CAPÍTULO VIII

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Mini maratona: 3/3

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Pessoinhas leem este capítulo com a música a cima, se não aparecer para vocês, pesquisem: Egzod & maestro chives ft. neoni - Royalty // slowed & reverb)

Exerci um profundo corte no dedo indicador de cada uma das minhas mãos, com o sangue que começou a sair, tracei figuras que seguiram as linhas do meu rosto, juntando espirais e demais marcas representativas de minha cultura

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Exerci um profundo corte no dedo indicador de cada uma das minhas mãos, com o sangue que começou a sair, tracei figuras que seguiram as linhas do meu rosto, juntando espirais e demais marcas representativas de minha cultura. Pintei por completo o meu corpo com cinza e aumentei os símbolos importantes para cerimônias como a que faria hoje

Sim. Tinha chegado o dia e o meu coração não parava de rugir como um animal selvagem que acaba de acordar

Embora o desacordo dos Metkayina por profanar o lugar onde seus ancestrais descansavam fez da decisão mais complicada, os líderes acabaram aceitando e conversando sobre como faria isso. O mais difícil foi achar a forma de que o mar nos desse o caminho livre. Para isso, Kiri expôs que tinha uma forma de fazê-lo, pois ela podia se unir na profundeza da Enseada dos Ancestrais. Duvidosa por isso e pelo o que podia provocar a Omaticaya se conectasse com algo tão poderoso e energético, tentaram pará-la, mas ela estava muito confiante como para dar pra trás

— O Neteyam que traremos — olhei para Neytiri quando entrou —, será o meu Neteyam, não é?

— Ao quê se refere?

— Se o revive, não será uma alma alheia?

Embora não se explicava com clareza, pude compreender sua incógnita. Terminei de colocar o crâneo como máscara o qual também decorava com o meu sangue e me aproximei da mulher

— A alma de Neteyam jamais abandonou seu corpo. Ele dorme

— Depois de ter-lo sem vida em meus braços, é estranho pensar que voltará a respirar — negou, com preocupação — Não estamos desafiando a Grande Mãe e o seu ciclo?

— Cada Clã tem uma crença. Os Metkayinas dizem que o mar dá e o mar tira. Nós, que das cinzas ressurgimos. Seu clã, Neytiri, pelo o que sei, conseguiu que a alma de um corpo passasse para outro, tudo isso sob a aprovação do olho de Eywa

Para esse momento a mais velha tinha mudado completamente sua expressão. Começou a entender as minhas palavras. Observei o lado de fora do Marui, onde os do povo se preparavam para a cerimônia; todos iam ser parte disso

— Você deve tirar da cabeça que a Grande Mãe trabalha só para a luz. Tem uma força oculta em Pandora, uma antiga, sagrada e obscura. Uma que criou as osseiras, que nos presenteou o dom da conexão. Que seja obscura não significa que seja ruim. Por acaso asas negras não podem estar perto do bem? — ergui o queixo — Essa noite você se dará conta do que Eywa permite fazer

Para quando a luz desapareceu dando caminho para o eclipse que trouxe consigo as sombras, todos nos dirigimos para a Enseada, além da bioluminescência do mar, o que iluminava o caminho eram as tochas que os Metkayina carregavam. Ao chegar, cada um foi se entrando no mar até se ajoelharem, deixando o peito de fora. Entre os primeiros estavam Lo'ak, Tuk acompanhada de Ar'yen que me observava com temor e Spider

NÜ'RIEL (Neteyam x Oc)Onde histórias criam vida. Descubra agora