E ela faria de novo, estava cansada de sempre ter que ouvir as coisas calada.

Amélia começaria a revidar.

- Estou indo, tente pensar no que eu disse - ela aconselhou.

- Eu vou - foi a resposta de Horus.

Amélia olhou para Reina, pressionando os lábios e então atravessou.

Horus caminhou em direção aos corredores, mas parou quando um corpo menor atravessou seu caminho e uma Reina irritada o encarou.

Ele olhou para baixo, para ela.

- Sim? - disse calmamente.

- Onde estava? - Reina questionou e Horus cruzou as mãos atrás das costas.

- Fui procurar o Belel - a voz de Horus é profunda.

Reina franze o cenho.
- Por que está irritado? - questiona.

- Não estou - ele tenta passar, mas Reina espalma uma mão em seu peito.

Era incrivelmente... firme.

Ela não imaginava isso, já que ele era feito de sombras.

Horus a olhou novamente, Reina não conseguia distinguir nada do que ele sentia.

Mas ela ainda conseguia ver um pouco do que parecia um rosto em meio as sombras.

- Me diga - ela pede.

- Por que quer saber? - ele inclina a cabeça levemente para o lado.

- Por que se eu te deixei assim...

- Não deixou - ele negou rapidamente.

- Deixei sim, é por eu ter te chamado de monstro? Eu estava com raiva - ela fala.

- Eu não me importo - ele responde friamente.

Ela se afasta, encarando-o por um segundo a mais, antes de suspirar.

- Irei sair - anunciou.

Horus ficou tenso.
- Sair?

- Sim, quero passear pela cidade mais próxima, não quero ficar enfurnada nessa casa o dia todo - ela cruza os braços, a expressão irritada.

Horus arqueia ambas as sobrancelhas.
- Tudo bem.

A expressão irritada dela dá lugar a uma expressão surpresa.

- O que?

- Se quer sair, iremos, diga o lugar - ele pede calmamente.

Reina estreita os olhos.

Ele não poderia ter cedido tão fácil.

Nada nunca foi tão fácil para Reina, ela sempre teve que apelar ao pedir algo.

Horus não gostava dela, então como poderia ter cedido com tenta facilidade?

- Quero ir para a diurna - ela fala e ele assente.

Mas Reina decide tentar novamente.
- Crepuscular - ele assente de novo.

- Primaveril - ela fica verdadeiramente confusa quando ele ergue a mão.

- Por que faz isso?

- O que eu faço?

- Você está sendo bom mesmo me odiando - ela se afasta, não entendia as atitudes dele.

- Não odeio você - Horus respondeu.

- Mas deveria, eu fiz...

- Eu não odeio você - Ele reforça e Reina se cala, mordendo o interior da bochecha com força.

O Vilão Where stories live. Discover now