Draco Malfoy and The Aeternum Caput | Drarry

10. O Piromante

Dizer que Draco Malfoy estava sobrecarregado era um grande eufemismo. Os últimos dois dias foram muito estranhos, para dizer o mínimo. Sua pequena serpente Anya estava de volta com sua mãe e seu pai, o que sempre o deixava com um certo vazio em seu peito, e Draco ficou com o Trio de Ouro completo. Draco odiou tanto essa troca! Os quatro passaram dois dias inteiros em sua Sala Segura de obsidiana trabalhando no caso Aurum Papilio. E mesmo que as coisas estivessem relativamente calmas, houve alguns problemas.

A tarde de segunda-feira foi uma lição de humildade para Hermione, eu-acho-que-sou-tão-incrivelmente-brilhante, Granger, que naturalmente falhou em fazer tanto 'a ruína da vontade' quanto seu antídoto, como Draco esperava. Não que ele duvidasse do brilhantismo dela, mas sabia que aquela poção tinha algum segredo não tão fácil de desvendar. Terça-feira foi outra lição para ela depois de mais três fracassos, e ela começou a se comportar muito melhor com Draco depois disso. Não que Draco tivesse o direito de reclamar da atitude dela em relação a ele, já que seu antigo eu era quem sempre a chamava de 'sangue-ruim' sempre que tinha oportunidade. Ele tinha que admitir que era um idiota enquanto crescia.

Na noite de terça-feira, Granger alegou que precisava pesquisar antes de tentar qualquer outra coisa e não tinha vindo trabalhar com eles naquela manhã de quarta-feira, 30 de abril. Draco na verdade teve que se parabenizar por não ter dado a Granger um grande 'eu te avisei' quando ela saiu na terça à noite, e ele percebeu que estava se comportando muito bem perto do Trio de Ouro, especialmente pelos padrões terríveis que ele havia estabelecido no passado.

Mesmo assim, Draco não estava realmente gostando da companhia, Merlin proíbe, não, ele odiava ter toda aquela gente entrando e saindo de seu escritório! Ele estava acostumado a trabalhar sozinho e preferiria que continuasse assim. Mas ele conseguiu pelo menos não incendiar sua empresa ou ofendê-los de alguma forma grave. No caso dele, ele considerou que esta foi uma grande vitória.

Weasley e Potter passaram segunda e terça revisando cada detalhe que Draco passou os últimos cinco meses reunindo. Ambos os Aurores ficaram em silêncio ou sussurrando entre si durante a maior parte do tempo que passaram na presença de Draco. Resumindo, ele poderia dizer que todos estavam conseguindo se comportar de maneira mais ou menos civilizada nos últimos dois dias. O fato é que naquela manhã de quarta-feira, Weasley ficou para trás para interrogar mais uma vez os quatro prisioneiros que capturaram na Travessa do Tranco.

Então, para o maior desespero de Draco, eram apenas ele e Harry Potter em sua Sala Segura de obsidiana negra. Potter ainda estava sentado quieto em uma mesa que eles haviam conjurado na segunda-feira, anotando em seu próprio caderno, provavelmente organizando os fatos que Draco descobriu à sua maneira.

Assim, Draco ficou feliz em obedecer ao silêncio, e atualmente estava olhando para suas muitas anotações sobre a preparação da 'ruína da vontade', espalhadas em seu balcão de poções. Ele desistiu do antídoto por enquanto, pois era impossível contrariar o efeito de algo que ele ainda não compreendia totalmente. Seus esforços agora estavam todos direcionados para descobrir qual ingrediente misterioso final estava faltando em sua receita incompleta daquela poção amaldiçoada.

Ele olhou mais uma vez para a lista de ingredientes que tinha certeza de serem necessários para aquela poção, escrita junto com suas principais observações sobre as quantidades de tais ingredientes e métodos para preparação de poções:

A ruína da vontade

Raízes de dente-de-leão - Duas, fatiadas e não esfareladas. A poção explode se você esmigalhá-la.

Asa de fada - Pó, 1,5 medidas pequenas no máximo. NÃO ADICIONE MAIS DO QUE ISSO! ESTOU CANSADO DE PERDER CALDEIRÕES POR CAUSA DESSA MERDA!

Olho de Salamandra - Pelo menos dois, poderia ser mais. Eu odeio o cheiro dessa coisa.