Capítulo VI

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𝓛𝓮𝓸 𝓥𝓪𝓵𝓭𝓮𝔃

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𝓛𝓮𝓸 𝓥𝓪𝓵𝓭𝓮𝔃

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Leo estava completamente maravilhado. Ver a cara de todos no acampamento quando chegou com o dragão... não tinha preço! Imaginou que o pessoal de seu chalé deveria estar enlouquecido.

Festus fizera tudo perfeitamente. Não causou estragos a nenhum chalé nem comeu nenhum sátiro, ainda que tenha deixado escapar um pouco de óleo pela orelha. Tudo bem, muito óleo. Mas Leo poderia resolver isso mais tarde.

Talvez Leo devesse ter aproveitado a chance para contar a todos sobre o bunker 9 ou sobre o desenho do barco voador. Precisava pensar um pouco naquilo tudo. Poderia contar a eles quando voltasse. Se voltasse, pensou.

Bobagem, claro que voltaria. Tinha pegado um cinto de ferramentas mágico no bunker e também vários suprimentos que guardara com cuidado na mochila. Além do mais, tinha ao seu lado um dragão que cuspia fogo, apesar de vazar um pouco. O que poderia dar errado?

Bem, o disco de controle poderia dar defeito, pensou o seu lado negativo. Festus poderia nos engolir.

Certo, talvez o dragão não estivesse tão perfeito quanto Leo queria demonstrar. Tinha trabalhado a noite toda remendando aquelas asas, mas não encontrou nenhum cérebro de dragão no bunker. No entanto, eles tinham um prazo. Três dias até o solstício. Precisavam seguir em frente. Além do mais, Leo limpara o disco muito bem. A maior parte dos circuitos estava perfeita. Precisava apenas de um ajuste.

Mas seu lado negativo pensou: Certo, mas e se...

- Vai dar tudo certo, Valdez. Eu vi você consertar Festus. Sei que fez um ótimo trabalho - falou Alice em seu ouvido, interrompendo os pensamentos negativos de Leo. Não é possível, ela devia SIM ler mentes.

Leo ainda tentava decifrar aquela garota. Ela era lindíssima, e poderosa. Como podia alguém como ela estar dando atenção a ele? E mais que isso, tinha passado a noite em claro com Leo, o ajudou com Festus, e o surpreendeu com um abraço, UM ABRAÇO.

Leo nunca havia se aberto daquele jeito com ninguém, como quando contou sobre sua mãe para Alice. Normalmente a melhor companhia que ele tinha eram as máquinas, e não garotas que pareciam anjos. Geralmente as garotas bonitas fugiam dele, ou simplesmente fingiam que ele não existia. Leo não tinha jeito nenhum com "coisas vivas". Mas Alice, ela parecia ter jeito com Leo. Parecia saber exatamente o que falar para fazê-lo se sentir melhor. E eles tinham acabado de se conhecer.

O momento antes de sairem do acampamento voltou a sua cabeça. Quem era aquele garoto que entregou uma faca para Alice? Ou melhor, que simplesmente a colocou no coldre, na perna de Alice, como se soubesse que ela sempre a carregava ali. E Leo tinha certeza que sim, aquele garoto sabia disso.

Luz e chamas - Leo ValdezWhere stories live. Discover now