Adeus

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P.O.V. Klaus.

Hayley. Essa figura de vestido branco tem o rosto, a voz e até o cheiro de Hayley Marshall sinto muito a falta dela e é estranho vê-la desse jeito. Hayley nunca gostou de vestidos de gala, ela era uma pessoa muito pé no chão e objetiva, mas quem mais ficou abalado com essa aparição com certeza foi Elijah.

-Hayley.- Ele disse num fio de voz como se não acreditasse que ela era real.

Ele caminhou até ela, tocou o seu rosto e a abraçou chorando como um bebê.

-Me perdoe, por favor me perdoe.- Ele implorou e aquela figura sorriu para ele.

-Pelo o que eu devo perdoar você? Sabe que eu te amo meu querido, mas se precisa que eu o perdoe, eu o perdoo. Tudo o que eu quero é que seja feliz, que todos vocês sejam felizes.- Disse aquela Hayley imaginária.

Ela abraçou Elijah e se despediu dele, se despediu de Hope e de mim e então nós voltamos. Voltamos á enfermaria de Hogwarts e Hope estava acordada.

-Isso foi um diabo de uma viagem, foi como uma viagem de ácido maluca

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-Isso foi um diabo de uma viagem, foi como uma viagem de ácido maluca. E ver o tio Elijah fantasiado de chapeleiro maluco foi... engraçado.- Ela disse dando risada.

Fiquei muito aliviado.

-Você está bem querida?- Eu perguntei.

-Claro que estou. Sou mais imortal que você pai, sou tipo... um Klaus Mikaelson 2.0.- Ela disse fazendo uma piada. Então notei que ela olhou para uma direção em particular, para uma pessoa que estava parada lá já algum tempo imagino.

-Será que poderiam nos dar uma licencinha?- Ela pediu.

-Claro, estaremos lá fora.- Eu disse em tom de ameaça para o garoto.

Nós saímos, mas eu fiquei ouvindo a conversa.

P.O.V. Hope.

Eu o vi parado lá. Lucian Riddle ele tinha uma expressão de remorso na cara, acho que se sente culpado.

-Você está bem?- Perguntei.

-Eu jamais pensei que faria o que fiz hoje ou que deveria minha vida á uma...

-Mestiça suja abominação da natureza? Não se preocupe eu fui chamada de todos esses nomes a minha vida toda por um bando de gente, em sua maioria bruxos.- Eu disse, então gemi quando tomei impulso para sentar na cama.

-Jamais imaginei que meu pai poderia...

-Tentar te matar? Te torturar brutalmente? É, deve ser difícil. Sinto muito por você, realmente. Ninguém merece ser ferido por aqueles que deveriam amá-lo incondicionalmente. Eu nem imagino como deve estar se sentindo agora, mas conheço alguém que talvez possa. Acho que devia falar com o meu pai, ele passou pela mesma... coisa que eu imagino que esteja passando agora. Precisa saber que você não merece aquilo, que é uma boa pessoa e nunca fez nada para merecer aquele tipo de tratamento vindo do seu pai. Seu pai é maluco e a culpa não é sua.- Falei.

P.O.V. Lucian.

Quando? Quando na minha vida eu pensei que... viveria para ver isso? Para viver isso? Para me sentir mal por ter traído uma criatura mestiça ou tomar a decisão consciente de me voltar contra o meu pai? De atacá-lo? Quando eu pensei que veria a bondade de uma mestiça híbrida?

-Porque voltou para me salvar?- Perguntei.

-Porque não voltaria? Já disse, você é uma boa pessoa e não é responsável de forma nenhuma pelos pecados dos seus pais.- Ela respondeu.

Então tomei uma decisão. Voldemort tentou me matar, teria me torturado se Hope Mikaelson não tivesse me resgatado, ele teria torturado meu irmão também seus próprios filhos e isso me deixou puto da vida. Então tirei o colar do pescoço e o segurei em minhas mãos.

-Lucian o que está fazendo?- Hope perguntou.

-Você me disse que eu tinha uma escolha, que não estava fadado á seguir os passos de meu pai. Toda a minha vida, ouvi histórias sobre ele, me convenceram que ele estava apenas fazendo aquilo que achava ser melhor para todos nós, nos defendendo. Eu o amava, vim aqui para salvá-lo, peguei este medalhão eu o roubei das mãos de Harry Potter para proteger o meu pai e na primeira chance que teve ele me traiu, ele nos traiu e quase nos matou. Agora quero retribuir o favor.- Falei.

-Lucian... se fizer isso não há retorno. Ele é seu...

-Não me venha com essa coisa de ele é o seu pai. Ele não é meu pai! Ele é uma besta e deve ser destruído.- Protestei com muita raiva.

Coloquei o medalhão sob a mesa e saquei a varinha.

-Espere, não vai ser fácil assim destruir essa coisa. A parte da alma do seu pai que está dentro do medalhão não vai cair sem lutar, vai entrar na sua cabeça. Usará seus piores medos, suas inseguranças contra você. É melhor que não faça isso sozinho.- Ela me alertou.

Mas, eu não ouvi. Abri o medalhão e... se arrependimento matasse eu certamente estaria morto.

P.O.V. Hope.

Puta merda! A parte da alma do Riddle está atacando o próprio filho sem misericórdia, Lucian é um bruxo poderoso, mas ele ainda é um ser humano, filho do Riddle e a escuridão está usando isso contra ele. Usando seu amor pelo pai como uma arma, como uma ferramenta de manipulação enfiando o dedo na ferida sem dó. Então levantei da cama e o ataquei, a alma do Riddle reclamou, mas não morreu revidou jogando-me longe então eu... me atinei. Essa coisa é mortal, talvez...

-Tenimbris Animan Vestra Contutiro mortem.- Eu disse lançando um feitiço de morte e a criatura começou a gritar, acho que está funcionando. Ele está morrendo.

Continuei recitando o feitiço, mas ele não morria até que eu percebi o óbvio. Tenho que destruir o objeto onde a alma se esconde. Usei um feitiço Ignalussa para acender a lareira, então usei minha velocidade de vampira para pegar o medalhão e joguei-o no fogo. E o pedaço da alma do Riddle morreu com um grito tenebroso. Cai no chão exausta, apavorada porque eu nunca tinha visto tanto mal na minha vida. Foi assustador ver aquela coisa, aquela fumaça negra era pura Treva, uma coisa... demoníaca. Respirei fundo várias vezes para conseguir me acalmar. Então me voltei para Lucian.

-Ei! Ei, acabou, acabou. Você tá legal? Ei, diga alguma coisa.- Pedi meio apavorada.

Mas, ele não falou nada só sentou e chorou. Desabou. Meu Deus e agora?

Uma Tribrida em HogwartsOnde as histórias ganham vida. Descobre agora