Em resposta, eu me afundei ainda mais na minha própria solidão. Afastei-me não só dele, mas de toda a família Sully. O calor do fogo deles, as brincadeiras da Tuk, até as provocações do Lo'ak .

Kiri era a única exceção. Talvez porque ela lesse as entrelinhas que ninguém mais via, ou talvez porque o laço de sangue, puxasse de um jeito diferente. Ela não forçava. Não fazia perguntas. Apenas estava. Às vezes sentava-se ao meu lado durante o silêncio, outras me mostrava uma planta ou um padrão de luz sem esperar uma resposta.

O vazio, no entanto, era uma coisa viva. Crescia dentro do meu peito, um eco constante daquilo que eu havia perdido. Não era só Neteyam. Era a possibilidade de pertencimento. A leveza de ser apenas Maeve, a irmã, a amiga, a possível... algo a mais. Agora, eu era só a infiltrada novamente. Mais isolada do que nunca, porque dessa vez eu conhecia o sabor do que estava deixando para trás, e era doce demais para esquecer.

 Mais isolada do que nunca, porque dessa vez eu conhecia o sabor do que estava deixando para trás, e era doce demais para esquecer

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O VENTO CONTAVA MEU enquanto eu voava, meus olhos analisando a floresta. Foi então que vi: o brilho metálico, o movimento de formas em trajes verdes. Humanos. Um grupo de soldados e cientistas. Estavam dentro dos limites sagrados, perto dos antigos locais de cerimônia dos Omatikaya.

Meu coração deu um salto. Yisa estava ali, o que caralhos ela tava fazendo aqui? Sem pensar duas vezes, virei a Mìrutx e voei direto para a clareia principal, onde sabia que Jake estaria.

Aterrissei com força.

— Jake! — chamei. — Grupo de humanos. Cientistas e soldados, na floresta sagrada, perto das águas cantantes. Eles estão montando acampamento.

Jake virou-se, sua expressão séria se aprofundando. Essas incursões eram frequentes, mas nunca rotineiras.

— Você tem certeza? Viram você?

— Tenho certeza. E não, me mantive escondida.

Ele não hesitou. Em minutos, o alerta ecoou e os guerreiros se reuniram. Eu os segui no ar, meu papel agora era de sentinela, não de combatente direto. Os humanos foram pegos de surpresa e recuaram, deixando para trás equipamentos.

Quando a poeira baixou, uma inquietação diferente tomou conta de mim. Yisa. Ela estava em algum lugar do perímetro. Uma necessidade paranoica de garantir que ela estivesse a salvo, me fez descer e caminhar pela floresta agora silenciosa.

Eu estava distraída, os nervos à flor da pele, os ouvidos ainda zunindo com os gritos e tiros. Por isso não percebi os passos silenciosos atrás de mim. Não até sentir aquela presença inconfundível, um calor específico no ar. Me virei bruscamente.

Neteyam.

Ele estava a alguns metros, parado. Antes que qualquer palavra, qualquer explicação ou acusação pudesse sair da minha boca, vi o movimento na periferia da minha visão. Um soldado, ensanguentado e desesperado, erguido atrás de um tronco, a arma tremendo em suas mãos mas apontada diretamente para mim. O mundo desacelerou. Vi seu dedo apertando o gatilho.

PUPPET GAME ' NETEYAM SULLYМесто, где живут истории. Откройте их для себя