Dois meses com a minha inimiga (Jenna/You)

Capítulo 3 - Realmente maluca

Oi lindes e perfeites, vim com outro capítulo pra vocês. Espero que gostem.

S/n desceu as escadas numa pilha de nervos, a calmaria e falsidade que Jenna demonstrou foi o auge de sua irritação. Pelo menos agora ela tinha dito a verdade para todos.

A mulher sabia que teria de esperar as amigas que permaneceram na palestra. Ela não poderia julgá-las, s/n soube que exagerou lá dentro, mas ainda era a carona das meninas.

Por isso, s/n foi dar uma volta pelo jardim da universidade. Alguns meses atrás, aquele era o seu lugar. Olhar ao sol parecia seu único reconforto. Falando em reconforto, ela se lembrou de AJ, tinha deixado a garota sem resposta e se sentiu culpada.

Enquanto isso, Jenna tentava entender como conseguiu terminar a palestra, já que seus pensamentos eram tomados por aquela mulher tão atraente... e extremamente mal educada. Jenna sentia que precisava tirar aquela situação a limpo.

Por isso, a empresária nem quis ficar para a pequena confraternização após a palestra, mas foi correndo para o próprio carro, afim de ter um momento de privacidade para conversar com Amber. Ela torcia para não ter que demitir alguém naquele dia, mesmo que sua intuição falasse o contrário.

Enquanto Jenna esperava Amber retornar a ligação, após verificar que tudo estava certo e que não havia erro algum com as bolsas, Jenna deteve a sua atenção ao convite de casamento de sua ex-noiva. Ela abriu a pequena sacola, pegou o cartão e leu dois nomes em negrito:

Camila Cabello e Lauren Jauregui

Jenna sentia que o seu nome devia estar ali, não o da sua maior inimiga. Ela riu da ironia de Lauren ter sido tão baixa de roubar a sua própria noiva.

"É com imenso prazer que te convidamos para a nossa corrente de casamento". 

"Juntos no amor, dois se transforma em um"

Jenna não escondeu a ironia quando leu aquelas palavras em voz alta e não sabia como Camila pode deixar algo tão brega para o seu casamento.

Mal sabia a empresária que as coisas ainda conseguiriam ser piores do que uma imagem de algema no convite da festa de noivado.

Não muito distante dali, s/n aumentava sua irritação à medida que AJ inventava desculpas incabíveis, durante mais uma briga de casal. s/n sentia que sua frustração fazia todo o clima do jardim perder a sua mágica ao desligar o celular. Não tinha sido uma boa ideia ligar para AJ e ela nem sabia mais se tinha uma namorada.

Como não viu nenhuma movimentação no corredor, assumiu que as amigas ainda não teriam saído da palestrinha da senhora empresária do ano. Por isso, sentiu que seria melhor esperá-las no carro, uma música no rádio seria perfeito para acalmar os nervos.

Quando s/n chegou ao estacionamento, o local estava com todas as vagas ocupadas com carros de pessoas normais e sem placas. Naquele pensamento s/n encarou a placa de Jenna Ortega e lembrou como aquela mulher parecia prepotente.

Aquela BMW preta de relance na visão de s/n parecia tão convidativa. Sem discrição a mulher se aproximou do carro da empresária. Por um milésimo de segundo ela encarou a chave do próprio carro e passou de fora a fora, arranhando o carro de Jenna.

A Ortega, que estava encarando a algema de verdade que acompanhou o convite, distraiu sua atenção daquele objeto sem sentido e encarava uma movimentação estranha de fora do seu carro.

Não satisfeita com o longo estrago na pintura, s/n resolveu tirar um batom da bolsa e escrever poucas e boas para Jenna Ortega.

s/n começou a escrever aos poucos na lataria, mas no instante que a mulher estava terminando na frase... a superfície do vidro começou a descer lentamente.