Capítulo 1

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Estou nessa realidade há dois anos.

A realidade de onde vim é diferente, todos viviam suas vidas, não era como aqui que se tem contato com vizinhos ou coisa assim, os parentes são os únicos contatos e todos se evitam o máximo possível.

A razão é que todos de onde venho são empatas, todos tem um grau baixo de empatia e mesmo assim é o suficiente pra se incomodarem.

Mas claro que tem a exceção de uns poucos e raros azarados que sentem tudo o tempo todo na intensidade que o outro está sentindo, eu obviamente faço parte deste grupo.

De onde venho os seres não são tão diferentes dos daqui, em realidade, até lá eu era considerada estranha, alta, curvilínea demais, sem flacidez, sem pelos além dos dos cílios, sobrancelhas e cabelos, sendo esses de um loiro platinado dourado e cabelo do mesmo tom porém ondulado.

Olhos grandes com heterocromia, um olho azul muito claro e o outro cinza, eles são grandes e expressivos, porém como estou sempre chapada, minhas pálpebras costumam estar sempre caídas, a maconha e calmantes ajudam a relevar os diversos sentimentos dos seres ao meu redor, mesmo que ajam no meu corpo como nos dos humanos daqui, tem um efeito parecido.

Tenho um metro e oitenta, seios grandes e firmes, rosto delicado e expressivo, cintura fina, quadris largos, pernas longas, coxas grossas.

Algumas tatuagens feitas na minha realidade, eram diferentes, eu podia absorver as tintas pra dentro da pele fazendo ela sumirem pelo tempo que eu quisesse, não era algo dos humanos de onde venho e sim do meu corpo.

Havia um dragas vermelho e azul grande nas minhas costas, porém ele ocupava apenas um lado.

Rosas pretas com os contornos de cada pétala em prata brilhante espalhadas por toda área restante abaixo do joelho na perna direita, conectadas por caules com espilhos, eram uma linda bagunça.

Na lateral do meu pescoço do lado esquerdo havia uma lua nova em tinta prata cintilante em gliter, tinta existente apenas na minha realidade, o quê causava interesse nos humanos daqui que achavam ser falsa, bom, os que viam.

Haviam pequenas flores e caules desenhados em tinta prata brilhante nas minha orelhas, me poupava o uso de piercings e brincos, mas ainda assim eu tinha furos com piercings pratas de um tom parecido aos das tatuagens, mas que nunca conseguiriam alcançar, mesmo assim, lindos.

Tinha uma tatuagem um pouco abaixo do quadril, na coxa, na lateral esquerda, uma borboleta prata com asas em chamas, chamas essas no perfeito tom do fogo, amarelo, laranja e vermelho.

Meu cabelo alcancava minha lombar, vivia preso durante o dia e quando eu ia trabalhar nos palcos do clube à noite, eram libertos ao público, assim como minhas tatuagens.

Porém os fios eram presos quando eu ia para os rings nas lutas clandestinas organizadas por pessoas de tão "alto nível" que era irônico que fosse ilegal.

Mas vamos para o quê estou fazendo agora.

Eu estou com um enorme coque loiro bagunçado na cabeça e vestindo o vestindo curto rosa claro com um bolso de contorno branco na frente, uniforme do café.

★: Eu tive a ideia pra fic enquanto assistia o vídeo clipe de Señorita, então se quiser ter melhor ideia do uniforme, é da uma olhada . *Tenham em mente que a fic não tem nada muito a ver com o clipe.

Eu usava tênis baixos brancos.

Como sempre os clientes me encaravam sempre que tinham a oportunidade, bom, eu chamava atenção por inteiro  era compreensível.

- Ah, droga! Pare de vir! Sabe quantos já perderam os dentes por sua causa?! Onde histórias criam vida. Descubra agora