CAPÍTULO 7

4 3 0
                                    

Nila correu sobre os espinhos enquanto Chu a amandava esperar  e depois de passar sobre o riacho e o arbusto de alecrim, Nila já estava próxima do vilarejo. Ela ouvia o som da parada e do festival de campanha que estava acontecendo, Chu parou do seu lado e a olhou em choque, e quando Nila notou seu olhar ela estava com a roupa rasgada e com cortes nos braços por conta dos espinhos
- Droga- resmungou Nila.- Não posso ir lá desse jeito.
Chu parou e olhou para a festa e depois para sua casa, ele pegou Nila pela mão e a levou para sua casa.
Chegando lá ele não sabia se seus pais estavam em casa, mas não podia deixar Nila naquele estado. Chu andava abaixado segurando Nila pela mão a guiando para não fazer barulho, Chu abriu a porta e chamou seus pais e Carlota mas, ninguém respondeu.
- Tem certeza que é uma boa ideia?- perguntou Nila- Eu não moro muito longe eu posso ir para casa e me trocar
- Não, eu vou ver seus cortes e vê se tem algo que possa aliviar a dor.
- tudo bem doutor Chumas.- Nila disse rindo enquanto Chu revirava os olhos. Os dois entraram silenciosamente por que mesmo que Chu não ouvisse ninguém em casa, não poderia arriscar ser pego.
- Estou visitando a casa do meu amigo, nosso nível de amizade tá evoluindo- Disse Nila olhando em volta a casa de Chu.
- Não é hora pra gracinha, sente aqui eu vou ver se tem curativos no armário do meu pai
- Tudo bem...doutor Chu.
- Para!- Chu disse sussurrando enquanto Nila ria baixinho.
A casa de Chu parecia um lar de verdade para Nila, ela viu os quadros de seu pai e de sua mãe felizes passando um dia juntos na praia e ela até sentiu um pouco de inveja por seu pai nunca ter lhe dado a atenção de que desejará, sentiu-se uma lágrima rolar pelo seu rosto
- Chu é você filho, eu ouvi sua voz e.- Amélia entrou na sala sorridente segurando sua louça mas ao ver Nila, paralisou em sua frente. Nila a encarou e quando acenou para Amélia e disse olá, a louça caiu no chão e se quebrou, Chu ao ouvir o som veio correndo para a sala e quando viu sua mãe olhando para Nila, ele correu até sua mãe a tirando da sala
- O que ela faz aqui?- Perguntou Amélia com raiva
- Mãe calma, ela tá ferida e eu só trouxe ela pra ajudar.
- Chumas Lake você ficou louco? Seu pai vai te matar e depois fazer uma cirurgia para te reconstruir denovo.- Amélia disse enquanto encarava mortalmente Nila que desviava seus olhos para fora.
- Mãe sei que o pai dela não se dá bem conosco mas faz isso por mim, por acaso não se lembra da mãe dela?
Amélia ao ouvir isso, olhou para Nila mas agora com a lembrança de Maria em sua memória que, era totalmente diferente de seu marido.
- Tudo bem- disse Amélia- traga ela para meu escritório, tem uma erva que pode aliviar a dor dos cortes.-
Chu sorriu e abraçou sua mãe e então pediu para Nila ir ao escritório de sua mãe.
- Chu espere aqui, sei que não aguenta ver sangue então não seria muito bom pra você.- Chu concordou com a cabeça e esperou sentado na poltrona de seu pai.
Amélia disse para nila se sentar em sua mesa de exames, e começou a pegar algumas ervas e curativos para os cortes. Enquanto Amélia cuidava delicadamente dos cortes, Nila ficava nervosa e tentava não manter contato visual.
- Você...é parecida com ela.- disse Amélia colocando as ervas sobre as feridas enquanto Nila segurava a dor da erva gelada.
- É, ela era incrível.- disse Nila- Ela amava ajudar as pessoas e manter nosso vilarejo um lugar organizado.
- Eu sei, quando ela foi inaugurar o hospital fiquei impressionada com sua gentileza, achei que ela seria igual ao marido. Sem ofensas.
- Tudo bem, meu realmente é uma pessoa difícil.
Amélia colocou os curativos em cima das ervas e Nila a agradeceu com um abraço.
- Engraçado. Até seu abraço é igual ao dela, realmente você é igualzinha a sua mãe.- Disse Amélia com um sorriso enquanto os olhos dr Nila limpava as lágrimas de seus olhos.
Ao saírem da sala Chu abraçou Nila e perguntou se ela estava bem enquanto Nila, dizia que estava ótima. Amélia olhava o jeito que Chu e Nila se olhavam e algo lhe encomodavam
- Vocês dois...não podem ser amigos- disse Amélia.- Sabe que isso não pode ser possível entre vocês.
Chu e Nila se olhavam escutando atentamente Amélia, sem pensar em uma resposta por que no fundo, sabiam que isso era errado, logo a maçaneta da porta estava girando e a porta estava se abrindo, Amélia, Chu e Nila se prepararam para ver Gustavo e o surto que ele ia ter mas quem entrou foi Carlota e, para a surpresa dela ao ver Nila, as compras caíram no Chão e as maçãs rolaram sobre a sala.
- Carlota fica calma- Disse Amélia.
