Capítulo 20

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Na estação Nila esperava o trem para fora do vilarejo, logo foi anunciado que todos deviam estar preparados para o embarque por que já estava perto o trem.
Nila olhou para o vilarejo ao longe e lembrou de sua mãe, ela nunca havia se sentido tão livre quanto naquele momento. " Nila" uma voz chamou sua atenção, Larissa segurava o colar em suas mãos e se aproximou de Nila
- Isso é seu.
- Larissa, me deixa em paz, eu já estou indo embora e não quero ir com peso em meus ombros.
- Por favor me escuta. Eu sei que não fui sia amiga e te usei em algumas partes. Mas havia momentos em que você etava lá por mim quando ninguém mais estava. O que eu disse na festa não leve em consideração. Por favor pegue.
Larissa entrou o colar nas mãos de Nila e então se virou para partir "Larissa espere" Nila gritou e então Larissa se virou.
- Obrigada, nunca tive raiva de você. Pessoas ruins se destroem sozinhas, mas eu sempre vou lembrar de você e pelo favor que me fez.
Larissa acenou com a cabeça e partiu deixando Nila segurando seu colar em mãos. Nila guardou em sua bolsa pois não queria chamar atenção. Logo o trem chegou e nila foi espremida como de estivesse em uma lata de sardinha enquanto entrava mo trem, por sorte sobrou um lugar na janela onde ela sempre gostava de sentar para admirar a paisagem e se inspirar em algo para suas novas ideias. Chu pedalava rápido como um raio e ultrapassava todos os carros que estavam em sua frente até os ciclistas que estavam em uma maratona, por sorte conseguiu chegar na estação, mas o trem não estava mais lá e sim já havia partido. Sem tempo Chu pedalou novamente com seu coração acelerado mas nada cansado. Nila distraída olhava as lojas do vilarejo e as florestas até que passou em frente a grande árvore onde ela e Chu se encontravam " Adeus Chu" pensou Nila tristemente mas ao olhar para baixo viu Chu pedalando como um louco do lado do trem, o que a pegou de surpresa é claro. Nila abriu a janela e pos a parte superior para fora do trem
- O que está fazendo seu doente?- gritou Nila com o vento em seus cabelos
- Eu não...podia deixar você ir...sem se despedir.- Gritava Chu com dificuldade em falar enquanto o vento soprava em seu rosto
- Isso é loucura, pare antes que se machuque- Disse Nila preocupada
- Eu sei mas, pegue!- Chu retirou algo de seu bolso e jogou para dentro do trem que caiu na sopa de uma idosa ao lado, Nila entrou e enfiou a mão na sopa " Me desculpe, isso é meu" Disse Nila com um sorriso desengonçado, ela voltou rapidamente para a janela e Chu ainda pedalava
- Chu pare, você não pode fazer isso por muito tempo.
- Eu sei, mas saiba que...eu sempre amei você. Adeus Nila
Uma lágrima escorreu do rosto de Nila e ela quis abraçá-lo e beijá-lo, Chu também derrubou lágrimas e sentiu o mesmo desejo de Nila, mas ao olhar para frente, bateu em uma placa e finalmente parou sendo lançado em um lago. Nila gritava o nome de seu amado com medo, mas ao vê-lo se levantando de longe e correndo alguns passos enquanto acenava, seu coração se acalmou.
- Adeus Chu.- com um grito Nila se despediu e o trem entrou em um Túnel assim saindo definitivamente da vila de Norvia.
O coração de Chu pesou como nunca e então ele saiu do lago com folhas em seu corpo e pequenos galhos em seu cabelo, ele pegou sua bicicleta e voltou para casa, no meio do caminho viu-se um carro prata vindo em direção a ele e então o carro parou e de dentro saiu Elias como um doido correndo em direção a Chu. Elias pegou Chu pelo colarinho com raiva
- Onde está Nila?- Perguntou Elias espumando de raiva
- Me largue. Ela está bem longe de você e do monstro que é o pai dela.- disse Chu o empurrado para longe. Elias arrumou seus cabelos loiros e se acalmou
- Parabéns, você a perdeu, assim como eu.- Disse Elias com um sorriso debochado, Chu chegou perto e olhou nos olhos azuis de Elias.
- Pelo menos ela está livre, é melhor ter ela longe do que vê-la com você.
Chu pegou sua bicicleta e pedalou de volta para casa, Elias entrou no carro e bateu a porta com força "Isso não vai ficar assim Chumas Lake" pensou Elias enquanto ligava o carro.
No dia seguinte depôs de muita confusão e fofoca na vila, a casa dos Lakes nunca havia sido tão silenciosa. Veronica e Thomaz ficaram hospedados em um hotel depois do dia do casamento e então cancelou o acordo com a família Lake o que deixou Gustavo o dia inteiro dentro de seu quarto remoendo o erro que seu filho cometeu, enquanto Amélia ficou feliz que seu filho trilhou seu próprio caminho. Batidas se ouviram na porta e Carlota correu para atender e quando viu quem era saiu e fechou para que ninguém da casa as vissem
- O que está fazendo aqui? Se o doutor Gustavo te ver ou a esposa dele você estará frita
- Ora Carlota pare de ser imprudente, entregue a chumas.
Célia deu nas mãos de Carlota uma carta que nila havia feito antes de sua partida.
- E...como está o menino?- perguntou Célia
- Está bem, arrasado mas bem.- Respondeu Carlota enquanto o silêncio se formava entre as duas.
- Como está na casa dos Hundest?
- Não sei, me demiti depois de ontem e vou morar na vila vizinha, acho que assim estarei segura de que William não poderá fazer mal a mim.
- Entendo. Boa sorte e...tome cuidado.
- irei tomar.
