Capítulo 3

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Ela retira a blusa social sem tocar minha pele e logo está inclinada desabotoando minha calça.

Os encantadores fios loiros estavam presos em um coque bagunçado, ela parecia chapada e sóbria, era interessante.

Assim que abre a calça pra tirar, ergue o rosto me lançando um olhar que parecia indiferente mas era tão atencioso.

Apenas anui e a calça foi puxada com fluidez sem eu precisar mover um dedo.

Ela sequer faz menção à cueca e isso me alivia em uns trezentos níveis diferentes.

- Eu vou te tocar. - Diz calma e sua mão fria toca meu tronco quente quando ela me ergue, arrepio mas sigo em passos lentis até a banheira com ela.

Não raciocinei bem quando fui erguido como uma noiva e colocado dentro da água como se não fosse nada.

A mulher que deveria ter seus vinte ou dezenove tinha os olhos bicolores indiferentes.

A água estava tão maravilhosa que não demorei dez segundos pra esquecer de dizer algo, me esparramei na banheira deixando minha cabeça no vão pra isso.

Escutei uma risada doce e meu olhos foram como raios até a loira que já não tinha nem vestígios de ter rido, faço um bico involuntário olhando pra ela.

- Leve o tempo que quiser e pode usar os produtos que precisar. Tem roupas e toalhas pendurados ao lado do espelho. Eu vou arrumar um quarto pra você. - Diz calma e sai fechando a porta.

Retiro a cueca jogando em cima da roupa suja, pretendo queimar.

Relaxo meu corpo pensando na situação, nunca imaginei que passaria por isso, mas por alguma razão, sentia tranquilidade.

Não sentia tanta repulsa de mim, mas ainda estava abalado.

Lavo meu corpo e cabelo e então a banheira se esvazia sozinha.

Pego o chuveirinho tentando entender com ligar esse e assim que abro lança água na minha cara, engasgo e afasto o mesmo piscando pra tirar a água dos cílios.

Enquanto me lavava notei que meus pelos estavam descendo ralo à baixo, arregalo os olhos vendo meu peitoral, braços e pernas lisos, até meu saco!

Quase chorei, meus meninos... O quê eu tinha usado? Passo a mão no rosto checando se minhas sobrancelhas e cabelo estavam no lugar, e sinto que estavam.

Porém, aonde deveria ter o áspero dos pelos da barba estava tão liso quanto bumbum se bebê.

Tirei os resíduos dos produtos do meu corpo e a banheira estava enchendo de novo, enquanto isso isso checava quê raios de produto eu usei, mas não achei nada.

Resolvi que não era tão ruim e terminei meu banho, não sei o quê tinha na água, mas sentia que eu corpo estava no controle do meu corpo novamente.

Me levantei devagar e me sequei em seguida enrolando a toalha na cintura, vou pra frente do espelho gigante indo do teto ao chão do banheiro.

O banheiro era lindo e só pude reparar agora, era todo de um estranho mármore cinza e tinha bordas de certas coisas em mármore branco.

Tinha uma cortina de blackout cobrindo uma parede, fui até lá abrindo e era uma parede inteiramente de vidro.

Minha vista foi de uma piscina grande em um tom azul escuro com luzes no fundo no meio de um chão todo branco, cadeiras de sol, havia uma rede presa em cima da piscina, um cachorro enorme peludo preto perseguindo uma bola de pelos ágil e branca.

Cercando o quintal traseiro haviam grades altas pretas enredadas em mato e depois disso uma floresta.

Deixo a vista de lado e pra me vestir.

- Ah, droga! Pare de vir! Sabe quantos já perderam os dentes por sua causa?! Where stories live. Discover now