𝑪𝒂𝒑𝒊𝒕𝒖𝒍𝒐 𝑿𝑿𝑿𝑰𝑿

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O reencontro

Akemi - Arg! - Chuuya caiu em cima de mim no chão. Olhei rapidamente a minha volta tentando me localizar, um cheiro familiar de ferrugem adentrou minhas narinas. - Não...meu Deus não o que eu tô fazendo aqui!?

Me levantei empurrando Chuuya, que não demorou a reagir, agarrou meu calcanhar me derrubando novamente fazendo com que meu queixo batesse no chão. Provavelmente causando um corte.

Akemi - Argh! - Chuuya me puxou agressivamente até ele.

Chuuya - Volta aqui desgraçada. Já disse que não vou te deixar fugir. - Ele me virou de frente pra ele finalmente encarando seus olhos.

Não pude conter as lágrimas, eu estava péssima. Ver esse lugar me deixava péssima, lembrar de tudo que passei aqui me deixava péssima, eu preferia morrer do que ter que voltar ao prédio da máfia...um lugar tão familiar quanto a morte, eu não podia ficar ali nem mais um segundo. O teleporte deve ter sido atrapalhado quando Chuuya me tocou, já que ele está relacionado a esse lugar.

Chutei seu peito o mais rápido que pude, não queria que ele me visse daquele jeito de novo. Então corri por entre os cômodos do que parecia ser um andar privado. Chuuya havia se tornado um executivo, provavelmente ganhou um andar pra administrar seu trabalho e ter onde morar, eu estava no seu domínio, não tinha saída.

Chuuya - Vá em frente e chore bonequinha, ninguém faz isso como você. - É verdade, Chuuya nunca ligou muito pra quando eu chorava, ele me reconfortava mas nunca deixava sua raiva de lado, era como se ele amasse me ver assim.

O ruivo levantou calmamente limpando suas roupas. Acabei correndo pela sua sala tentando de qualquer forma abrir as portas que nos cercavam. Mas não importava o que eu fizesse, nenhuma delas estava destrancada, então vi o que parecia ser a última porta a qual tentar, mas teria que passar por Chuuya que se aproximava lentamente sorrindo. Engoli seco correndo para a porta da frente, mas assim que passei na sua frente, o ruivo agarrou meus longos cabelos por trás me puxando.

Akemi - Ai! Me solta! Isso dói! - Eu lutava para me libertar de seu aperto.

Chuuya - Sabe o que também doeu Akemi? - Ele me puxou ainda mais próximo de si fazendo com que minha cabeça pendesse em seu ombro ao lado de sua boca que cuspiu as palavras no meu ouvido. - O dia em que descobri que você estava viva e não veio me procurar!

Ele então arremessou minha cabeça pra frente me fazendo cair, mas consegui me rastejar rapidamente alcançando a maçaneta da porta que seria minha última esperança. Alcancei o metal empurrando pra frente finalmente arreganhando a porta para então me deparar com mais um corredor escuro e sombrio. Mas não importava, era ganhar tempo até alguém vir ao meu resgate, ou aceitar Chuuya, se é que viriam. Me desequilibrei quando a porta se abriu, caindo pra frente, novamente levantei depressa tentando alcançar alguma saída. Toquei na maçaneta luxuosa de uma das portas no início do corredor abrindo imediatamente.
Um banheiro!
Entrei quase no mesmo segundo, trancando a fechadura. Procurei alguma saída mas um toque de celular me chamou atenção, o meu celular. Atendi imediatamente vendo que era Dazai.

Akemi - Dazai!

Dazai - Onde você tá?

Akemi - Eu acho que tô—

??? - "Dazai-san, será que não podemos fazer aquilo de novo mais tarde?" - Pude ouvir uma voz feminina de fundo na ligação.

Dazai - Ada-da-da-da!! - Dazai tentou acobertar a voz com seus gritos, mas eu não tô louca ainda, eu ouvi uma voz de fêmea. Afastei a tela do celular encarando a chamada ainda incrédula.

𝐵𝑢𝑛𝑔𝑜 𝑆𝑡𝑟𝑎𝑦 𝐷𝑜𝑔 - 𝑶 𝑭𝒊𝒎 𝒆́ 𝑨𝒑𝒆𝒏𝒂𝒔 𝒖𝒎 𝑹𝒆𝒄𝒐𝒎𝒆𝒄̧𝒐Where stories live. Discover now