Capítulo 2.

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Ao chegar em casa, eu estava nervosa, era visto a olhos o quanto eu estava perdida e incomodado, eles conseguiam ser persuasivos quando queriam algo e eles queriam meu filho.

Charlotte e mamãe estavam na mesa, com xícaras de chá e seus olhares vieram instantaneamente pra mim, assim que fechei a porta.

Vovó se aproximou com uma mistura verde em um pote transparente.

-Bisa, agora eu tenho uma cicatriz de guerra, olha!- apontou pro joelho com curativo.

-Oh sim, você agora é um homenzinho, mas isso vai doer mais tarde, deixe que bisa cuide dele.

-Com essa coisa gosmenta e verde?- fez cara de nojo.

-Sim, isso aqui vai melhorar seu joelho, venha.- sentou Logan em seu colo, tirou o curativo e aplicou a pasta em cima.

-O que isso vai fazer?

-Vai fazer mágica...- piscou e assoprou.

-Vó!- tentei impedir ao me lembrar daquele remédio, mas já era tarde.

Ela passou um pano em cima e a ferida sumiu, Logan tocou o joelho várias vezes.

-Cadê minha marca de guerra?- perguntou curioso.

-Agora está guardado aqui.- apontou para o pano.

-Eu quero minha marca de volta!- cruzou os braços.

-Filho, isso iria doer mais tarde.- toquei sua mãozinha.

-Mas como eu iria provar?

-Provar o quê?- minha mãe se aproximou.

Elas não sabia o motivo do Logan ter se machucado, só souberam da queda.

-Coisa da imaginação dele.- tentei levá-lo para o quarto.

-Não foi minha imaginação, ela falou comigo!- gritou.

-Quem?- Charlotte questionou.

- A cobra, eu falei com ela no zoológico.

No momento as três me olharam, eu conhecia aquilo, segurei na mão de Logan e o levei até seu quarto.

-Filho, vamos tomar um banho? Chegou do hospital, tem que tirar essa roupa.

-Tabom mamãe....- revirou os olhos e foi até o banheiro.

Voltei para sala e fui até a cozinha, pegando um copo de água.

-Ele falou com uma cobra? S/N, esse menino precisa estar em Hogwarts, é o lugar dele.

-O lugar dele é ao meu lado, ninguém vai tirar ele de mim, ele é meu filho, não de vocês, eu decido a vida dele.

-O pai dele também.- uma voz masculina soou pela sala.

Meu corpo se virou no automático, atrás de mim com uma cara nada boa, estava Blásio Zabini, onze anos depois.

-Blásio...- murmurei em surpresa.

-Em gostosura e formosura, o amigo que você abandonou, sem mais nem menos.

-Blásio eu posso explicar, mas como você me achou?

-Não pode explicar nada, e não é da sua conta como te achei, você nem ao menos confiou em mim, caramba S/N eu estava do seu lado, prometi não contar ao Draco e você simplesmente some?

-Eu tive que fazer isso.

-Você foi covarde! Nem respeitou nossa amizade, cadê a sua consideração?

Sentei-me no sofá abatida, pela dor daquelas palavras verdadeiras, ele tinha razão, eu havia fugido, havia deixado quem tanto me apoiou de lado.

Blásio mantinha sua postura, nenhum momento deu aquele sorriso que sempre dava quando falava algo sério demais, eu havia realmente pisado na bola.

Depois de Nós // Draco Malfoy Where stories live. Discover now