CAPÍTULO 18

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No dia seguinte, Nila estava em seu quarto provando a única coisa que sobrou de sua mãe um longo vestido de noiva, Célia dava alguns retoques para servir no corpo magro de Nila enquanto outra empregada escovava seus cabelos ruivos e o decorava com lírios azuis. Ouvisse batidas na porta e a mãe de Elias entrou no quarto tomando um vinho.
- Saiam, quero falar com minha Nora.
A empregada fez uma reverência e saiu, Célia segurava a mão de Nila enquanto Ashyley a encarava.
- Eu disse todos os empregados
- Tudo bem Célia, pode ir.- disse Nila enquanto Célia encarava Ashyley com olhar de desgosto e passava por ela batendo seu ombro no dela quase derramando sei vinho. Nila se virou para o espelho e arrumava seu cabelo enquanto Ashyley se acomodava em uma poltrona esticando suas pernas nos braços da poltrona.
- Olhe só para você, linda como sua mãe um dia foi.
- Obrigada pelo elogio mas creio que, não é por isso que veio.- disse Nila arrumando a barra do vestido. Ashyley deu um gole e colocou a taça em uma pequena mesa ao lado e caminhou até Nila.
- Quando você casar com meu filho, vamos receber metade da sua erança
- A senhora que pensa dona Ashyley, seu filho não será meu marido por muito tempo. Quando eu for a prefeita, muita coisa vai mudar.
- Será querida? Elias vai se livrar de você.- Ashyley disse rindo descontrolada, Nila se virou para Ashyley e respirou o aroma que estava no ar.
- A senhora está bêbada?
- Quando tudo acabar ele vai te mandar pra longe, talvez vende-la como uma prostituta.
- O que? Elias não seria tão extremo assim.
- Quando seu pai assinar os papéis, eu vou ser sua guardiã legal já que...você não tem 18 anos até o final do ano que vem.
Ashyley ria e Nila a mandou embora do quarto, Ashyley então pegou uma tesoura e avançou para cima de Nila, Nila caída no chão segurava a mão de Ashyley com toda sua força.
- Esse cabelo lembra muito sua mãe, pena que não viveu muito para contar a história.
Nila estava perdendo suas forças e a tesoura estava prestes a cegar um de seus olhos, mas Célia entrou e retirou Ashyley do quarto puxando ela pelos cabelos. Célia ajudou nila a se levantar enquanto Nila percebeu que esse casamento seria mais sério do que se esperava
- Célia, temos que colocar o plano em ordem
- Mas agora? Achei que seria depois do casamento.
- É mas com Ashyley bêbada, sei de toda a verdade. Vamos adicionar mãos uma coisa e eu preciso de sua ajuda.

Chu fazia uma sopa para Carlota enquanto sua mãe fazia os preparativos do casamento na cidade, logo Gustavo chegou na cozinha fazendo com que o ambiente entrasse em um silêncio mortal, Chu deixou a sopa em cima da mesa enquanto seu pai entendeu o que deveria fazer. Gustavo subia as escadas com o coração amargo e pesado pelo acontecido ele bateu na porta do quarto e Carlota disse para entrar na esperança de ser Chu, ao ver Gustavo Carlota ajeitou sua postura e o olhava com vergonha, Gustavo entrou e se sentou ao lado de Carlota enquanto a servia no silêncio.
- Como está a cabeça?- Gustavo Perguntou se sentindo um idiota
- Está bem senhor.
- Por favor Carlota, você não precisa me chamar assim. Sabe disso
- Sim, mas depois desses dias as coisas estão...diferentes nesta casa.
Carlota comia enquanto Gustavo buscava meios para se redimir, Carlota ao terminar ficou em silêncio olhando para Gustavo e seu semblante arrependido
- Senhor, você está perdoado mas precisa do perdão de outras pessoas.
- Carlota eu.
- Gustavo- indagou Carlota impaciente.
- Deixe Chu ser livre, você sabe como é ser preso pela família, você sabe bem.
Gustavo ficou com a cabeça baixa e se retirou pensando no que Carlota disse, ele resolveu falar com Chu e esclarecer isso.
- Chu, podemos conversar?
- Claro
Chu pegou uma cadeira para ele e para seu pai, os dois se encararam e chu esperava para ouvi-lo.
- Chu quero que você me perdoe, não devia ter feito aquilo e eu nunca devia ter te prendido dessa maneira.
- Tá tudo bem pai, mas mesmo assim vou casar com Veronica.
- Jura? Mas e aquela Hundest?
- É passado
Chu se levantou e voltou a fazer as tarefas de Carlota, Gustavo se retirou para o hospital enquanto Chu o olhava pela janela ligando seu carro e partindo.

Me Encontre Na Floresta Where stories live. Discover now