Onde o amor nos levará? - Apollo Mc

Sai de perto dela

Pov's Victoria

Bem, eu não estava doente. Ou não ainda.

Não estava com febre, tomei remédio e a dor no corpo melhorou. Quanto a dor de cabeça, ainda estava me atormentando.

Mas aqui estava eu, me arrumando para a resenha no Magrão.

— Certeza que quer ir? A gente fica em casa - João pergunta pela milionésima vez.

— Tenho certeza, João. Vamos! - Termino de passar o gloss e pego minha bolsa.

Depois da resenha iríamos pra uma festa, então eu e as meninas combinamos de ir todas de preto

Escolhi uma rouba bem ousada até, mas eu queria isso.

— Tá faltando pano nessa roupa - João diz ao me ver.

— Impressão sua, meu bem - Sorrio inocente.

— Não vou deixar você ir assim, tá maluca? - Diz bravo.

— Vai sim. Vamos - Puxo ele pelo braço.

Ele era mais forte que eu.

— João Pedro, se não irmos agora, eu vou pegar meu salto e enfiar ele no teu olho! - Ameaço brava.

— Credo, eu já tava indo mesmo - Diz com cara de bravo mas entrando no uber.

Uns 15 minutos depois chegamos na casa do Magrão. Já ouvíamos a música alta.

João pagou o uber e nós descemos do carro.

— Porra, Victoria! Eu vou me estressar hoje e arrumar briga, já tô vendo  - Ele toca a campainha - Não podia ter escolhido outra roupa?

— Não

A porta se abre e eu fecho a cara quando vejo que Apollo que veio abrir.

Ele me olha de cima a baixo e vejo uma leve surpresa no seu rosto.

— Vai dar espaço pra passar ou vai ficar babando na minha irmã? - João diz impaciente.

Sei que ele já tava se estressando em imaginar como seria na festa mais tarde.

— Que? Tá maluco? - Apollo dá espaço.

Eu entro sem o cumprimentar e vou direto pra onde nossos amigos estavam, deixando os dois conversando, ou brigando. Como preferirem.

— Uau, olha ela! - Doprê anuncia minha chegada.

— MINHA GOSTOSA - Maria grita.

Eu dou risada e cumprimento todos eles.

— Amiga, você arrasou na escolha do look - Kakau elogia.

— Eu te digo o mesmo, tá uma gata. Larga o meu irmão e fica comigo por favor - Brinco.

— Largo na hora! - Todas rimos.

Ficamos conversando enquanto bebíamos e o pessoal resolveu fazer uma brincadeira pra nos animarmos antes da festa.

Bask e Doprê foram pegar as bebidas, porque estávamos bebendo só cerveja e a gente queria algo mais forte.

Apollo e meu irmão já estavam com a gente.

Eu e ele nos olhávamos as vezes mas eu desviava o olhar.

Barreto e Guri estavam impossíveis hoje, me faziam rir a cada 2 palavras.

Começo a gravar um story deles pra postar.

— Barreto, dá um beijinho aqui - Guri pede.

— Beijinho na sua bochecha? - Diz rindo.

— É.

— Ah mano, ela tá gravando - Diz com vergonha.

— Não, um beijinho na minha bochecha. Não vou virar, prometo.

— Se eu fosse você eu não dava - Digo rindo.

Barreto segura o rosto de Guri e se aproxima pra dar um beijo, mas Guri vira o rosto.

Barreto se afasta antes que role um selinho e eu dou risada.

— Falei pra não confiar, girassol - Nós três rimos - Fala aí por que cê odeia as batalhas de rima

— Eu não odeio as batalhas de rima não, mano. Eu amo. Eu amo muito. Inclusive eu tô de volta - Bate no peito sorrindo e olhando pra câmera.

— Esse é meu girassol porra, tá de volta pra amassar todo mundo.

— Família, deixa eu falar uma coisa - Guri abraça o Barreto de lado.

— Fale - Eu digo.

— Eu amo a Viczinha, véi - Ele diz com uma voz fofa.

Barreto finge que ficou triste e abaixa a cabeça.

— E o outro com raiva - Mostro o Barreto. Guri apoia a queixo no ombro do girassol.

— Mas ela anda com um decote de OUTRO MUNDO - Diz sorrindo e de um jeito muito fofo.

Começo a rir.

— Parou de gravar já, né? - Ele pergunta e eu nego com a cabeça, ainda rindo

— Eu vou ter que concordar - Barreto diz com a cabeça baixa.

— Dois patetas - Digo ainda rindo.

— Que isso, vocês dois podem parar de olhar pro decote da minha irmã - João diz bravo vindo até nós.

— Corre, Barreto. Corre! — Guri avisa e sai correndo, com Barreto logo atrás dele e o João atrás dos dois.

O pessoal começa a rir do jeito que o Barreto e Guri estavam correndo.

Quando foram pra rua, nós saímos correndo atrás deles e todo mundo começou a gravar.

Chegamos em frente a casa do Magrão e vemos os três idiotas no meio da rua.

João tentava bater nos dois, que fugiam dele.

— Você não me pega! Lá lá lá lá - Barreto provoca e mexe a bundinha na direção do João.

Rimos quando o João pegou ele e começou a dar um mata leão.

— Desiste - Meu irmão diz rindo.

— Socorro - Barreto faz drama.

— Bate e eu solto

Barreto bate no braço do meu irmão e desiste, João o solta e ele vem triste pro meu lado

Ele me abraça e aperta minha cintura

— Acho que agora eu preciso de consolo - Faz drama novamente. Nossos amigos riem, e eu também.

— Jotapê tá sem moral mesmo - Lili diz rindo.

— Filho da puta - João grita e vem correndo até nós.

Mas Barreto foge e começa tudo de novo.

Olho pro lado e vejo um Guri triste. Eu estava na calçada, que era mais alta em relação a rua, onde João Lucas estava.

— Seu irmão quis me agredir - Diz triste, fazendo drama.

— Poxa, cachinhos - Abraço ele, que deita no a cabeça no meu peito.

— Guri! Sai de perto dela - João diz ainda correndo atrás de Barreto - Será que alguém pode me ajudar?!

— Que se foda - Apollo diz - Guri, sai daí - Vem até Guri e os dois começam a correr

— Mais disputada que vaga na federal - Doprê fala rindo.

— Que tal deixar os quatro de matarem e irmos beber? - Sugiro.

— Eu apoio - Kakau diz.

O resto de nós entramos e fomos beber nossos shots.