Célia deu um abraço em Carlota e foi embora. Carlota entrou para dentro e foi surpreendida por Chu que estava atrás dela ouvindo tudo
- Presumo que, já saiba não é?- disse Carlota
- Sim, eu ouvi- Respondeu Chu
- então, pegue rapaz. É toda sua.
Carlota entregou a carta nas mãos de Chu que abriu e leu cada palavra que Nila havia escrito como se ela estivesse lá. Depois de lê chu pegou seu cachecol e saiu para a floresta sem dar uma explicação para Carlota. Na floresta Chu fez o mesmo caminho que fazia quando ia encontrar Nila, e então chegou na grande árvore que sempre se encontravam, ele andou deslisando sua mão nela relembrando de quando eram pequenos e quando passavam o tempo lá, uma memória que ele nunca mais ia esquecer foi de seu primeiro beijo sobre a luz dos vagalumes mas, foi interrompido por um barulho vindo dos arbustos, Chu pensou que seria um animal mas o que saiu de lá foi Elias.
- Nossa, achei que era uma cobra nos arbustos, e acertei- disse Chumas provocativo. Elias o rodeou em silêncio e então ficou frente a frente com Chu
- Sabe senhor Lake, quando quero algo eu consigo e ninguém, ninguém pode estragar meus planos. Mas você foi uma das primeiras pessoas que fez acontecer.
- sério? Que honrra a minha- disse Chu
- Você é bem humorado admito, mas vamos ver se tem humor quando eu acabar com você- Elias partiu para cima de chu e o socou no rosto, logo os dois rolaram no chão um batendo no outro, até que Chu o empurrou para longe.
- Eu...só tava me aquecendo.- disse Chu limpando o sangue em seu rosto.
- Eu também.- Disse Elias.
Elias deu um estalo e alguns homens saíram dos arbustos segurando ferro e madeira nas mãos.
- Chamei alguns amigos para me ajudar.
- Ah então você é do tipo covarde? Tudo bem encaro todos vocês.
Logo os homens partiram para cima de Chu, mas Chu conseguiu desviar e bater em alguns até que, foi golpeado com im pedaço de madeira em seu rosto. Chu ficou tonto e caiu sobre o chão, logo os homens o espancava e o batiam com o ferro e a madeira, quebrando suas costelas e alguns ossos
- Já chega, eu disse Chega.- Gritou Elias. Elias se aproximou e puxou Chu pelos cabelos enquanto olhava em seus olhos sangrando com ematomas
- É isso que acontece com quem estraga meus planos.
- Vai...pro...inferno.- Disse Chu com dificuldade enquanto cospia sangue, Elias ficou irritado e deu um soco em Chu o fazendo cair no chão. Logo todos os homens foram em bora e Elias sumiu junto com eles deixando Chu completamente ferido no meio do bosque.
O dia passou e Chu havia sumido, Veronica até ajudou Amélia a procurá-lo e então ela teve uma sessão de onde Chu poderia estar, Veronica foi em direção ao bosque para procurar Chu e, com dificuldade de lembrar o caminho da árvore onde avistou Chu beijando Nila, Veronica entrava se sentindo perdida mas conseguir achar o local. Ao analisar o lugar estava vazio e o vento estava quieto mas Veronica viu pernas de alguém encostado a árvore, Veronica andou para ver quem era e quando chegou perto o bastando para conseguir ver, e matar sua curiosidade. Veronica largou seu lampião no chão pelo choque ao ver Chu com a aparência esmurrada e algumas partes inchadas que ela idealizou que eram ossos quebrados. Veronica correu e pegou Chu pela cabeça enquanto seu rosto sangrava.
- Chu o que aconteceu? Por favor acorde.- Veronica o chamava desesperada enquanto gritava por ajuda mas não conseguia ser ouvida, pois estava no meio da floresta e ninguém poderia ajudá-la
- Chu fique aqui...eu...eu...vou buscar ajuda- Veronica deixou o lampião do lado de Chu para ser mais fácil de encontrá-lo e correu para chamar ajuda. Ao chegar na vila e contar para Amélia as duas correram para ajudá-lo e o carregaram para o hospital do vilarejo com ajuda do Senhor Hugo  o carpinteiro que tinha um carro.
Amélia levou seu filho para dentro e mandou Veronica avisar seu marido sobre o ocorrido enquanto limpava seu ferimentos.
Veronica chegou na casa dos Lakes e quando Carlota soube da notícia subiu para o quarto de Gustavo e eufórica abriu a porta e lhe contou o que havia acontecido, Gustavo correu para baixo apenas com seu pijama e junto com Carlota e Veronica entrou no carro em direção ao hospital. Gustavo entrou na sala enquanto Amélia limpava os ferimentos de Chuamas e tentava amenizar a dor dos ossos quebrados enquanto o preparava para a sirurgia
- Papai tá aqui, vai ficar tudo bem.
- Pai...eu...eu...sin...sinto muito por.
- tudo bem não fale, guarde suas energias.
- Eu não sei se vou aguentar.
- Não diga isso Chumas Lake, eu...eu te proibo de dizer...isso- disse Gustavo com lágrimas enquanto Amélia corria pela sala para fazer a cirurgia em Chu.
- Me desculpe não ser o filho que você quis, eu realmente...sinto muito.
- Não, não, não. A sua mãe estava certa. Eu que deveria ser o pai que você precisava mas invés disso, só dei ouvidos as minhas vontades, ignorando suas escolhas e decisões. Me desculpe filho, por favor.
Chumas pegou na mão de seu pai e deu um sorriso tranquilo e então olhou para Veronica que estava em lágrimas e disse "Obrigado por me amar." Derrepente tudo escureceu e Chu não viu mais nada.

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