- o senhor Gustavo está no carro- Carlota disse interrompendo Amélia. Chu pegou Nila pelo braço e tentou escondê-la na sala.
- Carlota, preciso que minta sobre Nila.
- Senhora não posso, cuido dele desde pequeno e como se fosse meu filho.
- Eu sei mas faça isso por chu que você o considera por neto.
Carlot olhava para Chu que corria pela sala e depois para Gustavo que saia do carro. Carlota então fechou os olhos e concordou com a cabeça. Gustavo entrou na sala e viu todos reunidos na sala, chu escrevendo, Amélia tomando um chá e Carlota tricotando.
- Olá meu Bem, como foi o hospital?- disse Amélia beijando seu marido.
- Foi...bem.- Disse Gustavo desconfiado.
- Algum problema?- perguntou Amélia
- Não, só estou surpreso como todos estão juntos. E nem é o meu aniversário.
Gustavo deixou sua maleta de couro sobre a mesa e tirou seu casaco o colocando em seu cabideiro, Chu ficava quito enquanto Gustavo o olhava e Chu percebia através de seu olhar periférico. Mas ao se sentar em sua poltrona, uma presilha de libélula estava perto da lareira, no mesmo momento Gustavo se levantou e pegou a presilha enquanto Amélia olhava para Chu esquecido de escondê-la.
- O que e isso- Gautavo disse enquanto apertava a presilha em suas mãos. Todos ficaram em silêncio e então Gustavo andou atrás Carlota e a olhou no fundo de seus olhos.
- Carlota não minta para mim, essa presilha é de um hundest?
Amélia e Chu balançavam os braços para carlota mentir, depois carlota direcionaou sua visão para a lareira onde Nila estava escondida. O coração de Carlota acelerava enquanto o suor, escorria pelo seu rosto e então, ela teve que quebrar seu juramento.- Nao senhor, essa presilha é minha, comprei hoje de manhã antes de ir ao mercado na barraca de bugiganga, esqueci de guardala e ela deve ter caído na sala.
Chu caiu no sofa de alívio e Amélia colocou suas mãos sobre as de gustavo.- Viu querido, não permitiriamos um Hundest aqui - Disse Amélia enquanto abraçava seu marido.
- Tem razão, não sei por que desconfiei de minha própria família.- Amélia deu um riso nervoso enquanto carlota a olhava com um olhar de tristeza e depois, saiu para a cozinha- Bom tenho que acordar cedo, um paciente quebrou um braço e amanhã tenho que vê-lo cedo no hospital, boa noite meu bem, e Chu, Me perdoe ter desconfiado de você.- Gustavo abraçou seu filho e subiu as escadas para seu quarto. Amélia foi até a escada para ver se Gustavo ja estava em seu quarto e sinalizou para Chu tirar nila da lareira, Chu correu e retirou Nila da chaminé soltando fumaça e cinzas pela sala.- Obrigada por não terem me entregado.- Disse nila com o rosto sujo de cinzas, Amélia chegou perto e a olhou em seu olhos.- Fiz pelo meu filho. Embora eu acha que esssa briga entre nos seja uma idiotice, agora corra para casa garota e esqueça que ja veio para cá.- Nila concordou com a cabeça e abraçou Amélia e se despediu de Chu.- Espera eu levo você.- Disse Chu
- Nao, Chu você fica. Precisamos conversar- Amélia disse cruzando seus braços e com um das sobrancelhas esrguidas,- tudo bem Chu, sua mãe ta certa, seria perigoso para você. Até mais- Nila disse soltando lentamente as mãos de Chu e fechou a porta. Nila corria pelo gramado da porta dos fundos apressadamente para casa e do alto da janela, o pai de Chu a via correr para casa enquanto tomava seu whiskey. Nila chegou até a mansão e entrou de fininho para não acordar ninguém mas foi surpreendida quando as luzes se acenderam derrepente.- Onde você estava?- Disse o pai de Nila, Nila ficou nervosa e tentou achar uma desculpa para seu pai, ja que era difícil mentir para ele.- eu estava por...ai
- Por que esta coberta de cinzas?- Perguntou Willian.
- Eu...estava na casa de Sara ajudando a limpar a chaminé- Essa foi a unica coisa que Nila pensou, e torceu para que seu pai acreditasse, william pegou uma garrafa de whiskey sobre a mesa e tomou encarando sua filha com desconfiança.- Suba para seu quarto. Amanhã conversaremos e tome um banho.- Disse Willian. Nila balançou com a cabeça e subiu as presas para seu quarto.- Por que já não contou que eu estava aqui- Disse Elias saindo das sombras.- Paciência garoto, paciência.
Nila após sair do banho, rodava sobre sua toalha enquanto segurava seu roupão pensando em chumas, mas parou ao perceber que estava pensando nele- Ah não, isso não Nila, você e Chu são amigos e vocês não podem ser mais nada além disso- Nila se jogou na cama e olhou para alguns cortes em seus dedos e sobre os momentos que sentiu as maos de chu tocando as suas quando estava preocupado...será que é amor?

Me Encontre Na Floresta Where stories live. Discover now