𝟘𝟞

4.5K 522 226
                                    

× 𝕋𝕒𝕞𝕚𝕣𝕖𝕤 𝔾𝕦𝕖𝕣𝕣𝕒 × 𝟙 𝕤𝕖𝕞𝕒𝕟𝕒 𝕕𝕖𝕡𝕠𝕚𝕤 | 𝔸𝕝𝕝𝕚𝕒𝕟𝕫 ℙ𝕒𝕣𝕢𝕦𝕖

¡Ay! Esta imagen no sigue nuestras pautas de contenido. Para continuar la publicación, intente quitarla o subir otra.

× 𝕋𝕒𝕞𝕚𝕣𝕖𝕤 𝔾𝕦𝕖𝕣𝕣𝕒 ×
𝟙 𝕤𝕖𝕞𝕒𝕟𝕒 𝕕𝕖𝕡𝕠𝕚𝕤 | 𝔸𝕝𝕝𝕚𝕒𝕟𝕫 ℙ𝕒𝕣𝕢𝕦𝕖

A minha cabeça vive cheia de pensamentos intrusivos.

E não são pensamentos intrusivos nível leve, tipo: ah que vontade de jogar meu celular no Rio Tietê. São pensamentos intrusivos nível Hard. Do tipo: a Mariana me convidou pra um jogo do Palmeiras e eu pensei: hum? Porque não?

Por qual motivo eu não deveria ir pro jogo do cara com quem dormi sem sequer imaginar a possibilidade dele ser meu paciente na terapia de casal, que divide a mesma academia que eu há um certo tempo e de quem eu só tenho versões diferentes. Ele diz uma coisa e a mulher conta outra.

Ou seja... continuo no escuro sobre o cara.

— A pergunta que não quer calar... Como conseguiu esse camarote? – Pergunto pra Mari, de olho em um bando de mulheres loiras mais a nossa frente tirando fotos.

— Tenho meus contatos – Ela dá de ombros e estala a língua, mordendo um sorrisinho. Tenho certeza que tem alguma coisa aqui, mas não comento nada porque, sério, eu mesma tenho coisas suficientes das quais não quero falar.

Mas penso. Orra, como penso.

Não sei dizer se esses jogadores estão indo bem ou mal. Entendo um pouco de futebol, costumava assistir quando pequena com meu pai. Conforme fui crescendo parei um pouco de acompanhar.

Um jogador que não sei quem é está fazendo a jogada, no fim das contas justo Zé toma um cartão amarelo. Mordo o lábio meio inconsciente porque o jeito que ele fica puto e discute... caralho. Meus pensamentos já são férteis o suficiente sem isso.

Ele já tava de amarelo, um jogador de outro time fez uma falta nele e se eu achei que tinha ficado puto com o cartão... puf. Isso aqui não teve nem explicação. Me atinge em níveis que, porra. O cara levanta, vem pra cima dele e ele não recua. Encostam os rostos, o cara grita no rosto dele, ele devolve.

Porra. Porra.

Muito homem. MUITO. Sempre foi exatamente o meu tipo, os que perdem a cabeça, os que brigam, os que não abaixam a cabeça, os que são vontade.

Ele derruba a maioria dos jogadores. Toma a bola, desarma, tudo com raiva. Fico até sem saber o motivo de tanta raiva, no campo, no boxe. Joga pra desarmar com raiva, soca o saco de pancadas na academia com raiva. Com muita raiva.

O jogo acaba no empate. A gente começa a sair do camarote, os corredores estão cheios e as mesmas mulheres que vi mais cedo começam a esperar os jogadores que estão saindo aos poucos. Não deixo de observar que a Stephany não está aqui. Tem mais de quarenta minutos que a Mariana me deu um perdido e eu acabei de decidir ir embora sem ela, mesmo sendo muito tarde.

— EIIIIIIIIIII!!!! TREEEEEEEEEEEEMMMMM!!!! – Um molequinho parado na minha frente aponta pra mim.

Sei quem é o garoto. Uma promessa vendido caríssimo pro Real Madrid. Meu  pai e meu irmão comentavam muito na época. Mas porque ele tá gritando assim?

𝐒𝐄𝐂𝐑𝐄𝐓𝐀𝐌𝐄𝐍𝐓𝐄 𝐒𝐔𝐀 | 𝐙𝐄 𝐑𝐀𝐅𝐀𝐄𝐋Donde viven las historias. Descúbrelo ahora