Capítulo 4.

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Os primeiros raios solares já estavam aparecendo quando Blásio chegou cambaleando, eu não havia conseguido dormir depois de ter visto o amor da minha vida onze anos depois.

-Puta que pariu, nunca mais eu bebo.- reclamou fechando a porta de entrada.

-Você sempre fala isso.- falei me aproximando e o ajudando a subir as escadas.

-Cara, você não tem noção, o tempo passa e aquele homem não para de pegar mulher.

-Não precisa me contar essas coisas Zabini.- falei abrindo a porta do seu quarto e jogando ele em cima da cama.

-Você ainda ama ele né sonsa?- falou com a voz embolada.

-Não é da sua conta, agora deita e dorme porque temos que ir hoje ao Beco Diagonal.

-Puta merda, ainda bem que não tenho filhos, esqueci disso.

-Não me diga.- ironizei jogando um cobertor em cima dele.

Sai do quarto do mesmo e fui em direção à cozinha, precisava de um chá para dormir pelo menos por algumas horas.

Remexi nos armários a procura de uma chaleira, aquela cozinha era enorme, parecia que nunca ia ter fim, tantas portas e armários.

Ouvi o barulho da porta dos fundos sendo aberta, um homem entrou com algumas malas, o que a cada de Blásio tinha virado?

-Oh, quem é você? - perguntei segurando uma faca.

-Calma aí moça...- franziu o cenho- Espera, S/N?

-Theo?

Ele veio em minha direção e me abraçou, ele estava diferente, estava mais bonito, não parecia aquele adolescente de antes.

-Como veio parar aqui?- perguntou desfazendo o abraço.

-Blásio me achou.

-Claro que sim!- riu de lado- Pensei que nunca mais a veria.

-E eu pensei que nunca mais voltaria pra cá.- falei verdadeiramente.

-Por que você sumiu?

-Tive que fazer, não queria ficar aqui, vendo por anos, a sequelas que aquele monstro deixou... E você? Mora aqui também?

-Sim, Blásio falou que não suportaria morar sozinho depois da morte da mãe dele.

-Oh céus, ela faleceu?

-Sim, ele não te contou?- perguntou confuso.

-Não, ele não disse nada.

Theo suspirou e foi até a geladeira pegando uma garrafa de água.

-É que pra ele, é difícil falar sobre.

-Não consigo imaginar a dor dele.

-E você, o que te fez retornar?

Ninguém poderia saber do Logan, mas como eu esconderia a existência dele para Theo, se "morávamos" debaixo do mesmo teto?

-Vem comigo.- pedi e ele assentiu.

Subimos até o quarto que estávamos instalados, abri a porta devagar, Logan dormia como um anjinho, repousando em seu sono tranquilo.

Theo me olhou surpreso.

-Espera, é o seu filho e do Malfoy?- sussurrou.

Balancei a cabeça confirmando e fechei a porta para não acordá-lo.

-Fugiu por esse motivo?

-Precisei, não queria que meu filho crescesse em meio ao caos que ficou pós guerra. - me encostei no corrimão.

Depois de Nós // Draco Malfoy Where stories live. Discover now