Capítulo 14: A Senhorita Camacho se Demitiu

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Eu esqueci de postar capítulo, peço desculpas.

O bom é que tem mais de 3000 palavras e vai deixar vcs sem sentir minha falta por pelo menos umas duas semanas.


Beomgyu segurava seu celular com os olhos fixos na tela como se pudesse desvendar soluções entre os pixels que formavam a interface digital. O ambiente do abrigo ao redor deles estava envolto em um silêncio tenso, quebrado apenas pelo som ocasional de alguém mexendo nos talheres comendo um almoço improvisado com miojo.

— A comida vai esfriar! — Jae exclamou com a boca cheia de ramen, tentando trazer Beomgyu de volta a realidade.

— Só tava colocando um aviso no site da loja que vamos ficar um tempo inativos — o garoto respondeu com uma expressão aborrecida, desviando o olhar do celular para encarar o grupo ao redor da mesa improvisada — tenho medo de que a gente tenha que fechar se não conseguir se recompor logo.

— A culpa é minha, eu deveria ter procurado um lugar melhor pra gente morar quando a loja começou a dar lucro — ela confessou, dando um suspiro angustiado — não é a primeira vez que isso acontece…

— Não é sua culpa, Haseul — Jin tentou confortá-la — estamos todos juntos nisso, e vamos encontrar uma saída.

— Na verdade, isso é tudo culpa dessa maldita prefeitura! — Jae ficou irritado — se eles se importassem com os bairros menos favorecidos, isso não aconteceria.

— Jae, isso não é hora para uma revolução comunista! — Joong revirou os olhos.

— Toda hora é hora de uma revolução comunista, camarada Joong — Beomgyu apoiou a fala de Jae — a gente vai invadir aquela prefeitura e iniciar a revolução!

— Ninguém vai iniciar revolução nenhuma! — Haseul interrompeu o manifesto comunista que estava se formando ali — a situação é terrível, mas precisamos manter a cabeça no lugar e focar em soluções práticas.

— Concordo, vamos dar um passo de cada vez — Joong assentiu.

— A gente vai ter que adiar nossa revolução, camarada Jae — Beomgyu brincou, fazendo o amigo rir.

— Ah, que pena! — Jae fingiu uma expressão triste.

— Enfim, voltando ao assunto — Haseul suspirou, desanimada — pelos meus cálculos, se quisermos reerguer a loja, vamos ter que arrumar outro emprego.

— Mas quem vai querer contratar a gente? — Beomgyu respondeu, desesperançoso — a gente não tem faculdade porque apostamos tudo nessa loja!

— Pois é, focamos tanto em fazer a loja dar certo que não pensamos em um "plano B" — Haseul concordou.

— E vocês três aí? — o garoto virou para os trigêmeos — além de serem trigêmeos bonitões, o que mais vocês sabem fazer? São formados em alguma coisa?

— Nos formamos em relações internacionais, mas nosso diploma não é válido em Goryeo — disse Jin em um tom de voz frustrado.

— Acho que deveríamos começar procurando por trabalhos temporários em lojas da região, como atendentes, garçons ou algo do tipo — Joong sugeriu, olhando para o grupo com um ar pensativo — talvez possamos ganhar algum dinheiro enquanto tentamos reerguer a loja.

— Que tal ser babá, hein? — Joong comentou, surpreendendo os outros com sua proposta — eu aceitaria até uma vaga de babá a essas alturas do campeonato.

Os amigos trocaram olhares surpresos, não esperando essa sugestão de Joong.

— O que você tem contra as crianças? — Jae retrucou, provocando o irmão.

Três A Mais || namjinWhere stories live. Discover now