Capítulo 5

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Um dia, Nila estava lendo um livro sobre como ser um bom líder que foi recomendado por seu professor de história, até que sua visão foi tapada e sua concentração tirada.
- Adivinha quem é.- Disse Chu com as mãos sobre os olhos de Nila.
- É o arirador de pedras do vilarejo?- Nila disse com um sorriso fazendo Chu pulasse de trás da árvore, chu se ajoelhou na frente de Nila com as mãos atrás de suas costas com um sorriso bobo.
- O que você está escondendo aí?- pergingou Nila erguendo um pouco seu pescoço para tentar vê o que Chu escondia. Chu tirou um bolinho de trás dele com uma pequena velinha e era igualzinho ao mesmo bolinho que Nila carregava quando conheceu Chu.
- Oh Chu, que gentil. Ele é igualzinho ao que o corvo roubou de mim.
- Não sou muito bom na cozinha mas fiz este especialmente para você. Feliz 17 anos Nila.
Nila colocou seu livro sobre seu vestido branco e pegou o bolinho fechando os olhos para fazer um pedido, e então asoprou.
- O que você pediu?- Chu perguntou com seu sorriso enquanto seus olhos escuros encaravam Nila de um jeito doce e curioso.
- Se eu contar não vai se realizar.
- Ah qual é, somos melhores amigos você pode contar para mim, se me contar te conto o que vou pedir ano que vem.- Chu disse dando um soquinho no ombro de Nila. Nila riu e revirou os olhos.
- Você sempre foi um bobo, mas tudo bem. Eu pedi que eu consiga ser igual minha mãe quando me tornar prefeita.
Chu olhou para Nila enquanto o olhar dela se direcionava para o céu, imaginado que sua mãe estaria em um lugar melhor.
- Você está bem?- Perguntou chu colocando sua mão sobre os ombros de Nila.
- Sim, só... entrou um cisco no meu olho.
- Nila sei que quer fazer jus ao nome de sua mãe mas, acho que ela queria que você seguisse seu próprio caminho.
Nila ao morder o bolinho o colocou de lado e se levantou indo embora para vila, chu pegou a toalha de Nila e a seguiu pelo bosque
- Nila espera, eu não queria te ofender.
- Não me ofendeu.
- Então por que está indo embora com raiva?
- Chu você não entende, minha mãe morreu salvando alguém, e depois disso foi difícil descobrir que meu pai estava se deitando com a pessoa que eu mais confiava quando pequena. Quero fazer justiça nesse lugar e ser igual a minha mãe.
Chu ficou em silêncio e lambeu seus beiços concordando com a cabeça. Quando chegaram na cidade chu entregou a toalha para Nila e se separaram para esconder as provas de que tinham alguma intimidade, chu ficava andando em uma barraca fingindo escolher algumas frutas enquanto sussurrava para Nila
- Mas sabe, você poderia tentar.- disse Chu olhando para os lados tentando ser o máximo discreto.
- Não tenho nada para tentar Chu.
- Nila você não costura a anos desde que Larissa deixou você.
Chu tapou a boca e encarou Nila arrependido.
- Olha Chu, sou uma adulta agora e o fato de Larissa não ser mais minha amiga não muda nada. Isso é passado, tenho que olhar para frente agora.- Nila se despediu de Chu e foi para casa enquanto Chu comprava uma maçã e a mastigava a caminho de casa. Chagando lá, os portões se abriram para Nila a recebendo com carinho em casa, quando ela via o balanço em seu jardim, lembrou de sua mãe a empurrando para o alto e as horas que as duas passavam juntas. Ela jurava que aquilo seria para sempre mas a realidade é mais cruel do que parece. Ela entrou em casa e se apressou para ir ao seu quarto.
- Como foi o passeio querida?- Nila olhou para trás e era Célia com um sorriso simpático.
- Célia. Oi, o passeio foi ótimo agora se me der licença preciso descansar.
- Mas não irá cumprimentar seu pai?
- Não preciso, agora ele tem tudo o que sempre quis. Você.
Nila virou as costas e segurou sua toalha de piquenique firme enquanto subia as escadas. Ao entrar no seu quarto, Nila jogou os sapatos pro alto e se apoiou na porta como se ser forte na frente de Célia e de seu pai fosse a coisa mais cansativa do mundo. Ela se jogou na cama enquanto segurava a velinha do bolo que Chu lhe disse e logo depois, olhou para sua máquina de costura que sua mãe herdou de sua avó, Nila levantou da cama e pegou seu baú de tecidos de baixo da cama e pegou um tecido verde esmeralda e colocou sobre a máquina de costura. Nila olhava bem sem saber como mexer na máquina, pois fazia tempo em que não costurava nada, Nila ligou sua máquina e colocou o tecido mas, levou um susto do som da máquina ao ligar mas sentir de novo a sensação do tecido frio em seus dedo e o cheiro da máquina de costura, trouxeram novamente os bons momentos que ela passava fazendo vestido para suas bonecas e o quanto sua mãe amava isso nela. Ao terminar, o resultado foi um belo cachecol de cetim, Nila nunca se sentiu tão orgulhosa de si mesma e já sabia quem era a pessoa perfeita para experimentar seu fruto de seu trabalho, logo a porta bateu e Nila escondeu o resto do tecido junto com o cachecol e deslisgou a máquina.
- Pode entrar.
O pai de Nila abriu porta com seu charuto na boca enquanto olhava o quarto pelos cantos e depois olhou para a máquina de costura.
- Você ainda tem isso.
- Isso, era da minha mãe pai. E você sabe disso.- Nila disse em um tom confrontando seu pai
- Olhe como fala comigo Nila.
- Não sou mais uma criança, e eu tenho direito de permanecer com as coisas dela se eu quiser.
O pai de Nila fumava com raiva e apenas saiu e bateu a porta com força, derrubando um quadro de sua mãe quando ela teve Nila pela primeira vez. Nila retirou o cachecol da caixa que escondeu e caminhou até a janela observando ao longe a casa dos Lakes.

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