Capítulo 17 - Another Day

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Minho

Parecia que eu havia conseguido estabilizar o estado de ânimo de Han e fiquei feliz em perceber que sua voz aos poucos estava voltando ao normal após conversarmos um pouquinho sobre como havia sido sua primeira vez performando publicamente, tópico que tentei abordar com delicadeza para não fazê-lo pensar nos problemas que ocorreram para resultar em mais uma exclusão de membro. Percebi que ele próprio também estava tendo cuidado em responder apenas sobre os pontos altos do show, talvez para não voltar a chorar novamente, mas isso não era algo ruim, era bom que Hannie também tivesse guardado lembranças alegres de um dia tão memorável.

- Jisungie, onde você está agora? - perguntei quando encerramos aquele assunto.

"Na cozinha, os outros já estavam dormindo e eu não queria incomodá-los falando ao telefone por perto."

- Imaginei que não estivesse no quarto mesmo. Você está se sentindo melhor?

"Sim, obrigado por me fazer companhia."

- Estarei disposto a isso sempre que você quiser.

Ficamos em silêncio por alguns segundos e eu imaginei se um sorriso teria se estendido em seus lábios naquela hora e se as maçãs do seu rosto estariam esquentando. Daria tudo para poder ver a reação dele.

- Antes que você desligue e volte para o seu quarto - voltei a falar -, eu queria saber que horas inicia a agenda de vocês amanhã.

"Temos que estar às nove da manhã na sala prática."

- O que você acha de acordar um pouco mais cedo para me encontrar na JYPE? Se você não estiver muito cansado para isso, é claro.

"Não estarei cansado!", disse ele de súbito e me arrancou um sorriso no mesmo instante pela sua pressa para deixar aquilo claro. "Vou dar um jeito de pedir ao Bang Chan."

- Não coma nada, assim podemos tomar café da manhã juntos.

"Nos encontramos na cafeteria?", perguntou Han e eu consegui sentir uma nota de sorriso iluminar a sua voz.

- Sim, pode ser às oito. Não vá se atrasar, hein!

Jisung riu e o som da sua voz aqueceu o meu coração.

"Prometo que não atrasarei", afirmou, antes de encerrarmos a chamada.

Recém tinha marcado e já estava me sentindo ansioso por aquele encontro, por isso estava difícil conseguir dormir. Mesmo que estivesse deitado, relaxando as minhas pernas, meus olhos não se fechavam nem que eu tentasse com força. 

Por causa dessa dificuldade, acabei não descansando como deveria, e assim que acordei, senti minha respiração fraca e meu cérebro coberto em confusão por um momento. Todos os dias andavam sendo repetidamente sem sentido para para mim, mas ao menos aquele teria uma quebra nessa rotina sem expectativas.

Quase toda manhã era igual, eu lavava o meu corpo cansado e ligava a televisão enquanto tomava café, deixando que notícias tediosas fizessem barulho de fundo com palavras que eu nem parava para entender, apenas para sentir que a casa estava cheia como quando eu morava com os outros membros - meus pais não precisavam acordar tão cedo, então essa era a tática que eu usava para me sentir falsamente menos só.

A partir do momento em que eu pisava na JYPE, iniciavam-se os ensaios sem fim, suspiros sem fim, bocejos longos e os meus nervos chegando no limite por estar frustrado por não enxergar um futuro para todo o meu esforço.

No fundo, eu achava engraçado o jeito como eu estava preso no meu próprio pessimismo, eu era tão jovem, mas já tinha tantas preocupações sobre onde a minha vida iria parar. Deveria apenas focar em fazer o que eu fazia de melhor, que era dançar e cantar, sem pensar ainda para onde esses talentos me levariam. Entretanto, era realmente difícil me desprender assim e apenas viver um dia de cada vez.

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