Capítulo 6: Paraíso Artificial

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Saint Luna, 14 de agosto de 2021
Sábado - 10:23 P.M.

A minúscula sala foi imediatamente cercada de pessoas curiosas, olhando em choque e tirando fotos em seus celulares

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A minúscula sala foi imediatamente cercada de pessoas curiosas, olhando em choque e tirando fotos em seus celulares. Não demorou muito para a polícia chegar. Vincent segura suavemente os ombros de Lexie e a leva para fora daquela sala, ainda em choque e paralisada. Kai falava cada tipo de palavrão possível e Olive, a quarta integrante da banda, chorava em um canto enquanto era consolada pelos garçons.

— Todo mundo para fora! Agora! — Vejo policiais chegarem e colocarem todos para fora do bar.

Rapidamente eles fecham o lugar e, cada vez mais carros da polícia se aproximam. Imagino como seria difícil interrogar todo mundo que estava no show. Me perco de vista dos meus amigos por uns instantes, até ver Vincent de longe, ao lado de Lexie que não parava de chorar. Ele estava falando com um cara, e conforme me aproximo, posso ver um distintivo de delegado cravado no casaco da polícia.

— É, não vimos mais nada. O bar estava muito cheio, e mesmo se desse, não escutamos nenhum grito de socorro, tiro, ou algo do tipo. — Vincent conclui, enquanto o delegado o olhava atentamente. — Ah, você chegou.

O delegado, então, repousa os olhos sobre mim e me analisa com cuidado por alguns segundos. Era um homem de no máximo 1,78, com a barba rala, bem feita, cabelos escuros e olhos intensamente azuis. Diria que era um homem bem preservado para a idade, e reconhecia certas semelhanças entre ele e Lexie.

— Eu te conheço de algum lugar? — O detetive pergunta, sem tirar os olhos de mim. Parecia pensativo

— Esse é o detetive Butler. Ele é pai da Lexie e é um grande amigo da minha mãe. — Vince apresenta, e logo se direciona a mim. — Essa é Kaylee. Amiga nossa.

— Kaylee... — Ele parecia familiarizado com meu nome. — A filha da Seline?

— Sim. — Concordo, um pouco perdida. Quem era aquele cara e por quê nunca ouvi falar dele? — Conheceu a minha mãe?

— Realmente, é estranho pensar que vocês nunca se conheceram. Ele estava lá, bem, quando aconteceram aqueles problemas há trinta anos. Ele ajudou nossas mães. — Vincent responde, de uma forma sem falar explicitamente, pois Lexie estava perto, mesmo que estivesse com a cabeça longe.

— É um prazer conhecê-la, Kaylee. Faz anos que não vejo a sua mãe. — O detetive estende a mão para cumprimentar e eu retribuo, sentindo uma leve energia pairando quando sinto seu toque. — Vincent, pode levar Lexie para a casa da mãe dela? Preciso ficar para ajudar a coletar mais informações. Preciso saber de qual origem foi este terrível... incidente.

A Maldição da Trívia - Uma história de "As Fases da Lua"Where stories live. Discover now