci uma garota. Ela foi legal comigo, mas esqueci o nome dela, ela me contou sobre lendas da escola, uma é que nos fundos da escola tem um jardim de rosas brancas meio velhas e amareladas, um fato, mas ela explicou que você joga essas flores em perdedores, eu perguntei o porquê, e ela me disse por que ela tem espinhos e da coceira.

No recreio, uns valentões mais velhos vieram me perturbar, eles jogaram meus livros no chão, mas não me incomodei, pois eles são um bando de acéfalos burros.

No dia seguinte, na escola

Minha mãe me levou, me deu um beijo na testa de despedida, as crianças viram e ficaram rindo de mim, mas não importa, pelo menos eu tenho uma mãe.

Aquela garota passou o recreio comigo e nós dividimos o lanche, mas eu esqueci de perguntar o nome dela.

No final do recreio os valentões vieram mexer comigo, dessa vez eles jogaram a minha mochila longe, mas eu não liguei, apenas peguei a mochila e voltei pra sala.

Passaram-se dias, a mesma rotina se repetia.

O sétimo dia na escola

Hoje faz uma semana que estou aqui, eu já estou revoltado, não aguento mais os valentões e as outras crianças lançando olhares estranhos para mim.

A aula foi normal, o recreio também, mas não vi aquela garota e nem os valentões, por um lado eu fico feliz por causa disso.

Hoje a professora liberou 20 minutos mais cedo, então todas as crianças, e eu, fomos brincar no pátio.

Quando vi um dos valentões se aproximando de mim, segurando uma cesta de flores brancas.

Tinha muita gente, estava todo o grupinho dos valentões e mais umas dezenas de crianças, eles fizeram uma roda em volta de mim, tinha muita, muita pessoa perto. E foi aí que o inferno começou, eles começaram a jogar aquelas flores em mim, todas as crianças estavam com cestas destas flores, eles fizeram questão de jogar uma a uma. Foi quando percebi que aquelas flores eram as rosas brancas e amareladas do jardim. E eles começaram a cantarolar.

*crianças*: La, la la la la la!

?: G

?: A

?: R

?: O

?: T

?: O

?: D

?: A

?: M

?: A

?: M

?: Ã

?: E

Sim, eles soletraram.

*Crianças*: Garoto da mamãe! Garoto da mamãe!

Eles continuaram a cantar "Mama's boy" enquanto continuavam a jogar essas flores em mim, alguns começaram a jogar pedras, a mistura das pedras e dos espinhos das flores estava horrível, eram hematomas e feridas, eu estava começando a perder a consciência, a última coisa que eu vi foi aquela garota no meio das crianças, eu pensei que ela era minha amiga... Eu lembro de que meu último pensamento foi: "Por que eles fizeram isso?".

No hospital

Depois disso só lembro de estar no hospital, com minha mãe segurando minha mão. Eu perguntei pra ela por que disso ter acontecido, e ela me explicou que o meu pai era um homem famoso na cidade até no meio das crianças, e todos acabaram descobrindo as atrocidades que ele fazia além de trair ela, então as crianças resolveram armar um "vingança", já que eu sou filho dele.

Depois disso, nunca mais pisei naquele inferno.

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Vegas TourWhere stories live. Discover now